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Fertilizantes Organominerais no Milho

Por:   •  5/1/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.889 Palavras (12 Páginas)  •  625 Visualizações

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Universidade Federal de Uberlândia

Instituto de Ciências Agrárias

Plano do Aluno

Fertilizantes organominerais: Avaliação da eficiência das fontes no desenvolvimento e produtividade no cultivo do milho e feijão

        

               

Monte Carmelo - MG

2014

INTRODUÇÃO

A agricultura brasileira tem se destacado no cenário mundial em função das boas práticas agronômicas que tem resultado em grandes produtividades em culturas como o milho, soja, cana, entre outras. Entre as ferramentas utilizadas que permitiram o avanço está o uso adequado de fertilizantes. Porém há uma enorme dependência de fontes minerais, em função principalmente das baixas reservas nacionais dessas fontes e custo para instalação de novas plantas de produção de fertilizantes fosfatados, potássicos e nitrogenados.

O Brasil também se destaca pela produção animal, sendo um dos quatro países que mais produzem aves, suínos e bovinos. Esses sistemas de criação têm se intensificando o que faz com que sejam geradas grandes quantidades de resíduos que possuem elevado potencial para serem reciclados na agricultura, pois são fontes de macro e micronutrientes e matéria orgânica. Porém em formas exclusivas esses resíduos podem apresentar concentrações desbalanceadas de nutrientes e dificuldade de ser aplicado, via maquinas que realizam a prática da deposição de adubos. Sendo assim, tem-se observado que a produção de fontes organominerais pode melhorar a eficiência de utilização desses resíduos e  com a granulação das fontes pode ainda ser intensificado o uso das fontes via aplicação mecanizada.

      A fabricação do fertilizante organomineral é feita industrialmente, partindo-se de uma ou mais matérias-primas orgânicas consideradas como bom fertilizante orgânico e a elas juntando-se corretivos, quando for o caso, macronutrientes primários e secundários, bem como micronutrientes, segundo as fórmulas a cada fabricante e que quando a matéria-prima orgânica apresenta acidez corrige-se o pH antes de se juntar os nutrientes minerais. Matérias orgânicas como o lixo domiciliar e o lodo de esgoto sofrem um processo de compostagem transformando-se em húmus para depois receberem os fertilizantes minerais. De acordo com a legislação, os fertilizantes quando na forma de produto acabado devem passar por um controle de laboratório, determinando-se a composição química e confirmando-se seus parâmetros para que estejam dentro das especificações exigidas por lei e que devem ser garantidas para o produtor.

        Sendo assim objetiva-se realizar a avaliação de uma fonte de fertilizante organomineral sólido granulado, a base de cama de aviários na cultura do milho e avaliação de uma fonte de fertilizante organomineral líquido, a base de carbono orgânico, cobalto e molibdênio, na cultura do feijão.

 

OBJETIVO GERAL:

O conhecimento sobre a eficiência do uso de fertilizantes organominerais para utilização em diferentes culturas visa fornecer aos produtores a resposta sobre essa nova tecnologia presente no mercado.  

Avaliar a eficiência agronômica de diferentes fontes de fertilizantes organominerais em cultivo de diferentes culturas de importância em Monte Carmelo, região do Alto Paranaíba em Minas Gerais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

•        Avaliar a eficiência na liberação de nutrientes para o solo e para as plantas com o uso de fertilizantes organomineral (fonte sólida e fonte líquida)

•        Avaliar o efeito da aplicação de fontes organominerais na disponibilidade do nutriente para a planta (milho e feijão) em diferentes estágios de desenvolvimento (marcha de absorção);

•        Avaliar a produtividade e Aspectos fitotécnicos da cultura do milho (Zea mays L.), e feijão perola com aplicação de fonte de fertilizante organomineral granulado (à base de cama de avíarios) e fertilizante organomineral líquido (à base de Carbono orgânico + Co e Mo).

•        Difundir informações sobre novas tecnologias em fertilizantes organominerais, evidenciando as diferenças principais entre as fontes e formas de aplicação aos produtores de Monte Carmelo e região do Alto Paranaíba.  

REFERENCIAL TEÓRICO

FERTILIZANTES ORGANOMINERAL

 Os fertilizantes organominerais sólidos  devem apresentar no mínimo carbono orgânico com 8%, 80  mmol/kg, macronutrientes primários isolados (N,P,K) ou em misturas(NP,NK,PK ou NPK)10% e macronutrientes secundários de 5% e com umidade de 30%. Já no caso dos fluidos com aplicação no solo e recomendado carbono orgânico com 3%,micronutrientes a 1%,macronutrientes primários e secundários a 3% porém  os fertilizantes  foliares ou para fertirrigação deve possuir carbono orgânico para solido de 8% e para o fluido de 6%,N,P,K de sólidos de 5% e de fluido de 3% e os secundários de 7% e 4% respectivamente estabelecidas no capitulo 3 da INSTRUÇAO NORMATIVA numero 25 DE 23 de junho de 2009).

Quando se trata de adubação o comportamento da cultura varia com a complexidade do meio, apresentando respostas diferentes quando se avaliam locais, épocas de cultivo, ou mesmo cultivares. Assim, tornam-se necessárias mais pesquisas sobre doses e tipos de adubos na cultura, em vista à obtenção de melhor desempenho das culturas. No que diz respeito ao feijão, milho e pastagens, resultados promissores poderão, em médio prazo, colocar essas culturas em um patamar de eficiência com a utilização de fontes organominerais, assim como já se observa com o uso de fontes minerais.

Embora o fortalecimento do setor de fertilizantes organominerais não seja uma ação que reverta a dependência externa brasileira por fertilizantes e nem impacte diretamente a formação dos preços dos fertilizantes, os fatores ambientais e socioeconômicos relacionados a essa atividade justificam a adoção de medidas estratégicas que estimulem esse setor (FAO, 2010). A produção de fertilizantes organominerais a partir de resíduos agropecuários pode minimizar o passivo ambiental gerado pelas atividades de avicultura e suinocultura. Ademais, a expansão da utilização desta tecnologia impactará diretamente a demanda brasileira por “N”, “P” e “K” importados. Em relação aos impactos socioeconômicos, espera-se uma diversificação da produção de fertilizantes, incentivando as pequenas e médias empresas (BENITES, et al., 2010).

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