Uso excessivo celular

O celular

Frederico Bueno^[1]

                                                                 

O celular se tornou acessível, e necessário a toda a população mundial, assim a mais de 50% das pessoas estão conectados à rede sócias através de um smartphone, nos últimos 30 anos se teve uma evolução tecnológica, acessibilizando a todos. No início da década de 90, chegava ao Brasil o telefone celular, que mudou totalmente a forma do povo se comunicar, tendo hoje mais de 200 milhões de linhas de celular ativa, chegou em um aparelho que permitia até duas horas de ligações e 15 horas em stan-by, pesando quase 400 gramas.

        Com o passar dos anos e principalmente com a evolução tecnológicas os telefones celulares, foram sendo melhorados, hoje ele tira fotos em alta resolução, acessa a internet, tem TV digital, rádio e até GPS, podendo se mandar e-mails, entrar em redes sociais, que facilitaram o contato e conversa entre as pessoas, facilitou também com a grande evolução da internet, que no início era discada e de difícil acesso, com a entrada das wi-fi, das 3G e 4G, que facilitarão o acesso à rede, o principal fato que ajudou foi a oferta de aparelhos mais baratos e acessíveis ao bolso da população, e a diminuição dos preços e das tarifas das operadoras, num valor mais justo.

        O celular acabou entrando da vida do ser humano, se tornando um vício para algumas pessoas que o utilizam 24 horas por dia, jogando joguinhos, entrando no Facebook, Whats App, acessando meios de comunicação, tirando a famosa selfie, postando nas redes, se tornou de um jeito tão normal, que em rodas de amigos de vez de conversarem entre si ficam mexendo nos celulares.

        Se tornou tão comum o uso excessivo do celular, que já é considerada uma doença a nomofobia, que pode acabar desencadeando em um transtorno psicológico, às vezes podendo se tornar em depressão, um dos sintomas é ansiedade, perda de contato com as pessoas próximas, sentindo se na vida virtual mais feliz do que na vida real, sendo relacionado aos prejuízo que o uso acarreta na vida, e não o tempo que se fica no aparelho.

A idade mais propensa para adquirir a doença é as pessoas mais jovens de 13 a 25 anos, as consequências são faltas de concentração, problemas de visão, sedentarismo, tendinite e problemas na coluna, umas das causa que leva a tudo isso é que crianças de 10 anos já estão ganhando um telefone móvel.

        O celular não trouxe só benefícios como sua fácil utilização, sendo que ele não é o grande culpado, o problema é a forma que a população usa este aparelho que é cada vez mais desejado por todos, também pelos seus designs e possibilidades técnicas.

        A maioria da população da brasileira está conectada a um celular, nas ruas, nas escolas, nos bares, nos trabalhos, é difícil encontrar alguém que não tenha celular ou nunca teve, se tornando um uso diário para o serviço ou só para se conectar na rede, para algum ou outro motivo ele está lá, acabou se tornando uma forma rápida e eficiente de entrar em contato com as outras pessoas, pois consegue conversar com outra pessoa de algum outro lugar do mundo através de um toque.

        Mas esse uso excessivo tem seu lado ruim, as pessoas perderam o controle do uso e vem extrapolando, na sala de aula, os alunos e os professores tem uma verdadeira guerra, estes tentam que os estudantes não utilizem dos aparelhos celulares, que parecem hipnotizados pelos celulares e parecem desconectados do mundo, as pessoas acabaram perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e de conversar entre si e com os familiares, só se percebe a importância ou dependência que se tem dos celulares, quando se fica impossibilitado de utilizá-los, ou quando acaba a bateria, fica-se angustiado até conseguir conectar se a rede novamente.

Outro fato que vem preocupado é dependência da internet, sendo que em média a cada cinco crianças e adolescentes, um acaba sofrendo de transtorno que se necessita de um tratamento especializado, em alguns casos sendo necessário até a utilização de medicamentos, podendo se tornar até uma arma perigosa, fora o perigo de ataques pedófilos que ocorrem na internet, pessoas que podem se disfarçar por outros.

        A tecnologia entrou definitivamente na vida cotidiana, em varias formas de utilização, do simples ato de conversar com outras pessoas ao consultar informações, a internet e os celulares estão a todo o momento nas mãos e na mente das pessoas. Muitos especialistas têm alertando, que uso excessivo dessas ferramentas pode viciar.

 Apesar de não estar no Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais, apontam estudos recentes que as mudanças que são causadas no cérebro, são similares aos efeitos gerados por drogas químicas, como o álcool e a cocaína, pelo abuso na utilização da web, mesmo sendo uma dependência comportamental, ela acaba causando o mesmo desgaste na ponta dos neurônios, que as químicas.

Um problema que o usuário tem, é conseguir a diferenciação da dependência considerada normal. Pois as maiorias dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles.

        Cada vez mais cedo as pequenas mãos das crianças, já catam as letras miúdas do touchscreem, bem mais rapidamente que os dedos maiores dos adultos. A internet de um tempo para cá, se tornou tão comum quanto à televisão. Vetar o uso das redes sociais para as crianças se tornou praticamente impossível. Pois até mesmo os pais estão aficionados por essa tecnologia.

Segundo o jornal inglês The Telegraph, garante que as crianças que acabam passando conectadas mais de quatro horas diariamente, acabam correndo riscos sérios, que vao desde problemas sociais, passando por depressão, ansiedade e baixa autoestima, por isso muitos pais tem se preocupado, para que os filhos não cresçam longe da tecnologia, pois já é muito importante em questões de negócios financeiros e muito mais coisas, mas precisam deixar bem claro que a tecnologia não é a única fonte de diversão das crianças.

O uso inadequado de celulares, no ambiente de trabalho, vem se tornando um problema para várias indústrias. Existindo já sindicatos que buscam coibir o mau uso desses aparelhos, pois vem afetando a produtividade, e ainda existe o perigo de acidentes de trabalho, pela falta de atenção provocada pelo telefone.

        Segundo a Anatel (Agência Nacional de telecomunicações) no país se tem uma média de 1,3 celulares por habitante, e as principais pessoas a utilizar estes aparelhos são os jovens que fazem uso constante, principalmente dos que oferecem recursos de computador e acesso à internet, a maioria dispõem de aplicativos como Facebook, Whatsaap, Viber, Twiter, Tinder, Saravanah e trocam mensagens por SMS, estar online é um habito para esse público, as empresas estão tentando achar um novo modo de lidar com isso.