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O ARTIGO GEOPROCESSAMENTO

Por:   •  1/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.095 Palavras (9 Páginas)  •  126 Visualizações

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Resumo: Este trabalho descreve o processo de construção e validação de um (a) plugin / ferramenta em Sistema de Informações Geográficas (SIG), utilizado para desenvolvimento de mapas Web / online. O plugin, denominado WebMapa, ainda em desenvolvimento, permite ao usuário adicionar elementos cartográficos às páginas da Web, tornando-os interativos e funcionais. O plugin WebMapa foi construído no software QGIS, utilizando a linguagem de programação python. O sistema foi desenvolvido como um mecanismo de busca que permite aos usuários escolherem informações e elementos de mapas, bem como simbolizá-los. As escolhas possíveis são os seguintes elementos de mapas: base cartográfica (ex.: OpenStreetMap, Google Maps), bússola, escala, localização do usuário no mapa, edição  em tela, cálculo de rota entre pontos de partida e chegada.

 O resultado do processamento do plugin WebMapa foi construído como um Web site disponível no formato de saída .html (HTML - Hypertext Markup Language / Linguagem de marcação de hipertexto). Desta forma, o sistema se torna multiplataforma, uma vez que pode ser acessado como um web site em qualquer tipo de navegador Web independente do sistema operacional.

Palavras-chave: Sistemas de Informações Geográficas (SIG). QGIS. Mapas Web.

Abstract: This work aims to describe the construction process and the validation of a plugin / tool in Geographic Information Systems (GIS), used for the development of Web maps. For this, the WebMapa plugin, still under development, allows adding cartographic elements to Web pages, making them interactive and adaptable. The GIS was built as a complement (WebMapa plugin) to the QGIS software, using a python programming language. The pluginwas developed as a search engine that allows users to choose information and map elements, as well as symbolize them. The options made possible the choices of the following map elements: cartographic base (eg: OpenStreetMap, Google Maps); compass; scale; user's location on the map; screen editing; route calculation between starting and ending points. The result of the processing of the WebMapa plugin was built as a website available in the

.html output format (HTML - Hypertext Markup Language). In this way, the system becomes multiplatform since it can be accessed as a Website in any type of Web browser, regardless of the operating system.

Keywords: Geographic Information Systems (GIS). QGIS. Web maps.

  1. INTRODUÇÃO

Não mais restritos às representações em papel, os mapas são atualmente produzidos, transmitidos e disponibilizados aos usuários em menor tempo. Além disso, a Internet possibilita a visualização, a manipulação e a disseminação de dados espaciais e mapas de modo mais interativo e rápido. Porém, ainda são necessárias pesquisas para tornar a Internet um meio efetivo de transmissão da informação espacial na forma de mapas (ICA, 2007). Na cartografia, geralmente, a interface é o próprio mapa, uma vez que o fenômeno que está sendo  representado é o mesmo sobre o qual são realizadas a navegação e a interação (FALAT; DELAZARI, 2010). As novas formas de abordagens com mapas, podem ser definidas como processos de Visualização Cartográfica  ou Geovisualização. Para tanto, a Geovisualização “é uma integração da visualização científica, cartografia exploratória, análise de imagens, visualização da informação, análise exploratória de dados e Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para produzir teorias, métodos e ferramentas para a exploração visual, análise, síntese e apresentação de dados geoespaciais e ambientais” (MACEACHREN; KRAAK, 2001).

Com o avanço da Internet, os sistemas de informações passaram a ser mais atrativos devido aos seus baixos custos de desenvolvimento, implantação e manutenção (AMORIM et al., 2008). Nos últimos anos, principalmente depois que o Google lançou o Google Maps (em fevereiro de 2005) e o Google Earth (em junho de 2005), há um interesse cada vez maior em empregar tais plataformas para a identificação, localização, orientação, navegação e mensuração, tanto sobre representações 2D quanto 3D (MENEGHETTE, 2014). Para Kraak (2010), com a mudança para ambiente Web é necessário pesquisar o uso do mapa e as necessidades do novo usuário. Com o conhecimento destas necessidades, as ferramentas de acesso aos dados espaciais e ambientais poderão ser adaptadas de forma a atendê-las. Nesse sentido, Kraak e Brown (2003) e Marisco et al. (2004) destacam que os produtos cartográficos na Web são influenciados por alguns fatores, sendo eles: os usuários; os provedores de dados; o ambiente de concepção dos produtos cartográficos; o conteúdo dos produtos cartográficos; a tradução gráfica; a interface com o usuário; e o armazenamento dos dados geoespaciais e ambientais.

Atualmente, os SIG vêm acompanhando a evolução tecnológica e incorporando novos paradigmas que auxiliam o processo de integração entre sistemas.

 Nos campos da cartografia on-line e interativa, a programação costuma ser uma parte importante da tarefa de criar um mapa (LEDERMANN; GARTNER, 2015). Visto que os cartógrafos não se limitam a um papel de consultoria em contextos tecnológicos e não deixam a implementação para os programadores, cientistas da computação, etc., as bases tecnológicas para a criação de mapas por meio de código são essenciais (LEDERMANN; GARTNER, 2015). Esses mapas raramente são programados "do zero" usando apenas funções de baixo nível fornecidas pelo ambiente de execução (por exemplo, sistema operacional ou navegador da Web); uma API (Application Programming Interface - Interface de Programação de Aplicativos).Segundo Cartwright (2008), com o advento da Internet, a cartografia pôde publicar mapas online, com rapidez e sem custos de distribuição ou impressão.

No entanto, a maneira como os mapas são construídos para entrega na Web difere pouco da computação gráfica e de produtos de multimídia discretos. Agora, acelerado pelo acesso relativamente barato à Internet, a disponibilidade de computadores móveis pequenos e baratos e a disponibilidade de software social mudaram a maneira como os usuários acessam as informações pela Internet. Isso tem sido chamado de Web 2.0 (O’REILLY, 2005). Peterson (2015) comparou diferentes APIs de “mapas deslizantes” (ex.: API do Google Maps, Leaflet, Mapstraction), aplicando critérios quantitativos (velocidade de execução, comprimento do código, custo) a programas de exemplo. Embora a “funcionalidade cartográfica” seja listada como um critério de avaliação, nenhuma exploração sistemática da funcionalidade das diferentes APIs e como elas se relacionam com os conceitos cartográficos é fornecida. Peterson conclui com uma posição pragmática, mencionando o custo e a viabilidade a longo prazo como possivelmente os critérios de avaliação mais importantes para contextos de produção - ambos os quais não estão relacionados com a funcionalidade fornecida pela API.

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