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O SEMINÁRIO EXTENSÃO RURAL

Por:   •  16/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  985 Palavras (4 Páginas)  •  440 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Amanda Ramalho de Freitas

SEMINÁRIO EXTENSÃO RURAL

Seropédica

1º de Novembro de 2017

A Lei Geral de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural), em vigor desde janeiro de 2010, é um grande marco de evolução na extensão rural no Brasil. Para Nejackson Vidal, a mesma é muito simbólica, pois passou a considerar a assistência técnica como serviço social de base.

A Lei é um dos caminhos para que o Brasil alcance a universalização dos serviços para os agricultores familiares. Somente em 2015, 334 mil agricultores e mais de 400 cooperativas de agricultores familiares foram atendidos em contratos de Ater. Em relação aos investimentos, em 2003 foram 22 milhões de reais para agricultura familiar; Em 2015, 333 milhões: Uma demonstração do impulso gerado.

Mas o que é a agricultura familiar? Ela é um tipo de agricultura desenvolvida em pequenas propriedades rurais. Recebe esse nome porque é realizada por grupos de famílias (pequenos agricultores e alguns empregados). A colheita dos produtos serve de alimentos para eles e ainda, para o consumo de parte da população. No entanto, as dificuldades enfrentadas por esses pequenos agricultores e a expansão do agronegócio tem levado a inúmeros problemas de ordem social e econômica.

Vidal ressalta a vergonha dos agricultores familiares de se reconhecerem assim por ser atividade de “pobre”, em oposição aos fazendeiros. O preconceito é extenso e dificulta o desenvolvimento dos mesmos.

Apesar de tudo, esse tipo de agricultura tem potencialidades. Nejackson afirmou que várias organizações internacionais lançaram estudos nos últimos anos para afirmar o papel estratégico da pequena agricultura no desenvolvimento rural e na segurança alimentar. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, por exemplo, publicou que do total de 570 milhões de unidades produtivas que existem no mundo, nada menos do que 500 milhões são de pequenos agricultores. A FAO estima que “a agricultura familiar é de longe a forma mais prevalente de agricultura no mundo. Estimativas sugerem que ela ocupa cerca de 70-80% das terras agrícolas e produzem mais de 80% dos alimentos do mundo em termos de valor”. O estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2011) sugere que a agricultura familiar poderá ser decisiva para gerar resiliência ambiental e fortalecer os modos de vida rurais de tal forma que sejam mais sustentáveis e aptos a enfrentar as transformações ambientais geradas pelas mudanças climáticas.

Existem mais de 70 programas públicos voltados para a agricultura familiar. O objetivo da ATER é estimular, animar, e apoiar iniciativas de desenvolvimento rural sustentável, que envolvam atividades agrícolas e não agrícolas, tendo como centro o fortalecimento da agricultura familiar.

Além disso, o serviço da ATER contribui para a elevação e produtividade dos agricultores familiares, com a melhoria da renda e qualidade de vida no campo; Dá acesso às demais políticas públicas voltadas à agricultura familiar pela ação do extensionista; Exerce esse papel e se transforma na política com capacidade de qualificar as demais, dada a sua característica de transversalidade.

A extensão rural tem como papel fomentar e contribuir para a implantação do sistema de produção sustentável; Gerar demanda para pesquisa articulando com os agricultores e suas organizações, trabalhar estratégias de inclusão social – Como o combate a pobreza; Trabalhar processos de geração e apropriação de renda; Articular políticas públicas, implementando aquelas da sua competência.

Em média, houve um aumento de 267% ao final de 10 anos de trabalho desses trabalhadores auxiliados pela ATER. No entanto, a mesma só dá assistência para 14% dos mais de 5000 estabelecimentos no Brasil.

Outro marco na questão agrícola foi a Revolução Verde. No Brasil, ela aconteceu durante a ditadura militar – entre as décadas de 1960 e 1970 – e permitiu que o país desenvolvesse tecnologia própria em universidades, centros de pesquisa, agências governamentais e instituições privadas. Com as inovações, houve um surto de desenvolvimento na década de 1990, transformando o país em um dos recordistas de produtividade e de exportação. Também houve a reformulação da grade curricular, uma importante conquista.

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