GRADIENTE E SUCESSÃO
Por: Cid Edson Póvoas • 3/5/2017 • Relatório de pesquisa • 931 Palavras (4 Páginas) • 380 Visualizações
Universidade Estadual De Santa Cruz
Disciplina: Ecologia
Professora: Talita Fontoura
Integrantes: Cid Póvoas, Gabryelle Viana, Lucas Menezes
GRADIENTE E SUCESSÃO
1 INTRODUÇÃO
As comunidades funcionam num ciclo contínuo, com organismos morrendo e novos organismos sendo gerados para substituí-los, enquanto a energia e os nutrientes permanecem. Quando ocorre uma perturbação no meio, inicia-se o processo de sucessão ecológica.
Sucessão ecológica é o desenvolvimento de uma comunidade, compreendendo a sua origem, crescimento, até chegar a um estado de equilíbrio dinâmico com o meio ambiente. Existem dois tipos de sucessão, a primária e a secundária. A sucessão primária é o assentamento e o desenvolvimento de comunidades de plantas em habitats recentemente formados, inicialmente desprovidos de quaisquer plantas. A sucessão secundaria é a regeneração da comunidade clímax após uma perturbação.
A comunidade atinge o clímax quando ela está em equilíbrio com o ambiente, mas não é a etapa final da sucessão, já que a mesma não termina, continua ocorrendo, mas assume uma velocidade tão lenta que é praticamente imperceptível.
O presente trabalho visa verificar se está ocorrendo sucessão ecológica na área da Cabruca da UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Métodos
Foi esticada uma trena da parte mais externa em direção a parte mais interna da Cabruca, traçando uma reta de 20 m. Ao longo desse comprimento foi delimitada uma área/parcela de 1m² utilizando quatro varas. Esse processo foi repetido cinco vezes e foi feita uma nova parcela a 4m de distância.
Foram identificadas as morfoespécies, coletada uma amostra de cada uma e amostradas de modo aleatório três indivíduos de cada morfoespécie dos quais foram tomadas as medidas de altura, com o auxílio de uma segunda trena.
2.2 Análises
Para verificar se houve gradiente de sucessão, foram avaliados os parâmetros de riqueza, abundância, altura média e frequência das morfoespécies em cada parcela e entre as parcelas, realizando a contagem e a medição das espécies presentes na área amostrada.
3. RESULTADOS
3.1 Características Gerais
Na área observada, a riqueza geral da comunidade foi de nove morfoespécies. A parcela mais externa possui quatro diferentes espécies, seguindo em direção ao interior da Cabruca pode-se observar que a riqueza diminui nas parcelas seguintes, mas ao chegar à parcela mais interna observou-se que a riqueza de espécies aumentou em relação às demais.
A abundância total foi de oitenta e um indivíduos, destes, vinte foram encontrados na parcela mais externa. Nas demais parcelas pode-se observar um gradiente até a ultima parcela, que foi a mais abundante com vinte e dois indivíduos.
ESPÉCIE | ABUNDÂNCIA | FREQUÊNCIA | DENSIDADE | MÉDIA DA ALTURA |
MORFO 1 | 2 | 0,4 | 0,4 | 50,5 |
MORFO 2 | 56 | 1 | 11,2 | 36,8 |
MORFO 3 | 1 | 0,2 | 0,2 | 27 |
MORFO 4 | 11 | 0,4 | 2,2 | 46,5 |
MORFO 5 | 3 | 0,4 | 0,6 | 31,5 |
MORFO 6 | 1 | 0,2 | 0,2 | 12 |
MORFO 7 | 4 | 0,4 | 0,8 | 68 |
MORFO 8 | 2 | 0,2 | 0,4 | 32 |
MORFO 9 | 1 | 0,2 | 0,2 | 27 |
Tabela 1 - Características gerais da comunidade
Diferentes informações analisadas para cada espécie amostrada.
As três espécies com as maiores densidades foram as morfoespécie 2, 4 e 7 (Fig. 1), e as espécies com as cinco maiores frequências foram as 2, 1, 4, 5 e 7 (Fig. 2).
[pic 1]
Figura 1 - Densidade das morfoespécies
A espécie com maior densidade foi a morfoespécie 2, seguido da 4 e 7 e as espécies com menor densidade foram as morfoespécies 3,6 e 9
[pic 2]
Figura 2 - Frequência das morfoespécies
A espécie mais frequente foi a morfoespécie 2, seguido da 1, 4, 5 e 7, e as espécies com menores frequências foram as morfoespécies 3, 6, 8 e 9
3.2 Sucessão e Gradiente
De acordo com os dados, observou-se que ocorreu um gradiente na abundância por parcela (Fig. 3). A riqueza de espécies sofreu um gradiente decrescente em relação à primeira parcela até a parcela mais interna que apresentou uma riqueza maior que as demais (Fig. 4).
[pic 3]
Figura 3 - Abundância por parcela
O gráfico mostra que a parcela mais externa (A) possui um grande número de indivíduos e a com menor número de indivíduos é a parcela (B), a partir dessa podemos observar um aumento gradativo até a parcela mais interna (E) com o maior número de indivíduos
[pic 4]
Figura 4 - Riqueza por parcela
O gráfico mostra que a parcela mais externa (A) contém uma grande riqueza de espécies, porém a parcela mais interna (E) tem a maior riqueza
A altura média por parcela variou bastante, sendo que a segunda parcela foi a com menor média de altura e a parcela central com a maior média de altura. Não se observou um gradiente entre as parcelas (Fig. 5). O mesmo comportamento se deu na altura média da espécie mais frequente por parcela (Fig. 6).
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