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OS TIPOS DE DIABETES, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOS

Por:   •  12/5/2015  •  Monografia  •  3.640 Palavras (15 Páginas)  •  322 Visualizações

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FACULDADE DA SERRA GAÚCHA

Curso: Biomedicina

Disciplina: APS – Atividade Prática Supervisionada

Professora: Dr. Rodrigo Binkowski de Andrade

Data: 24 de Abril de 2015.

Acadêmica: Sane Prux

OS TIPOS DE DIABETES, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOS

RESUMO

Diabetes é uma doença que ocorre em todo o mundo, mas é mais comum nos países mais desenvolvidos. A Diabetes está entre as cinco doenças com maior índice de mortalidade no mundo e continua em ascensão. A gravidade da diabetes é que ela provoca outras doenças sérias como a Retinopatia Diabética (lesões que aparecem na retina e que podem causar a perda gradativa da visão); a nefropatia diabética que produz insuficiência renal e leva o paciente à hemodiálise; a dermatose diabética (muito comum nas lesões na pele de natureza variada de origem infecciosa na maioria das vezes; necrobiose lipóidica (ocasionada por inflamação nos vasos sanguíneos); neuropatia diabética (degeneração progressiva dos axônios (partes das células que conduzem os impulsos elétricos de um corpo celular a outro, e são o que rege o sistema nervoso) e várias outras. O tratamento tem sido através de doses diárias de insulina e controle alimentar. O governo tem, através de diversos programas, tentado alertar a população e orientar sobre uma alimentação saudável bem como estimular as práticas corporais e atividades físicas, fatores essenciais para uma prevenção primaria da Diabetes. O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia prioriza e financia o desenvolvimento de pesquisas clínicas com o objetivo de qualificar o cuidado integral a diversos agravos e a Diabetes é um deles.

Palavras-Chave: Diabetes, Doença, Diagnóstico, Tratamento.

1. INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina. Essa enfermidade representa um considerável encargo econômico para o individuo e para a sociedade. O objetivo desse trabalho é descrever e analisar alguns dos principais estudos publicados nas ultimas décadas sobre o assunto.

A educação em saúde encontra medida de prevenção ou retardo do diabetes Meliitus, apresentando-se como uma ferramenta importante para a redução de custo para o serviço de saúde. As mudanças no estilo de vida impróprio podem ser estimuladas, dando ênfase ao aspecto nutricional e a atividade física, visando à redução dos fatores de risco relacionado á síndrome metabólica e as doenças cardiovasculares em diferentes populações.

        O sedentarismo e o baixo consumo de comida saudável da população brasileira revelam que é preciso ter mais atenção aos problemas causados pela diabetes. Segundo dados da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) surgem 500 novos casos da doença por dia no mundo. E para cada brasileiro diagnosticado, existe outro que não sabe que é diabético.

        

2. DIABETES

2.1. O Que é Diabetes?

        Diabetes é o nome popular dado a um grupo de doenças metabólicas chamadas diabetes Mellitus caracterizadas pela hiperglicemia, pela secreção irregular de insulina em sua ação ou ambos os fenômenos juntos. É uma doença complexa na qual coexiste um transtorno global do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.

2.2. Como Acontece.

        O aumento da quantidade de glicose no sangue sinaliza que o pâncreas precisa produz mais insulina, uma vez que este hormônio é o responsável por transportar o açúcar do sangue para as outras células do corpo. O açúcar serve de energia para as células. Na resistência à insulina, as células têm uma capacidade reduzida de responder à ação da insulina. Para compensar isto, o pâncreas passa a produzir ainda mais hormônio. Mesmo assim, a insulina fica em altos níveis no sangue e o açúcar não chega às células para alimentá-las. Como passar do tempo, as pessoas com este problema podem desenvolver diabetes.

        Um dos mais importantes processos metabólicos do organismo é a conversão de alimentos em energia e calor dentro do corpo. O pâncreas produz um hormônio chamado insulina que regula a glicemia ou o nível de glicose no sangue. Uma falha na produção de insulina resulta em altos níveis de glicose no sangue já que esta última não é devidamente digerida no interior das células.

        A insulina produz os seguintes efeitos no metabolismo dos carboidratos:

        1) Aumento no transporte de glicose através da membrana celular;

        2) Aumento na utilização de glicose pelas células;

        3) Aumento na transformação de glicose em gordura.

        Efeitos da insulina no metabolismo das proteínas:

        1) Aumento no transporte de aminoácidos através da membrana celular;

        2) Aumento na quantidade de RNA no líquido intracelular;

        3) Aumento na síntese proteica.

        Efeitos da insulina no metabolismo das gorduras:

        1) Aumento na transformação de glicose em gordura;

        2) Redução na utilização de ácidos graxos pelas células.

        Quando o nível de glicemia (açúcar no sangue) aumenta após uma refeição, a quantidade de insulina (chamada insulina da hora da refeição) também aumenta para que este excesso de glicose possa ser rapidamente absorvido pelas células. O fígado para de secretar glicose e passa a estocar glicose no sangue para usá-la depois. Quando a insulina termina seu trabalho, ela se degrada. A insulina é produzida nas células do pâncreas endócrino. Age em grande parte das células do organismo como nas células presentes em músculos e no tecido adiposo.

        Quando a produção de insulina é deficiente, a glicose se acumula no sangue e na urina causando a falência das células, resultando na Diabetes Mellitus.

3. A DIABETES NA HISTÓRIA

        Antes da era cristã, a Diabetes Mellitus já era conhecida. No papiro de Ebers descoberto no Egito (Sec. XV AC) já são descritos os sintomas que parecem corresponder à Diabetes. O termo foi usado primeiramente por Areteu da Capadócia (Sec.II DC) ao observar que os doentes tinham muita sede, tomavam muito líquido e urinavam demais; parecia que a doença forçava o líquido a ser eliminado rapidamente do organismo, deu então o nome de diabetes que em grego significa ‘passar através’ expressando que o líquido entrava e saia do organismo sem fixar-se nele. No século II, Galeno, contemporâneo de Areteu também se referiu à Diabetes como a incapacidade dos rins em reter água como deveriam. Somente no sec. XI Avicena começou a descrever com precisão esta afecção em seu Cânon da Medicina.

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