A Agência Goiana de Assistência Técnica
Por: anne.martins • 2/12/2019 • Trabalho acadêmico • 1.024 Palavras (5 Páginas) • 401 Visualizações
Relatório da visita realizada na Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária - EMATER, localizada na cidade de Anápolis, no dia 20 de agosto de 2017. Sob a supervisão do professor da disciplina de Fruticultura Nei Peixoto, em parceria com o Engenheiro Agrônomo e Pesquisador da EMATER Toshio Ogata.
Toshio abordou na visita temas relacionados a fruticultura enfatizando a cultura dos Citrus. Iniciando-se com uma abordagem sobre a produção de plantas matrizes (para produção de borbulhas), onde foi relatado que para cada borbulha adquirida pelo produtor em um período de 3 a 4 meses ele consegue adquirir uma porção de 20 a 40 borbulhas dependendo da espécie e com isso ele multiplica em proporção geométrica. A variedade mais procurada é laranja PÊRA e que usada na Emater é a PÊRA IAC, é um clone utilizando limão cravo como porta enxerto que e resistente a tristeza (ainda assim se tem problema).
Quanto a instalação para manutenção das matrizeiras são ambientes protegidos e que possuem uma anti-câmara, a legislação determina um pé direito de pelo menos 3 metros. A origem da planta matriz, é muito importante. As plantas matrizes na estação vieram da estação Experimental de Limeira, antes do surgimento de GREENING em São Paulo e algumas vieram de Santa Catarina. Em um intervalo de 2 a 3 anos, são realizados testes para verificar a presença de alguma doença nas plantas matrizes.
A área com tangerinas, é composta por variedades que já passaram por uma pré-avaliação. Será avaliado produtividade, número de frutos, e os parâmetros pós colheita nas características dos frutos como acidez e espessura da casca. A aceitação dos frutos é realizada de forma aleatória. Experimentos com variedades de tangerinas (Ex: Ota Poncan) e tangores (Tangerinas Poncan que na ausência de polinizadores compatível ocorre a ausência de sementes. Esse parâmetro pode adquirido com procedimentos como tampar as plantas com tela na época da florada, assim ocorrerá a ausência de polinização e consequentemente frutos de Poncan sem sementes.
A variedade Decopon (tango X Poncan) desenvolvida no Japão e que não possui sementes, nem mesmo sob a presença de polinizadores compatível. É uma variedade que não cristaliza e não cai do pé. Porém necessita de um desbaste (manual ou químico com etileno) e adubação adequada com potássio (K), sendo uma adubação pesada no plantio e depois adubação projeção da copa (1/3 para dentro da copa e 2/3 para fora da copa), quando em área irrigada a adubação ´pode ser parcelada em até 7 vezes. A adubação começa no início das chuvas ou um mês após o início da irrigação. Essa adubação é necessária para garantir frutos grandes e mais doce. Não há necessidade de adubar a projeção da copa.
Possui-se variedade de laranja com ciclo precoce, médio (Pêra) e tardia (Valência). O clone Natal IAC é o mais recomendado. Râmera é uma das variedades mais produtivas, apesar de ser mais ácida e destinada mais para a produção de sucos.
Goiás tem mais ou menos 13 mil hectares plantados com laranja.
A doença mais problemática do estado de Goiás é a leprose, uma doença causa por vírus e transmitida por acaro vermelho. É uma doença que ocorre nas variedades de laranja e algumas de tangores. O Greening é a mais destrutiva doença dos citros no Brasil. Não há variedade comercial de copa ou porta-enxerto resistente à doença e as plantas contaminadas não podem ser curadas. Causado por uma bactéria e transmitida por meio de psilídeo. No Brasil ocorre no Sul de Minas, São Paulo e Mato Grosso. No Estado de Goiás ainda não a presença da doença. Para o controle deve-se erradicar o pomar doente e controlar o psilídeo. A bactéria multiplica-se e é levada por meio do fluxo da seiva para toda a planta. Quando há sintomas na extremidade dos galhos, ela pode ficar alojada em vários pontos, inclusive na parte baixa do tronco e nas raízes, o que torna a poda inútil e perigosa. Além de não curar a planta, as brotações que surgem após a poda servem como fonte para novas infecções.
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