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1ª E 2ª Etapa Atps Estatística 4º Semestre

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Por:   •  28/5/2013  •  2.999 Palavras (12 Páginas)  •  1.713 Visualizações

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Etapa 01

Relatório 01: Introdução ao Estudo Estatístico

No Brasil, as empresas de pequeno porte (EPP) têm sua relevância associada ao fato de empregarem 60% das pessoas ocupadas, assim como por oferecerem bens e serviços que complementam as grandes empresas (COSTA e ALMEIDA, 2000). Elas também representam 96,3% do universo empresarial com participação de 21% do PIB e são responsáveis por 42% dos salários, no entanto, contribuem apenas com 1,7% das exportações (IBGE, 2004). Os dados apresentados no relatório SEBRAE (2005) apresentam diferenças em alguns destes índices, no caso do universo empresarial é de 99,2%, e no caso dos salários é de 26%. Já o número de empregos quase se iguala 57,2% e para exportação 2,2%. A diferença entre as estatísticas advém da metodologia utilizada por cada uma delas, sendo que o IBGE utilizou-se da lei 9.841/99, de 5 de outubro de 1999, já o SEBRAE fez uma classificação própria, combinando a classificação do SEBRAE (número de funcionários) e o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, sendo essa a nosso ver a mais adequada, pois algumas EPP podem na classificação do SEBRAE ser micro mais conforme seu faturamento (lei) ser pequena ou ainda até média empresa. Vemos através destes dados, do IBGE e do SEBRAE, que a contribuição das EPP em relação à empregabilidade é alta, mas a contribuição do PIB é baixa e que respondem somente a 26% da massa salarial e as médias e grandes empresas representam 74% (SEBRAE, 2005). Também apesar das EPP serem a grande maioria no país a taxa de exportação é muito baixa, conforme o número delas.

Uma das soluções apontadas para que esse quadro possa ser revertido seria o melhoramento de produtos e processos, através do desenvolvimento de tecnologias específicas para EPP, desta forma a competitividade se eleva (COSTA e ALMEIDA, 2000).

Conforme pesquisa do SEBRAE (2004), as EPP encontram dificuldades financeiras, para acompanhar as inovações, e assim tem buscado a inovação através da utilização de técnicas de baixo custo utilizando-se de procedimentos simples. Além da dificuldade financeira o SEBRAE (2004) cita outras que também podem levar as empresas a uma menor competitividade, como: conhecimentos gerenciais, falta de clientes, dificuldade com fiscalização, etc. Para poder transpor estas dificuldades, alguns fatores são essenciais como: o aumento da competitividade e busca pela inovação via melhoria da qualidade e produtividade. Alguns empresários tentam driblar muitas de suas dificuldades priorizando investimentos na melhoria dos processos e produtos, assim como na qualidade dos mesmos. Embora se observe que a maior parcela de investimentos das empresas de pequeno porte nos últimos anos tenha sido para implementação de sistema de qualidade. Os especialistas em qualidade alertam para o exagero na ênfase aos aspectos qualitativos dos gerentes de qualidade. Não que estes não sejam importantes, mas a parte estatística também o é, como M. T. Czarnecki apud Ograjensek e Thyregod (2004) afirmou “as companhias têm se preocupado apenas com a filosofia do Totaly Quality Management – TQM sem adotar a metodologia estatística”.

Bert Gruner na coluna da Quality Progress, “Statistics Corner” de 1998 (apud OGRAJENSEK e THYREGOD, 2004), comentou que os empresários têm-se afastado em demasia da metodologia quantitativa, enfatizando apenas as relações humanas, condução de reuniões, entre outros, e não estão dando a devida ênfase à parte quantitativa que mede e afeta a melhoria real. Os conceitos quantitativos algumas vezes são negligenciados por duas razões: as dificuldades de medição e falta de instrução quantitativa dos funcionários. Com base nesse ambiente, é necessário que metodologias sejam desenvolvidas e que possibilitem a adequação de ferramentas de gestão para EPP. Considerando a ênfase das empresas em implementar melhoria de processo e produtos e implementação de controle de qualidade, o estudo propõe uma analise do processo produtivo com sondagem para implementação de ferramentas estatísticas.

Empresa de Pequeno Porte

Existem muitos critérios para a definição de pequena empresa. Os mais comuns envolvem o faturamento, o número de empregados, o capital e as vendas. No Brasil, oficialmente, está em vigor a lei número 9.841/99, de 5 de outubro de 1999, que foi atualizada em 31 de março pelo decreto nº 5028/2004, que define, quanto a receita anual, microempresa com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 433.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil, setecentos e cinqüenta e cinco reais e quatorze centavos), e empresa de pequeno porte com receita bruta anual superior a R$ 433.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil, setecentos e cinqüenta e cinco reais e quatorze centavos) e igual ou inferior a R$ 2.133.222,00 (dois milhões, cento e trinta e três mil, duzentos e vinte e dois reais). “O sistema SEBRAE (2004), para o enquadramento destas empresas na utilização da maioria de seus serviços, classifica-as por número de empregados, tendo uma classificação diferente para empresas de comércio e serviço em relação às empresas industriais.” Micro empresa: uma indústria com até 19 empregados ou um comércio com até 9 empregados;

Conforme as definições algumas empresas classificam-se segundo o SEBRAE como micro empresa, mas seu faturamento excede o valor de pequena empresa ou mesmo de média que é a classificação oficial seguindo a lei 9.841/99, de 5 de outubro de 1999. Outras são de pequeno porte conforme número de empregados, mas possuem um faturamento inferior ao que consta na lei. Neste trabalho trataremos micro, pequena e média empresa utilizando da definição do SEBRAE. Segundo dados do IBGE (2004), as EPP representam 96,3% do universo empresarial, 42% dos salários e 60% das pessoas empregadas. O IBGE acrescenta ainda a participação do PIB com 21%, e nas exportações a contribuição é de apenas 1,7%. Conforme dados do SEBRAE (2005) por 99,2% do número total de empresas formais no país, contribuindo assim com 57,2% dos empregos totais, ainda 26% da massa salarial e 2,2% de participação nas exportações. Mesmo existindo diferenças entre os dados do SEBRAE e do IBGE, os dois órgãos apontam baixa contribuição das EPP nas exportações, um dos motivos para esta pequena participação pode ser a baixa capacidade tecnológica encontrada nas EPP. Pois segundo o SEBRAE, considerando o grau de tecnologia dos produtos exportados, 81% do valor das exportações das micro e pequenas empresas são oriundas de produtos de baixa e média - baixa intensidade tecnológica, sendo que aos produtos de alta intensidade tecnológica representaram apenas 3,9% no caso das microempresas e 2,8% nas

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