Efeito de produção fosfatada

Os fertilizantes fosfatados são derivados da rocha fosfática, na forma de ácido fosfórico, que é obtido pela reação da rocha com ácido sulfúrico. Estados Unidos, Marrocos e a Índia são os maiores produtores mundiais de rocha fosfática, sendo responsáveis por aproximadamente 60% da produção mundial. Os maiores produtores de ácido sulfúrico são Estados Unidos, China, Marrocos e Rússia, que juntos são responsáveis por cerca de 50% da produção mundial (Ministério da Fazenda, 2011).

O fósforo (P) desempenha papel fundamental na conservação e transferência de energia no metabolismo celular das plantas, sendo um dos nutrientes aplicados em maiores quantidades nos solos brasileiros, apesar de requerido em menores quantidades que o nitrogênio ou o potássio. Isso é consequência de sua baixa disponibilidade natural na maioria dos solos brasileiros, visto que, a maior parte dos solos do país são Latossolos e Argissolos, onde predominam na fração argila a caulinita, os óxidos de ferro e de alumínio, os quais têm alto poder de adsorção, e de sua alta capacidade de adsorção e precipitação. Essa característica, aliada à necessidade de níveis adequados do nutriente no solo para se obter altas produtividades, tornam o fósforo um dos fatores mais limitantes da produção em solos tropicais, sendo, portanto, imprescindível para a obtenção de produtividades satisfatórias.

A deficiência de P proporciona redução no crescimento da parte aérea através da limitação do número e da expansão das folhas, ramificação, redução na taxa de assimilação de carbono e da senescência prematura das folhas, limitando assim a futura produção de grãos. Os sintomas de deficiência de P incluem coloração verde-escura nas folhas mais velhas e, em algumas espécies, colorações avermelhadas em consequência da acumulação de antocianina. Ocorre ainda, menor perfilhamento, atraso no florescimento, gemas laterais dormentes, número reduzido de frutos e sementes, e pequena nodulação em leguminosas.