Física Moderna e Uso de Tecnologias da Informação
Por: Sidnéia Pless • 8/5/2019 • Seminário • 3.309 Palavras (14 Páginas) • 375 Visualizações
FÍSICA MODERNA E USO DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NO ENSINO.
Acadêmica: Sidnéia Tatiane Pless
A LEI DE HUBBLE NO ENSINO MÉDIO: UMA SUGESTÃO DE ABORDAGEM PARA DISCUTIR A TEORIA DO BIG BANG
Capítulo 1. Introdução
Por muito tempo, o ensino de Física no nível médio parecia ter como meta unicamente aprovar os estudantes nos exames vestibulares.
Nos últimas décadas, através do esforço de professores e pesquisadores, o ensino médio passa a ser visto como possuindo uma finalidade em si mesmo, e não apenas constituindo-se em uma etapa preparatória ao ingresso no nível superior.
Esse nova forma de ensino médio busca uma formação mais geral, de cidadãos críticos, informados, participativos e reflexivos.
Como se busca formar um cidadão que compreenda o mundo à sua volta, não é mais possível ignorar todo o conhecimento desenvolvido no século XX.
O artigo em questão tem como objetivo um desses temas no nível médio: o Big Bang.
Além de tratar sobre a importância de inserir esses temas na educação básica, se pretende situá-los frente às pesquisas sobre como hoje a ciência entende a formação do universo e no cenário da pesquisa em ensino de Física
Este trabalho tem por fim a proposta de uma abordagem para se discutir a denominada Teoria do Big Bang no nível médio mediante o estudo da Lei de Hubble. Esta proposta foi implementada na forma de elaboração de materiais didáticos de auxílio ao professor e também de materiais que podem ser utilizados diretamente com os alunos.
Capítulo 2. O Ensino de Física no Nível Médio
Um Breve Olhar sobre o Ensino de Física
A avaliação é uma das partes mais importantes do ensino, pois consiste na percepção de que o processo de ensino resultou em um processo de aprendizagem, por parte do aluno.
Quando o professor deseja saber o quão efetivo está sendo um ciclo de estudos, cabe ao mesmo escolher uma ou mais ferramentas avaliativas para obter esta informação.
Essas formas avaliativas podem se caracterizar de diferentes formas, dependendo de seu objetivo, seja para descobrir o que o público alvo da avaliação sabe previamente (avaliação diagnóstica), para sondar o quanto eles estão aprendendo durante o processo de ensino (avaliação formativa) ou determinar se os objetivos deste processo foram alcançados ao final deste ciclo (avaliação somativa).
O processo avaliativo, norteia todo o processo de ensino construído pelo professor.
Quando o interesse é por um diagnóstico de sistema educacional, são utilizadas avaliações somativas, e muitas vezes avaliações em larga escala. SAEB, ENEM, INEP.
A figura revela que as seis questões com os menores índices de acerto, abaixo de 20%, são todas de Física (17, 27, 30, 31, 35 e 45).
Como inserir física moderna, se a física trabalhada hoje já é tão defasada?
O Interesse em Física Moderna e Contemporânea
Em um levantamento de dados feito com estudantes universitários, constatou que assuntos como a Teoria da Relatividade, a Mecânica Quântica, a Astrofísica, são os que mais influenciam na 7 decisão de escolher a Física como carreira
Em outro levantamento, ao entrevistar 250 crianças com cerca de 12 anos para preparar um livro introdutório sobre Relatividade Geral, o autor constatou que um terço delas já havia ouvido falar em buracos negros e possuía uma razoável ideia do que se tratava. Um número considerável relacionava a Teoria do Big Bang com a origem do universo e que elas se mostravam intrigadas por estes tópicos e queriam saber mais a respeito
O ponto central da relevância e do impacto que as ciências atuais têm na vida do cidadão é justificativa suficiente para a inclusão de tópicos de estudos mais atuais no nível médio, que possam interessar, motivar e engajar os estudantes em seu aprendizado.
Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio
Portanto, observa-se que com as prescrições curriculares relativas à introdução de temas FMC no ensino médio, há poucas experiências sobre o tema sendo relatadas.
As prescrições dos parâmetros curriculares nacionais encontraram resistências para sua implementação, por motivos variados (desde dificuldades na formação de professores, inexistência de materiais didáticos adequados, até resistência à proposta)
Universo, Terra e Vida
Nosso sistema de educação formal tem 200 anos e durante esse tempo falhamos em conectar os estudantes aos seus talentos. A escola mata a criatividade. Fazemos um uso pobre dos nossos talentos. O sistema é obcecado com as habilidades acadêmicas, em levar os alunos para a faculdade. Nem todo mundo precisa ir para a universidade, nem todo mundo precisa ir na mesma época da vida.” Sir Ken Robinson (Professor de Educação Artística da Universidade de Warwick entre os anos de 1989 e 2001, e consultor de diversos governos),
O tema estruturador “Universo, Terra e Vida” tem grande potencial pedagógico, sobretudo seu alcance em termos de interdisciplinaridade.
Esse trabalho tem como objetivo tratar o processo científico como um trabalho coletivo e contínuo, retirando uma visão mística, que tem sempre informações prontas, sem causa aparente, ou fruto da mente de gênios.
A Teoria do Big Bang no Ensino Médio
Uma análise da evolução das ideias da ciência é útil para mostrar aos alunos como essas modificações fazem parte da construção científica e como essa característica representa antes uma força do que uma fraqueza das ciências. Acima de tudo, para que eles percebam como isso constitui um processo natural, e não uma falha humana.
Deve –se estimulá-los a pensarem mais no assunto, dando ênfase a que, na ciência, o “sim” e o “não” têm menos valor do que o “porque sim” e o “porque não
A mudança da abordagem: o exemplo da Teoria do Big Bang
A questão aqui não é ter mais tempo para tratar mais conteúdo, afinal a educação não é um processo linear. O ponto chave aqui é a metodologia, que consiste em listagem de conteúdos, sem contexto, informação gratuita
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