Cultura da abobora
Por: Elisangela Borges • 29/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.531 Palavras (7 Páginas) • 406 Visualizações
FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIANÉSIA[pic 1]
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CLIMATOLOGIA AGRÍCOLA
Acadêmicos (a): Elisângela (minion)
Késia Marcilia
Márcio Antônio Sebastião
Ney Pereira de Siqueira
Thiago Lucas Silva Lima
Wendy Pereira Morais
Prof: Carlos Alberto
Curso: Agronomia
Goianésia
2016
1.INTRODUÇÃO
A soja é uma leguminosa nativa da China, pertencente à família Fabaceae, subfamília Faboideae, gênero Glycine espécie Glycine max (L.) Merrill e é considerada uma das culturas mais antigas no mundo (ARAUJO, 2008).
Segundo Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO (2010), o Brasil apresenta-se como segundo maior produtor mundial da cultura da soja, responsável por 25% da safra mundial. Devido à grande importância dos grãos no cenário brasileiro e internacional, faz-se necessário ter um sistema de previsão de safras capaz de quantificar a produção com antecedência, visando evitar perdas, além de buscar novas tecnologias voltadas à redução de risco de perda na produtividade.
O clima é fundamental no planejamento agrícola, seja ele em macro ou micro escala uma vez que é o elemento de mais difícil controle, manejo e gerenciamento, num território de características tropicais como o Brasil. Portanto para a determinação das exigências climáticas de uma determinada cultura, há a necessidade de que os estudos agrometeorológicos sejam complementados com observações fenológicas (CAMARGO, 1984).
A fenologia das plantas refere-se ao estudo das suas fases de desenvolvimento e permite compreender a relação entre as características morfológicas e fisiológicas das plantas e os fatores do ambiente, especialmente os de ordem climática (VENTURA et al., 2009). Os principais fatores climáticos considerados, no caso da soja são umidade, fotoperíodo e temperatura. Como a expressão do clima varia no tempo, a variação da época de semeadura pode alterar a fenologia.
A duração do ciclo vegetativo da cultura da soja pode ser relacionada em termos de exigências bioclimáticas, a partir da temperatura do ar. Considerada sob diferentes aspectos, desde a simples soma de unidades térmicas ou graus-dia (GD), a temperatura (quantidade de energia) vai determinar o tempo que determinada planta precisará para atingir certo grau de maturidade, da emergência à maturação (PICINI, 1998; SCHÖFFEL & VOLPE, 2002).
Tabela 1 – Descrição dos estádios vegetativos da soja.
[pic 2]
Fonte: FEHR & CAVINESS (1977) adaptada por CÂMARA (2006)
Tabela 2 - Descrição dos estádios reprodutivos da soja.
[pic 3]Fonte: RITCHIE et al.(1982) adaptada por CÂMARA (2006)
2 CONDICIONANTES AGROMETEOROLÓGICOS DA PRODUTIVIDADE
2.1 DISPONIBILIDADE HÍDRICA
A semente de soja necessita absorver, no mínimo, 50% de seu peso em água para assegurar boa germinação. Nessa fase, o conteúdo de água no solo não deve exceder a 85% do total máximo de água disponível e nem ser inferior a 50%, apesar das raízes atingirem mais de 1,5 m de profundidade, as atuais cultivares brasileiras de soja têm apresentado raízes pouco profundas, ficando a zona efetiva do sistema radicular ao redor de 40 a 50 cm, solos pesados e compactados dificultam a penetração das raízes, reduzindo ainda mais a profundidade efetiva do sistema radicular das plantas da soja (EMBRAPA, 2009).
Excesso ou deficiência hídrica entre a germinação e o florescimento retardam o crescimento vegetativo e prejudicam a obtenção de uma boa uniformidade na população de plantas. Contudo, deficiências hídricas após o início do florescimento (R1-R2) e no período de frutificação (R3-R5) podem causar alterações fisiológicas na planta, como o fechamento estomático e enrolamento de folhas, provocando queda prematura de folhas, abortamento de flores e queda de vagens, reduzindo significativamente a produtividade. A deficiência hídrica durante o florescimento (R1-R3) reduz o número total de vagens, enquanto a deficiência hídrica durante a fase de formação da semente ou enchimento de vagens (R5), resulta em um menor número de grãos por vagem, sendo considerada a fase mais sensível à carência hídrica (CAMARGO, 1984).
2.2 TEMPERATURA
A cultura da soja adapta-se melhor a regiões com temperaturas entre 20° C e 30° C, sendo a temperatura ideal para o seu desenvolvimento em torno de 30° C, regiões que apresentam temperaturas menores ou iguais a 10° C são impróprias ao cultivo da soja, tornando o crescimento vegetativo pequeno ou nulo. O mesmo ocorre em regiões que apresentam temperaturas acima de 40° C. (Daniela 2011)
2.3 RADIAÇÃO SOLAR
A radição solar esta influenciada em vários fatores do desenvolvimento da soja, por exemplo na produção da fotossíntese, e na síntese de alguns hormônios para a planta.
2.4 FOTOPERÍODO
Como a soja é uma planta de resposta fotoperiódica do tipo quantitativo, isto é, o encurtamento do fotoperíodo acelera o seu desenvolvimento, é considerada uma planta de dias curtos, uma vez que as plantas continuam a vegetar em dias longos, até que o período de luz se torne menor que o fotoperíodo crítico de cada variedade, quando então se inicia o estádio do florescimento (GANDOLFI & MULLER, 1981; MORAES et al., 1998).
A sensibilidade da soja ao fotoperíodo ainda é uma importante restrição para a adaptação mais ampla e adequada dessa cultura. Segundo FARIAS (2009), a faixa de adaptabilidade de cada cultivar varia à medida que se desloca em direção ao norte ou ao sul. Quanto mais próximo da linha do equador, menor é a amplitude do fotoperíodo ao longo do ano, devido este fator foi introduzido a soja com período juvenil longo, sendo este uma fonte não tradicional de florescimento tardio (KIIHL & GARCIA, 1989).
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