A CONTEXTUALIZAÇÃO – MÚSICA SOLIDÁRIA
Por: Ayrton Silva • 26/9/2021 • Artigo • 1.299 Palavras (6 Páginas) • 436 Visualizações
CONTEXTUALIZAÇÃO – MÚSICA SOLIDÁRIA
Imagine uma situação totalmente fictícia em que o planeta se encontre assolado por uma pandemia. O vírus responsável por essa pandemia pode causar uma doença respiratória aguda e devastadora, capaz de consumir a vida de humanos em poucos dias.
A doença foi descoberta após a entrada em erupção de um vulcão adormecido por muitas décadas, na ilha de Sumatra, que espalhou esse novo vírus, até então desconhecido da humanidade, propagado junto com os gases e cinzas expelidos pelas explosões.
O primeiro caso foi reportado cerca de quatro meses atrás e, atualmente, há milhares de casos da doença confirmados em todos os continentes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, apenas recentemente, o estado de pandemia, mas muitos países já vinham tomando medidas radicais de contenção e mitigação de maneira simultânea, visando isolar casos de infecção e conter a propagação da doença.
Algumas das medidas adotadas por muitos países, inclusive o nosso, foram o estabelecimento de quarentena, a proibição de viagens, o fechamento de fronteiras, o rastreio em massa de pessoas infectadas, multas para quem desrespeitasse o isolamento e a utilização obrigatória de equipamentos de proteção.
Considerando esse cenário, em que as pessoas se encontram confinadas nas suas casas, muitas são as iniciativas para gerar e levar algum tipo de entretenimento gratuito à população e, ao mesmo tempo, prover um mínimo de conforto às pessoas em estado de necessidade financeira por meio de doações.
Diante dessa situação, você foi convidado para ser o gerente do projeto Música solidária – take 1. Esse projeto visa reunir músicos profissionais por meio do modelo de lives: transmissões ao vivo de áudio e vídeo, via internet e em tempo real.
A programação inicial prevê um roteiro com até duas lives por mês, sendo que cada evento será único e considerado um projeto independente, todos autossuficientes e conhecidos como "takes". Você será responsável pelo take 1, uma ação solidária e sem fito de lucro.
objetivos | take 1 | take 2 |
recebimento de doações (espectadores) | R$ 250 mil | R$ 350 mil |
número de espectadores | 50 mil | 60 mil |
número de patrocinadores master | três | quatro |
índice de satisfação dos espectadores | 90% | 95% |
retorno top of mind aos patrocinadores | sem limite de tempo | sem limite de tempo |
Entre as principais obrigações da equipe do projeto está a montagem de um cronograma factível, em que tudo precisará acontecer muito rápido, no sentido de aproveitar o timing propício à realização das lives.
É importante levar em conta que a necessidade dos indivíduos é premente, tanto dos potenciais espectadores e doadores quanto de quem precisa de algum tipo de ajuda financeira. Cada live será autônoma em termos de gestão, com início, meio e fim. Como não há garantia de que o time do projeto se repita, a documentação e transmissão do conhecimento deverá ser tratada como prioridade.
Tudo o que for arrecadado será disponibilizado em poucos dias, sendo que a prestação de contas do evento deverá ocorrer em até 7 (sete) dias após a execução da live. É esperado que haja parceria de empresas (patrocinadores master), para que os custos do projeto (com materiais e pessoas) possam ser quitados integralmente. Qualquer excesso nesse quesito será também revertido como doação.
As empresas patrocinadoras não poderão ser concorrentes dentro de um mesmo segmento. A preferência será por artistas que realizem os seus shows como ações voluntárias, sem cobrança de honorários.
A equipe do projeto será responsável por recolher as doações e direcioná-las a instituições previamente credenciadas.
A quantidade, o porte e o segmento das instituições beneficiadas em cada live serão de livre escolha da equipe do projeto.
Haverá uma cartilha de conduta ética, obrigatória a todos os participantes do Take 1 (e subsequentes), que determinará o que poderá (ou não) ser dito e feito no momento das transmissões ao vivo.
O projeto poderá ser organizado (e depois, melhor trabalhado como principais entregas), da seguinte maneira:
- gestão geral;
- gestão dos contratos;
- mobilização e gestão da equipe do projeto;
- pré-evento;
- evento e
- pós-evento.
É fundamental que o projeto seja planejado, executado e controlado por meio de modernas práticas do gerenciamento profissional de projetos.
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ETAPA 1 – VISÃO DO PRODUTO
- Nesta etapa, para dar início ao planejamento do escopo do projeto Música solidária – take 1, desenvolva a técnica É / NÃO É / FAZ / NÃO FAZ para complementar e ratificar a visão do produto.
- Dica 1: Não descarte ideias, por mais absurdas que elas pareçam nesse momento de concepção do produto. Guarde-as em algum lugar. Determinadas condições ou desejos podem parecer absurdas em um momento inicial, mas também tendem a não serem vistas dessa forma à medida que o produto for criando forma e ganhando o seu público-alvo. Muitas dessas ideias podem virar, por exemplo, requisitos de qualidade com capacidade de serem implementados numa versão futura do produto.
- Dica 2: Tente esgotar todas as possibilidades. Não fique satisfeito(a) com apenas um tópico descrito em cada categoria (é/não é/faz/não faz). Portanto, escreva o maior número de registros que conseguir. Registre até mesmo os detalhes mais óbvios, afinal de contas, eles podem parecer óbvios para uns, mas não necessariamente para outras pessoas.
ETAPA 2 – GERENCIAMENTO DOS REQUISITOS
Para tratar dos requisitos do projeto:
- monte uma tabela contendo, ao menos, 10 (dez) requisitos que possam ter sido elicitados para o projeto (siga o template de documentação dos requisitos apresentado para essa atividade);
- priorize os requisitos utilizando a técnica MoSCoW e
- escolha um dos requisitos documentados e demonstrar (sempre de maneira justificada) qual foi a técnica ou ferramenta utilizada no processo de coleta.
ETAPA 3 – ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO E DO DICIONÁRIO
Agora que elaboramos a visão de produto, bem como tratamos os requisitos do projeto, vamos complementar a linha de base do escopo desenvolvendo uma EAP – Estrutura Analítica do Projeto e o seu dicionário.
Por meio da EAP é possível decompor hierarquicamente o trabalho necessário para a realização do produto, serviço ou resultado esperado ao final do projeto. Enquanto o dicionário auxiliará no detalhamento de especificações complementares para cada pacote de trabalho, ou seja, o último nível de cada ramo (ou conta de controle) da sua EAP.
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