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MODELOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Por:   •  7/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.784 Palavras (8 Páginas)  •  653 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC – CAMPUS CANOINHAS

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

ANDRIELE BAIL LANGER

MODELOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

[pic 1]

CANOINHAS

MARÇO/2016

NUCLEAÇÃO

        Pode ser utilizado em áreas que não sejam muito extensas ou em casos em que não se tem muito recurso financeiro para realizar a restauração.

        Estudos mostraram que se for plantada um núcleo de vegetação em uma área degradada, esse núcleo servirá como fonte de propagação da vegetação, por atrair pássaros e animais que ajudam a dispersar sementes.

        Esse modelo funciona como um facilitador, porque as primeiras árvores vão ajudar a criar um micro clima e vai atuar na melhora do solo, facilitando o desenvolvimento das outras espécies.

        Nucleação Através do Plantio de Mudas

        Podemos criar ilhas no meio da área degradada plantando mudas de espécies arbóreas para formar manchas com alta diversidade nessa área. E com o tempo essas espécies tomarão conta da área inteira.

Deve-ser usado espécies que sejam atrativas para a fauna do local, como por exemplo, a crindiúva, a guaçatonga, as embaúbas, as figueiras, entre outras espécies.

        Pássaros e morcegos usam essas árvores como poleiro e também como fonte de alimentação, e durante os vôos espalham essas sementes ao longo da área, ajudando na sucessão secundária desse local.

Kageyama e Gandara fez um modelo em que se planta mudas de espécies pioneiras em toda a área a se recuperar, mas, em apenas algumas áreas, as ilhas, são plantadas mudas de espécies não pioneiras, assim as espécies não pioneiras com o tempo, colonizam as áreas plantadas com pioneiras.

Nucleação Através do Plantio de Arbustos de Sub-bosque

Introduzir plantas de sub bosque é uma boa estratégia para se formar núcleos com alta diversidade. Como são espécies de sombra, é preciso que já haja sombra suficiente das espécies arbóreas na área para que essas plantas de sub bosque se desenvolvam.

Por isso é indicado que essas espécies de sub bosque sejam plantadas só depois de 2 ou 3 anos após as arbóreas.

        Muitas espécies arbustivas de sub bosque são dispersadas por pequenos pássaros que não voam muito longe, então se não houver remanescentes de vegetação próximos essa recuperação pode ser bastante lenta.

        É difícil se encontrar em viveiros mudas de espécies arbustivas de sub-bosque, mas elas podem ser conseguidas em áreas em que o licenciamento ambiental permitiu a supressão da vegetação nativa para atividades de mineração, represamento de cursos d'água etc.

Transposição de Galhada

É o uso de restos vegetais como galhos, folhas e material reprodutivo da floresta para servir como fontes de sementes, de nutrientes e de matéria orgânica, então depois dessas plantas germinarem elas encontrarão condições de desenvolvimento mais favorável.

Esse material é colocado em pilhas de no mínimo 2 x 2 m e altura de aproximadamente 0,50 m, ou em leiras dentro de grandes áreas degradadas, formando ilhas de restos vegetais.

Esses restos vegetais da galhada servem também como refúgio e fonte de alimento para insetos como brocas de madeira e  
cupins, pequenos roedores, répteis etc., atraindo outros animais predadores e, assim, ativando, com o tempo, cadeias alimentares.

Transposição do Banco de Sementes do Solo

Para retirarmos o banco de sementes do solo de uma floresta para usarmos na recuperação de uma área degradada só é recomendada, quando aquela floresta será eliminada para atividades de mineração, represamento de cursos d'água, etc.

É a transposição da camada superficial do solo e da camada de serrapilheira em faixas ou ilhas, espera-se que com o tempo essas formem ilhas com alta diversidade, ajudando no processo sucessional da área.

A vantagem desse método é que é introduzida uma grande quantidade de sementes e de várias espécies nativas nesas área a ser recuperada. Deve se tomar cuidado para que não seja escolhido um banco de sementes com muitas sementes de espécies de ervas daninhas, trepadeiras ou gramíneas agressivas.

A transposição deve ser realizada no início da estação chuvosa para se evitar uma grande mortalidade das plântulas.

Transposição da Chuva de Sementes

É pouco utilizado no Brasil.

Chuva de sementes é a quantidade de sementes que chega a um determinado local por dispersão e é a principal fonte de introdução de sementes no banco do solo.

Então, para a transposição é preciso coletar as sementes antes que elas caiam no solo, com a ajuda de coletores.  

O próximo passo é a é a semeadura direta das sementes nas áreas que estão sendo recuperadas.

        Utilização de Poleiros Naturais e Artificiais

É usado para atrair aves e morcegos para que estes dispersem as sementes. Cada poleiro servirá como local de pouso para pássaros e morcegos possibilitando que eles depositem sementes perto desses poleiros através de fezes e/ou material regurgitado.

Podem ser naturais ou artificiais.

Poleiros naturais são feitos pelo plantio de espécies arbóreas de rápido crescimento e que o formato da copa favoreça o pouso das aves. Espécies como o guapuruvu, o tamboril, e a crindiúva apresentam rápido crescimento; as duas primeiras atingem maior porte, podendo ser mais eficientes para o pouso de aves, já a terceira tem frutos atrativos para os pássaros.  

Árvores isoladas em pastagens abandonadas devem ser consideradas poleiros naturais nos projetos de recuperação florestal.

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