A CULTURA DO ALGODÃO

INTRODUÇÃO

A cultura do algodão, é economicamente, liderados pela China, E.U.A, India, entre outros. É, portanto, atividade de grande importância social e econômica, gerando emprego e renda no meio rural e meio urbano. Da cultura quase tudo é aproveitado notadamente o caroço (que representa em torno de 65% do peso da produção) e a fibra, (35% do peso da produção).

A cotonicultura tem se destacado no agronegócio brasileiro como uma das principais atividades. Na região Centro-Oeste tem se expandido assim como outras culturas de grande importância econômica como o milho e a soja (SANTOSet al.,2011).

Segundo a Conab, a área cultivada na safra 2012/13 de algodão deve diminuir 30,6%, totalizando 967,7 mil hectares. Essa redução reflete devido o elevado custo de produção, e baixo valor da pluma e também devido aos bons preços da soja e do milho.

Com o clima favorável durante as diversas fazes de desenvolvimento vegetativo, tem compensado o quadro de diminuição da área. Onde estados como Paraná, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás, que foram afetados pelo clima na safra 2012, esta prevista uma forte recuperação nos níveis de produtividade(CONAB, 2013).

A cotonicultura não só apresenta uma grande importância no Brasil, mais em todo mundo, devido à produção de fibras e óleo. Assim, as aplicações de nutrientes no solo, devem ser manejadas de maneira correta, para alcançar as metas de produtividade para a cultura (JUNIORet al., 2004).

Os insumos utilizados na cultura, os fertilizantes assumem papel de destaque, pois a cultura obtem respostas positivas, em especial quando cultivada em solos com problemas nutricionais. Entre os principais elementos químicos retirados do solo, o nitrogênio é o mais importante para crescerem e se desenvolverem e é o nutriente que, se disponível em quantidade e época adequadas estimula o crescimento e florescimento, assim, aumentando a produtividade e qualidade de fibra (BONOet al., 2006).

Com o aumento da utilização de cultivares mais produtivas tem levado a utilização de cada vez mais nutriente, dentre os quais o N. Com a aplicação de N, em doses maiores, associado às condições climáticas favoráveis, pode resultar crescimento vegetativo excessivo do algodoeiro, assim diminuindo a produtividade (ROSAet al., 2011).

Segundo Rosa et al., (2011), taxas adequadas de N aumenta a produtividade e melhora o comprimento da fibra e força, e são importantes para o crescimento e florescimento do algodão, mas o excesso de N induz o crescimento, aumentando o clico da planta e diminuindo a quantidade e a qualidade do produto.

De acordo com Anghinoni (1985), a eficiência agronômica da adubação nitrogenada compreende a eficiência de absorção do nitrogênio em função da quantidade aplicada e a eficiência de utilização do N absorvido pela planta. Tanto a taxa de absorção como a eficiência de utilização são características da planta. No entanto, práticas de manejo de solo e de adubação, incluindo época e modo de aplicação do fertilizante nitrogenado, podem afetar a fração do nitrogênio aplicado que atinge a superfície da raiz.

Para que a cultura atinge um potencial de resposta ao nitrogênio depende de vários fatores como, suprimentos de outros nutrientes, profundidade do sistema radicular, rotação de culturas, sistema de preparo do solo, teor de matéria orgânica do solo, distribuição e intensidade de chuvas, dentre outros (SANTOS et al., 2004)

O presente trabalho teve por objetivo avaliar variedades de algodão quanto à eficiência de absorção e utilização de nitrogênio.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na Unidade Universitária de Aquidauana da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, com clima classificado, segundo Köppen, como tropical úmido (com estação chuvosa no verão e seca no inverno), com precipitações anuais oscilando em torno de 1200 mm (havendo concentração de chuvas de novembro a fevereiro), localizada na altitude média de 173 metros, longitude de 55º 40’ O e latitude de 20º 27’ S.

A área experimental está sobre um Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico, A moderado, textura média/argilosa, em uma região de transição entre o Cerrado e o Pantanal. A aplicação de fertilizantes e corretivos foi realizada de acordo com o preconizado por Sousa & Lobato (2004).

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, um esquema fatorial 7 x 2, com 4 repetições. Foram utilizadas sete variedades comerciais de Gossypiumhirsutum (Coodetec 403, Fibermax 910, Fibermax 933, Fibermax 966, FMT 701, IAC 25 e Sicala 40). Cada variedade foi cultivada sob dois tratamentos diferentes: com e sem aplicação de nitrogênio em cobertura, na dose de 100 Kg.ha-1, na forma de uréia.

Foram aplicados em sulco de plantio,no tratamento com aplicação de N,28 kg ha-1 de N, 98 kg ha-1 P2O5, 56 kg ha-1 de K2O, 2 kg ha-1 de B, 2 kg ha-1 de Cu,6 kg ha-1 de Mn e 6 kg ha-1 de Znnas formas de uréia, superfosfato simples, cloreto de potássio, sulfato de manganês, sulfato de zinco, sulfato de cobre e ácido bórico,em cobertura foram aplicados 24 kg ha-1 de K2O na forma de cloreto de potássio. Também foi aplicada, em todas as parcelas, uma solução de micronutrientes que forneceu 6 kg ha-1 de Mn, 6 kg ha-1 de Zn, 2 kg ha-1 de Cu e 2 kg ha-1 de B.