Relatório : Determinação do pH do Solo Por CaCl2, KCl e H2O

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFBA

Campus Vitória da Conquista

Curso de Engenharia Ambiental

Aline Rocha

Aline Dourado

Lorena Albuquerque

Marília Santos

RELATÓRIO DE SOLOS II

03 de Agosto de 2015

Vitoria da Conquista - BA

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFBA

Campus Vitória da Conquista

Aline Rocha

Aline Dourado

Lorena Albuquerque

Marília

RELATÓRIO SOLOS II

Medição do pH do solo pelo método potenciométrico

Relatório da aula prática, referente aula do laboratório de Solos, apresentado a Professora Joseane, como requisito parcial da 3ª unidade da disciplina de Solos II, do curso de Engenharia Ambiental.

03 de agosto de 2015

Vitoria da Conquista – BA

Introdução

O solo é um recurso básico que suporta toda a cobertura de terra, sem a qual os seres vivos não poderiam existir. Nessa cobertura, incluem-se não só as culturas como, também, todos os tipos de árvores, gramíneas, raízes e herbáceas que podem ser utilizadas pelo homem (BERTONI; LOMBARDI NETO; 2010).

Os solos, em suas condições naturais, podem ser ácidos, em decorrência do material de origem e da intensidade da ação de agentes de intemperismo, como clima e organismo. A fonte de acidez do solo deve-se à presença de “grupos ácidos” com diferentes capacidades de ceder prótons (NOVAIS; BARROS; et al., 2007).

Galvão (1994), define o estudo de pH do solo como uma análise dos íons H+ encontrados suspensos em uma solução de água e solo, para determinar se esse solo necessita de calagem. O pH indica a acidez ou alcalinidade de um substrato onde o pH é classificado em uma escala de 0 a 14. Quanto menor o pH, mais H+ ativo estará presente na solução do solo e maior será também a necessidade de calagem tornando o solo menos ácido.

Malavolta (1980), ressalta a importância da medição do pH de solos, para se fazer um controle desses níveis, a fim de manter uma boa condição para o desenvolvimento de culturas. Ainda segundo o autor se o solo estiver com o pH menor que 5,0, este solo apresentará um teor de acidez alto, ou seja, muito alumínio presente na solução do solo, afetando, assim, o crescimento das raízes das plantas. E o aumento de H+ na solução do solo prejudica a adsorção dos nutrientes pelas plantas.

As partículas coloidais do solo absorvem diversos cátions, inclusive o hidrogênio e o alumínio. O hidrogênio e o alumínio adsorvidos são os responsáveis pela acidez do solo, sendo o primeiro diretamente, e o segundo, através dos fenômenos de hidrolise, quando passa à solução do solo.

A maioria dos métodos propostos para a determinação do hidrogênio trocável determina, na realidade, a soma de hidrogênio e alumínio, quando este último está presente. No caso de solos ácidos, quase sempre existe alumínio "trocável" em quantidades variáveis, de acordo com certos fatores.

A acidez do solo é avaliada, geralmente, por meio de seu pH, determinando-se a atividade de H+ em uma suspensão de solo com água ou com soluções salinas.

A determinação da acidez "trocável" em solos baseia-se, em linhas gerais, na extração do H+ por uma solução extratora e na determinação daquele cátion na solução, o que pode ser feito pela diferença de pH observada na solução extratora antes e depois do contato com o solo.

Sendo pH definido como:

pH = - log [ H+ ]

Então, o pH está relacionado com a concentração de H+ na solução do solo, que determina a acidez ativa do solo. Deve-se ter em mente que a acidez ativa, refere-se à atividade de íons H+ (H3O+) em solução, que é apenas uma parte muito pequena em relação à acidez trocável, na qual mede a quantidade de H+, Al3+ e outros cátions de hidrólise ácida absorvida por força de caráter eletrostático, ou à acidez potencial do solo, refere-se à quantidade de formas trocáveis e não trocáveis desses íons no solo (NOVAIS; BARROS; et al., 2007).

O pH em água foi considerado durante muito tempo como o método padrão. O pH em água indica a acidez ativa, que são os íons de H+ livres na solução do solo em concentrações baixas se comparado aos íons H+ adsorvidos. Portanto, surgiu o problema de que os ácidos fracos contidos no solo não apareciam na determinação do pH em água. Além disso, como as amostras de solo chegavam úmidas aos laboratórios, a concentração de sais aumentava. Então, os laboratórios, para contornar esse problema, passaram a determinar o pH do solo em CaCl2. Neste caso, deve-se deixar as amostras secar à sombra antes de enviar ao laboratório. Mas, ainda existem laboratórios que fazem a determinação em água.

A determinação de pH em CaCl2 0,01 M apresentada por Schofield e Taylor (1955), além de fornecer uma concentração eletrolítica próximo aquela encontrada na solução do solo, pouco varia com relação solo: solução (Vasconcellos, 1986).

Segundo Vasconcellos (1986), a determinação do pH em KCl 1M elimina a influência de concentração salina sobre o pH do solo. Este pH, quando comparado com o pH em água é bastante útil para interpretações químicas. Se o pH em KCl apresenta-se menor que o pH em H2O, é indicativo da presença de alumínio trocável; se o pH em KCl é maior, o solo é eletropositivo, isto é, predominam as cargas positivas.

O presente trabalho tem o objetivo de fazer a medição do pH do solo em diferentes soluções salinas e de H2O para que possam ser analisados os resultados apresentado em cada amostra e observar qual a diferença entre eles.

Materiais e métodos:

        Os materiais utilizados para realização do presente trabalho foram:

•        Potenciômetro;

•        Água destilada;

•        Solução de KCl (Cloreto de Potássio) 1N, 0,1N, 0,001N;

•        Solução de CaCl2 (Cloreto de Cálcio) 0,01 M;

•        Amostra de solo: Latossolo Vermelho Amarelo;