Indentificação de sistemas produtivos
Por: James Luan • 7/8/2017 • Trabalho acadêmico • 3.346 Palavras (14 Páginas) • 403 Visualizações
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Estudo do estabelecimento agrícola familiar, seus componentes e sistema extrativista.
Aelton dos Santos Bezerra (2);Hadylla Soares de Camargo(3);Mateusxxxx(4); Andrea Hentz de mello(5); ; James Luan Noleto Leite(6).
(1) Trabalho executado com recursos da Faculdade de Ciências Agrárias de Marabá – Unifesspa.
(2) Discente da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA);Marabá, Pará; e-mail: aeltonsantosmaraba@hotmail.com;(3) Discente da Universidade Federal do Pará (UNIFESSPA) );Marabá, Pará; e-mail: hadyllacamargo@gmail.com; (4)Discente da Universidade Federal do Pará (UNIFESSPA);Marabá, Pará; e-mail;(5) Prof. Dr. Adjunta IV da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA);Marabá, Pará; e-mail: andreahentz@unifesspa.edu.br; ;(6)Discente da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) );Marabá, Pará; e-mail: Luan.jld@gmail.com
RESUMO: As formas de utilização dos estabelecimentos agrícola familiar são derivados de experiências na forma como foram criados, o extrativismo de produtos florestais não-madeiráveis é visto como um mecanismo para a manutenção dos serviços ambientais; para conservação da biodiversidade; para o incremento da economia regional e segurança alimentar e, também, para o incremento da economia global. Objetivou-se com o trabalho analisar o extrativismo presente num estabelecimento agrícola familiar e seu sistema agroflorestal. A pesquisa foi conduzida no estabelecimento agrícola familiar do lote 14, do Projeto de Assentamento Veneza localizado no sudeste paraense. Foi possível identificar os agroecossistemas florestais e as extrações presentes, qualificando as interferências já causadas pela extração. O estudo propiciou identificar que no estabelecimento agrícola familiar estudado há presença do extrativismo do fruto do açaizeiro, existindo tal prática historicamente na família.
Termos de indexação: Biodiversidade; Açaí; Agroflorestal.
INTRODUÇÃO
A agricultura familiar compreende grande diversidade cultural, social e econômica, podendo variar desde o campesinato tradicional até a pequena produção modernizada. A maioria das definições da agricultura familiar está vinculada ao número de empregados e ao tamanho da propriedade. As principais características dos agricultores familiares são a independência de insumos externos à propriedade e o fato de a produção agrícola estar condicionada às necessidades do grupo familiar (MIRANDA et al, 2013).
As formas de utilização do estabelecimentos agrícola familiar são derivados de experiências na forma como foram criados. Visto que, para terem melhor produtividade, as atividades podem ser mudadas de acordo com a capacidade do trabalho a serem realizados, com o intuito de obter produção para o sustento familiar direto, como complementação da renda.
O extrativismo de produtos florestais não-madeiráveis é visto como um mecanismo para a manutenção dos serviços ambientais; para conservação da biodiversidade; para o incremento da economia regional e segurança alimentar e, também, para o incremento da economia global (MOUSSOURIS et al., 1999).
A facilidade do acesso às áreas intactas e a grande lacuna de conhecimento de cultivo e manipulação agrícola da maioria das outras espécies de interesse econômico leva à atividade extrativista. Por sua vez, o desconhecimento (ou o desrespeito) da capacidade de manutenção dos estoques naturais e da dinâmica dos ciclos de recomposição leva frequentemente à exaustão do recurso (LORENZI, 2006).
O presente trabalho tem por objetivo estudar o estabelecimento familiar 14 do Projeto de Assentamento Veneza, fazendo uma análise referente às características extrativistas bem com seus trunfos e restrições, além de qualificar os agroecossistemas presentes conhecendo a estrutura e principais características do sistema agroflorestal.
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi realizado em agosto de 2016, entre os dias 8 e 10, durante o terceiro estágio de campo obrigatório do curso de Agronomia, da faculdade de Ciências Agrárias de Marabá (FCAM) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – UNIFESSPA, realizado com o intuito de relacionar conhecimento teórico com prática através da convivência dos alunos com a realidade de Estabelecimento agrícolas.
O projeto de Assentamento Veneza possui 9.857.5618 há, localiza-se em dois municípios diferentes São Domingos do Araguaia e São João do Araguaia – PA, estando a maior parte do município de São João do Araguaia, fica a 55 quilômetros da cidade de Marabá. O Assentamento possui 245 lotes, o estabelecimento agrícola familiar que foi estudado é o lote de nº 14, intitulado “Alto Bonito”.
As informações primordiais a serem coletadas foram obtidas através de roteiro e do método de observação participativa, na qual pode ser definida como uma situação de pesquisa. Para a obtenção das informações, foi aplicado um questionário com perguntas relativas as disciplinas estudadas que norteiam o estágio de campo, observações a campo, entrevistas com os componentes da família estudada e, observação das atividades extrativistas.
Foi feito ainda, observações nos agroecossistemas presentes para distinção de cada um, e o estudo das atividades extrativistas realizadas no estabelecimento, realizadas através de conceitos predefinidos anteriormente em sala de aula e auxilio do conhecimento empírico do agricultor.
As informações obtidas foram estudadas e discutidas, formando um conjunto de dados interpretados mediante literatura especializada. Foi também utilizado dados advindo do INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria e IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Trajetória do estabelecimento agrícola: Segundo a agricultora, no estabelecimento agrícola familiar estudado, antes de realizar a compra do mesmo, o estabelecimento pertencia a outro grupo familiar que morava no local. As poucas informações que a agricultora tem antes de comprar o estabelecimento são que os antigos donos tinham plantio de espécies anuais, como o arroz e o feijão e que já havia a Floresta Primária que estava em estado de conservação com grande quantidade de espécies madeireiras lenhosas.
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