O uso do celular em sala de aula

Introdução

Como saber se o uso dos celulares em salas de aula é uma atitude positiva ou negativa?

Não é de hoje que se discute sobre o uso do celular em sala de aula. São vários os fatores que levam seus defensores a questionarem a Lei que proíbe o uso de um dos “apetrechos tecnológicos” mais utilizados no mundo, dentro do ambiente escolar.

Somos motivados a pensar sobre essa discussão, pois de fato vivemos uma “epidemiologia” tecnológica nos nossos dias e precisamos nos ater sobre sua dispensabilidade e/ou indispensabilidade.

Reflitamos, pois, no que se pode aproveitar do uso de tamanha ferramenta de comunicação.

Proibir ou permitir?

Quando pensamos na utilização dos celulares, independente do ambiente, devemos refletir sobre a forma de utilização do mesmo. Para que serve um celular hoje em dia? Será que as pessoas se tornaram mais instruídas após da utilização diária do celular? Somos dominantes ou dominados pelo mecanismo?

Temos aprendido com a disciplina CTE (Ciência Tecnologia e Educação), que a tecnologia sem a inovação metodológica não traz resultados satisfatórios, e que é necessário pensar como podemos aprender construir e evoluir com os vários mecanismos que temos, hoje em dia, a nossa disposição.

Defendo o uso do celular em sala de aula como ferramenta de auxílio no intuito de construção, elaboração, aprendizagem e democratização do ensino. Porém, o que vemos está bem distante desta vertente. Encontramos, em todos os ambientes, a utilização do celular, em sua maioria, como forma de entretenimento e comunicação e não como forma de auxílio na aprendizagem, sempre lembrando que há exceções em meio às regras.

Observamos as pessoas nas ruas, no trabalho, nas escolas, em suas casas, nos restaurantes, dentre outros lugares, com os olhos fitos e polegares em movimentos rápidos e repetitivos sem se darem conta que existe um mundo ao seu redor, sem perceberem a vida que passa diante dos seus olhos, que não a veem. Dentro das salas de aula não é muito diferente, as crianças, os adolescentes, os jovens e, até mesmo, os adultos se perdem no mundo das tecnologias e esquecem que existe vida além delas. Se o uso do celular, em sala de aula, servisse como mecanismo de aprendizagem, este seria muito bem vindo ao “universo disciplinar”, porém, proibir talvez não seja o melhor caminho. Ensinar, orientar, instruir o aluno a utilizar o celular como mecanismo facilitador do ensino é o caminho mais adequado. Ao invés de se deslocarem à biblioteca para folhearem um dicionário, com um clique as palavras e seus significados saltarem aos seus olhos, a álgebra nunca foi tão atraente, conhecer a história sem precisar sair do lugar, estudar o clima em tempo real, vídeos e pesquisas ao alcance de todos, bastando apenas um clique.

Precisamos repensar no quanto ganharíamos se soubéssemos utilizar esta ferramenta em favor do conhecimento e não somente do entretenimento, em favor da aprendizagem e não somente da distração, em favor de nós mesmos, em favor de todos.

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL

UNINTER

GÊISA PORTELA SOUSA SANTOS

CURSO: PEDAGOGIA

RU: 1199778

DISCIPLINA – CIÊNCIA TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

TEMA: LEI PROÍBE CELULAR EM SALA DE AULA

UTA – CIÊNCIA TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

POLO – ITAJAÍ

2015

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