O DESPERTAR PARA A LEITURA ATRAVÉS DA INTERTEXTUALIDADE: UMA EXPERIÊNCIA COM OS ALUNOS DO 6º ANO DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL RÉGIS BERNARDO
Exames: O DESPERTAR PARA A LEITURA ATRAVÉS DA INTERTEXTUALIDADE: UMA EXPERIÊNCIA COM OS ALUNOS DO 6º ANO DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL RÉGIS BERNARDO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Embratel • 25/8/2014 • 5.650 Palavras (23 Páginas) • 1.215 Visualizações
O DESPERTAR PARA A LEITURA ATRAVÉS DA INTERTEXTUALIDADE: UMA EXPERIÊNCIA COM OS ALUNOS DO 6º ANO DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL RÉGIS BERNARDO
RESUMO
A razão da escolha do tema se deu em consequência de números cada vez maiores de alunos que são vitimados por não entender o sentido do texto. Dentro dos acontecimentos e das dificuldades encontradas como professora, das necessidades de encontrar soluções para os problemas explícitos na sala de aula, encontrar soluções para todos os problemas e procurar resolver com a equipe pedagógica.
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem analisar a relação leitura/produção nas aulas de Língua Portuguesa do ensino fundamental, através de uma experiência aplicada no 6º ano do ensino fundamental da Escola de E. F. Régis Bernardo em Aracati.
As pesquisas na área de linguística mostram as ideias de mudanças da história e historicidade do texto, priorizando o uso adequado da legibilidade, normas e intertextualidade. No século XIX, a explanação de determinada língua transmite suas ideias e pensamento através de uma função discursiva, ou seja, a noção do sistema, expressa a forma cronologicamente, como também sua evolução naquele momento.
Assim, a prática de leitura recai principalmente no fato da relação histórica lá fora e a historicidade do texto, ou seja, na relação da exterioridade do sentido que inscreve no próprio texto. Essas práticas colocam em atividades múltiplas faces de que a língua dispõe, e possibilita a utilização de produtiva forma de sentido, com propósitos sócio-culturais e concretizam as ações humanas em qualquer contexto discursivo.
Conforme Orlandi (1999), quando falamos em historicidade, não pensamos a história refletida no texto, mas tratamos da historicidade do texto em sua materialidade, admite que, o que chamamos historicidade é o acontecimento do texto como discurso, o trabalho dos sentidos nele.
Preocupados com o uso inadequado de determinadas metodologias, o sujeito/professor tem que repensar essas práticas de forma que o aluno entenda o sentido do texto. Dessa forma, indicam que a função da escola é estimular o desenvolvimento da legibilidade na relação de sentido, entre interpretabilidade e compreensão. Existe uma variedade de textos que circula na sociedade e que, constantemente, se multiplica e se renova, ampliando a existência de eventos discursivos que possibilitam às relações sociais o ato de comunicar/negociar.
Desse modo, os integram de maneira natural nas culturas em que se desenvolveu, o que evidencia o exercício da língua como uma atividade social e, sendo assim, uma atividade interacionista.
Nessa perspectiva, o objetivo desse tema é analisar a influência da intertextualidade na promoção da legibilidade textual e refletir como o ensino da língua portuguesa pode ser aplicado a situações reais de uso, a partir das diversidades de textos que circulam, poderíamos refletir sobre as práticas escolares e considerar as atividades linguísticas contextualizando e não isoladamente, sem sentido.
Nesse contexto, como já mencionamos, refletimos sobre as atuais formas de uso da linguagem e como vamos utilizar o uso da legibilidade textual, no que se refere ao sentido do texto.
A pesquisa terá contribuições teóricas de estudiosos da linguagem como, por exemplo, Bakhtin (1979); Orlandi (1999); Gregolin (2001); Koch (2002) dentre outros, no que se refere aos aspectos da intertextualidade, norma e legibilidade como instrumento de ensino e aprendizagem e absorverá a noção de que o sentido do texto possibilita um grau de interatividade e pode ser usado na comunicação da escola para interagir com outros.
Ao defendemos uma concepção de leitura como interação e de ensino como trabalho produtivo, refletimos a respeito da forma como produzimos um texto; logo produziremos sentido, só assim, reconheceremos a qualidade do texto, na forma de produção e interpretação, sendo visto como uma parte difícil no âmbito da escola.
No entanto, através da legibilidade textual, esse fato posiciona-se no intertexto, produzindo sentido, ou no contexto de outros textos.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TEXTO E TEXTUALIDADE
A língua e o texto se constituem lugares de interação e o sujeito se constitui uma entidade psicossocial. A compreensão é uma complexa atividade em que se unem os elementos linguísticos do texto e os saberes do sujeito, bem como sua reconstrução no interior do evento comunicativo. O texto é um lugar de constituição e de interação de sujeitos sociais, “evento comunicativo no qual convergem ações linguísticas, cognitivas e sociais”, Beaugrande (1986), citado por Koch et. al. (2002, p. 22).
Essas ações constroem interativamente os objetos de discurso e as múltiplas propostas de sentido, como função de escolhas operadas pelos coenunciadores entre as inumeráveis possibilidades de organização textual que cada língua lhes oferece.
A textualidade é o conjunto de características que fazem que um texto seja conhecido como tal e não como um montante de palavras ou frases desconexas. A compreensão de um texto ocorre quando, na interação autor-leitor, há a construção dos sentidos. Isso depende de uma intrincada rede de fatores de ordem semântica, linguística, cognitiva, pragmática e interacional, que não podem ser isolados, antes funcionam em conjunto e ao mesmo tempo no texto. Para esta compreensão, a coesão e a coerência textuais são de fundamental importância.
Coesão e coerência não podem ser dissociadas, estão intimamente ligadas ao ponto de a coesão ser considerada a manifestação linguística da coerência. No entanto, este trabalho se deterá apenas em um dos aspectos da coerência textual.
2.2 COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência é o princípio de interpretabilidade do texto, refere-se a sua boa formação em termos de interlocução comunicativa e não à noção de gramaticalidade. Ela diz respeito à capacidade que o receptor do texto tem para calcular o seu sentido. Diversos aspectos colaboram para o estabelecimento da coerência e podem ser apreendidos da interação entre locutor e interlocutor
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