A Circulação Atmosférica

A circulação da atmosfera nos trópicos é caracterizada pela circulação de Hadley (circulação meridional), e pela circulação de Walker (circulação zonal). Sabe- se que a vegetação mundial e regional pode afetar diretamente a circulação atmosférica mundial. É notável que a floresta Amazônica possui um dos biomas mais importantes do mundo, o desmatamento da mesma influencia a circulação atmosférica global aumentando ou diminuindo o volume de precipitação em regiões remotas. O aumento do desmatamento pode causar um aumento significativo de precipitação na costa norte da Austrália, na África tropical e na região norte do México, assim como diminuir o montante de precipitação de maneira significativa nas regiões leste dos Estados Unidos e continente africano e no sudeste da Ásia. A perturbação na estrutura dinâmica da vegetação da Amazônia pode se propagar para regiões aleatórias em qualquer parte do mundo. As mudanças podem não ser notadas durante os períodos secos do ano, porém são extremamente notadas em períodos úmidos do ano. “A convergência de umidade nos baixos níveis esteve presente em todos os cenários de desflorestamento, fazendo com que mais umidade fosse transportada para a área desflorestada” (WAGNER et al., [s.d.]). De um modo geral, as mudanças na circulação da atmosfera global no cenário de desflorestamento é perceptível em grande escala. As mudanças na circulação podem ser sentidas em regiões distantes da região desflorestada, como citados acima, mostrando que a perturbação na estrutura desse bioma pode se propagar para regiões remotas.

Referência

WAGNER, F. et al. Impacto das Mudanças na Cobertura Vegetal Amazônica na Circulação Atmosférica e na Precipitação em Escalas Regional e Global: Um estudo com Modelo de Circulação Geral da Atmosfera (MCGA). [s.l: s.n.]. Disponível em: <http://mtc-m16b.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/mtc-m15@80/2006/10.20.19.08/doc/FrancisWagner.Impacto.pdf>.

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