A REGIÃO AMAZÔNICA E SUAS NUANCES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

LANA SILVA GOMES

A REGIÃO AMAZÔNICA E SUAS NUANCES

RIO BRANCO 2021

LANA SILVA GOMES

A REGIÃO AMAZÔNICA E SUAS NUANCES

Trabalho de graduação apresentado à disciplina Ecologia Básica, do Curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Acre.

Orientador(a): Mario Humberto Aravena Acuna

RIO BRANCO 2021

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        4

1. A HISTÓRIA DA OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA        4
2. TIPOS DE OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA        5

1. RECURSOS NATURAIS        5
2. AGRICULTURA, PECUÁRIA E MANEJO FLORESTAL NA AMAZÔNIA        6
3. CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA – CDB        7

CONCLUSÃO        8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        9

INTRODUÇÃO

É sabido que a Amazônia é marcada por paisagens que possuem como características principais a diversidade e pela longa história de vivência com o ser humano. A região amazônica possui forte diversidade geográfica e ecológica, o que acarreta em influências nos processos e nos padrões da ocupação humana.

Um exemplo disso é a presença de povos indígenas na região, que remonta a mais de 12 mil anos, em concomitância com as rupturas e as descontinuidades dos padrões e dos processos de ocupação da região, que foram fortemente influenciadas pelas chegadas dos povos europeus no século XVI.

Nos dias atuais, o país encontra-se com uma grande questão mundial: usufruir dos recursos naturais que a Amazônia dispõe, sem que haja a escassez destes. Por isso, a Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB é um instrumento tão importante para que possamos atingir tal objetivo.

1 A HISTÓRIA DA OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA

A história de ocupação da Amazônia inicia-se quando vários imigrantes asiáticos chegam ao atual Amazonas há mais de 14 mil anos. No instante em que tais populações iniciaram o desenvolvimento da agricultura e a viver em um mesmo local de terra, indígenas de diversas etnias e surgiram nessa região. Tais indivíduos viveram na região amazônica por volta de dois mil anos antes da chegada dos europeus manejando a floresta de forma adaptada. Extraíram os recursos necessários para a sua sobrevivência e desenvolvimento.

Logo, no século 16, quando os europeus encontraram o rio Amazonas, depararam-se com uma floresta habitada por numerosos povos indígenas. Infelizmente, durante a conquista e a colonização portuguesa desse território, tais as populações indígenas foram diminuídas de forma drástica, principalmente por causa das doenças trazidas pelos povos da Europa.

Já no século 19, a Amazônia encontrava-se composta principalmente por indivíduos miscigenados (índios, brancos e negros), onde os mesmos largaram mão de concentrar esforços na coleta de produtos naturais e na agricultura para viver em prol do grande ciclo econômico da borracha.

Após a crise que ocorreu durante o século 19, causada pelo ciclo da borracha, a Amazônia adentrou em um período de estagnação e, assim, na primeira metade do século 20, fora esquecida pelo restante do Brasil. Foi somente em meados da década de

60 que, com os planos de integração nacional, houve a descoberta de minérios, o que acarretou no crescimento da região e na recepção de novos migrantes de todo o país, em especial os vindos do Sul do Brasil. Por outro lado, tal período foi fortemente marcado pela devastação da floresta.

Nos dias atuais o desafio dos indivíduos que habitam a região amazônica é possibilitar a integração do desenvolvimento econômico com proteção de seus recursos naturais. Para isso, muitas iniciativas estão sendo desenvolvidas, entre as quais a criação de áreas protegidas (Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Terras Quilombolas) e o combate ao desmatamento.

1. TIPOS DE OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA

A Amazônia do Brasil, após as iniciativas de integração do governo, passou a possuir dois tipos de ocupação básica. A da porção oriental possui a Rodovia Belém- Brasília e a implantação de grandes projetos de minérios. O desenvolvimento de tais projetos teve como consequência a ocupação ao longo da Estrada de Ferro de Carajás a São Luís, no Estado do Maranhão.

Por outro lado, na porção ocidental, a ocupação ocorreu ao longo das rodovias Cuiabá-Santarém e Brasília-Acre. Em Rondônia e também no norte do Mato Grosso, houve o surgimento de diversos núcleos de povoamento que serviram como reforços para a ocupação do oeste da Região Norte com a criação da Zona Franca de Manaus. Neste processo, Manaus e Belém passaram a ocupar lugar de destaque na polarização do espaço da região Norte como metrópoles regionais.

1. RECURSOS NATURAIS

A Amazônia conta com a maior bacia hidrográfica do mundo, vez que cobre cerca de 6 milhões quilômetros quadrados e possui mais de mil afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, passa por toda a região e desagua no Oceano Atlântico, onde lança ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo. As estimativas situam a região como a maior reserva de madeira tropical do mundo. Seus recursos naturais – que, além da madeira, incluem enormes estoques de borracha, castanha, peixe e minérios, por exemplo – representam uma abundante fonte de riqueza natural. A região abriga também grande riqueza cultural, incluindo o conhecimento tradicional sobre os usos e a forma de explorar esses recursos naturais sem esgotá-los nem destruir o habitat natural.

A Amazônia, além de ser possuidora de diversas biodiversidades em seu subsolo, detém importantíssimos estoques de recursos minerais, como ferro, manganês, alumínio, cobre, zinco, níquel, cromo, titânio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio, ródio, estanho, tungstênio, nióbio, tântalo, zircônio, terras-raras, urânio e diamante.

Outro importante recurso encontrado na Amazônia são os recursos hídricos, onde a região possui elevado potencial hídrico e valor estratégico, econômico e social. O complexo da Amazônia, por sua vez, é importante, ainda, para as aguas subterrâneas, cujo equilíbrio ambiental é responsável por alimentar o aquífero Alter do Chão, reconhecido como o maior do mundo.