Controle biologico de Monilinia Fructicola
Por: daysa_carneiro • 7/4/2016 • Projeto de pesquisa • 3.517 Palavras (15 Páginas) • 356 Visualizações
INIBIÇÃO IN VITRO DE ISOLADOS DE Monilinia fructicola POR ANTAGONISTAS
Plano de pesquisa apresentado como requisito parcial de avaliação do Estágio Curricular Supervisionado, Coordenação de Estágios, Curso de Agronomia, Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Orientadora:
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – 2014
INIBIÇÃO IN VITRO DE ISOLADOS DE Monilinia fructicola POR ANTAGONISTAS
- Plano de Estágio: Pesquisa
- Instituição concedente: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Campus São José dos Pinhais, BR 376 Km 14 Costeira, São José dos Pinhais – PR.
- Aluna:
- Código de matrícula:
- Professora orientadora:
- Período de realização, carga horário e horários: o período para a realização do trabalho será realizado entre os meses de abril a outubro, divididos da seguinte forma:
- Coleta e preparação do material: 10 horas;
- Implantação: 10 horas;
- Análise laboratorial:18 horas;
- Análise estatística: 18 horas;
- Atualização bibliográfica: 20 horas;
- Relatório parcial: 10 horas;
- Relatório final: 14 horas.
Totalizando 108 horas.
1 INTRODUÇÃO
As rosáceas de caroço são pré dispostas a várias doenças, dentre elas a mais importante economicamente, a podridão parda, causada pelo fungo Monilinia fructicola, responsável por grandes perdas na pré e pós colheita, por causar a podridão do fruto impossibilitando sua comercialização. No Brasil a doença destaca-se no pós colheita dos frutos.
Estima-se que a área cultivada somente por pêssego (Prunus persica) no Brasil seja de 23mil hectares com produção média de 220.739 toneladas, sendo a região sul responsável por quase 73% de toda produção (IBGE, 2010).
Ainda não existem cultivares que apresentem elevado grau de resistência à Monilinia fructicola, principalmente quando o ambiente apresenta condições propícias para o desenvolvimento do fungo.
A principal forma de controle da podridão parda é feita com a utilização de fungicidas na pré colheita. Além disso, métodos de controle alternativos vêm sendo estudados, com a crescente busca de produtos que visam causar o menor impacto ambiental, agregando qualidade ao produto e menores custos de produção, como por exemplo o uso de antagonistas.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Identificar e avaliar o potencial de isolados fúngicos com potencial antagonista, para o controle do fungo Monilinia fructicola.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Isolar microrganismos fúngicos para avaliação de seu potencial antagônico contra o patógeno.
- Testar in vitro microrganismos fúngicos com potencial antagônico.
- Identificar gênero de fungos presentes nas amostras, que apresentem antagonismo ao patógeno.
- Obter colônias puras de patógeno a partir de frutos, múmias, flores e cancro infectados.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 ROSACEAS DE CAROÇO
O pêssegueiro e a nectarineira são plantas muito semelhantes, pertencendo a mesma espécie. Diferenciando uma da outra basicamente pela ausência de pêlos nos frutos da nectarina. Os tratos culturais de ambas as culturas são conduzidos da mesma maneira sendo assim a podridão parda causa os mesmos impactos em ambas as culturas, sendo que no pêssego o impacto é “maior pela maior área cultivada (SENAR,2006)
O pêssego (Prunus persica) é um fruto de clima temperado de origem chinesa. No Brasil sua produção concentra-se na região Sul, por apresentar clima satisfatório para o cultivo. Atualmente toda a produção de pêssego no Brasil, destina-se ao mercado interno, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor, representando sozinho 46% de toda a produção nacional (EMBRAPA Clima Temperado, 2005).
De acordo com a Embrapa Clima Temperado (2005) para a cultura expressar seu potencial de produção necessita de horas de acúmulo de frio hibernal (temperatura inferior a 7,2ºC), a quantidade de horas é determinada pela cultivar. A temperatura é essencial para que haja uma floração e brotação uniforme.
Conforme o citado por Negri (2007), o ciclo vegetativo do pessegueiro no Brasil vai de agosto a dezembro, épocas em que coincide o aumento de temperatura e umidade, facilitando assim a entrada e sobrevivências de agentes fitopatogênicos, em especial os fungos.
A podridão parda causada pelo fungo Monilinia fructicola (Wint.) Honey, é a doença de maior expressão nas culturas de pêssego e nectarina, ataca ramos, flores e frutos, podendo causar perdas parciais ou totais da safra mesmo após a colheita (MEDEIROS et al. 2005)
3.2 PODRIDÃO PARDA (Monilinia fructicola)
De acordo com Martins et al. (2005), a podridão parda destaca-se por ser uma das principais doenças a atacar culturas de rosáceas de caroço, causando o apodrecimento dos frutos.
O patógeno infecta flores, frutos e ramos. As flores quando infectadas apresentam coloração parda, que podem ficar revestidas de esporos de fungos, com aspecto de mofo. Ramos podem apresentar cancros, que podem trazer como consequência murcha e morte da parte terminal. Nos frutos, a lesão se apresenta de forma encharcada, superficial e de coloração parda, que aumenta de tamanho de forma acelerada. Em condições de alta umidade, torna-se recoberta de esporos de cor parada acinzentada. Em poucos dias o fruto apodrece completamente (KIMATI,2005).
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