A Determinação de proteínas pelo método Kjeldahl
Por: dinis23 • 12/12/2017 • Trabalho acadêmico • 1.236 Palavras (5 Páginas) • 619 Visualizações
Determinação de proteínas pelo método Kjeldahl
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO....................................................................................................
2. OBJETIVO GERAL...........................................................................................
3. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................
5. CONCLUSÃO..................................................................................................
6. REFERÊNCIAS................................................................................................
1. INTRODUÇÃO
A palavra proteína deriva do grego proteios, que significa “ocupar o primeiro lugar”. As proteínas contêm C (50 a 55%); H (6 a 8%); O (20 a 24%); N (15 a 18%) e S (0,2 a 0,3%).
Quimicamente são polímeros de alto peso molecular, cujas unidades básicas são os aminoácidos ligados entre si por ligações peptídicas formando longas cadeias, em várias estruturas geométricas e combinações químicas para formar as proteínas especificas, cada qual com sua própria especificidade fisiológica. (VICENZI,2000). De acordo com Bobbio e Bobbio (1992), a quase totalidade de proteína consumida pelo homem é de origem animal e vegetal, e somente pequena quantidade é proveniente de fontes não-convencionais, que são àquelas advindas de microrganismos como bactérias e leveduras. Para a determinação de proteínas em alimentos, existem várias metodologias, podendo-se utilizar da presença das ligações peptídicas (método de Biureto), da capacidade de absorção UV (certos aminoácidos absorvem radiação UV), da presença de grupamentos aminos livres (método de Ninhidrina), da capacidade de ligação de corantes (método de Bradford), dentre outros métodos. Porém o mais adotado, sendo inclusive o método oficial para determinação do Nitrogênio total em alimentos, é o método que se baseia na determinação do nitrogênio orgânico, denominado método de Kjeldahl. (VICENZI, 2000).
De acordo com Andrade (2006), a metodologia de Kjeldahl fundamenta-se na característica química da proteína em possuir em sua molécula o átomo de Nitrogênio, sendo este utilizado para a determinação indireta da proteína. Para esta determinação do Nitrogênio total presente no alimento, considera-se que todo o Nitrogênio presente no alimento seja proveniente da molécula de proteína, desconsiderando o nitrogênio inorgânico. É uma metodologia lenta, que deve ser cuidadosamente conduzida para se evitar acidentes ou produção de resultados errôneos. De acordo com Andrade (2006), o método de Kjeldahl pode ser quimicamente resumido da seguinte forma:
1 - Mineralização: (C + N + O + H) + H2S04 → C02 + NH3 (amônia) + SO2
2NH3 + H2S04 → (NH4) 2S04 (sulfato de amônia)
2 - Destilação: (NH4) 2SO4 + 2NaOH → Na2SO4 + 2NH3 + 2H20
3 - Titulação: HCl + NH3 → NH4Cl (cloreto de Amônia)
NaOH + HCl → NaCl + H20
Na etapa de mineralização o Nitrogênio é liberado da proteína pela destruição da molécula de proteína através de reações de oxirredução, ficando no meio sob a forma de um sal, o sulfato de amônia; a reação inicia com a liberação de fumaças brancas que correspondem a vapores de CO2, SO2, e outros compostos voláteis. A etapa desmineralização está concluída quando não há mais liberação destes vapores. Na etapa seguinte, a destilação, com a adição do NaOH, que é uma base mais forte que NH3, esta é arrastada e com o aquecimento volatilizada, sendo borbulhada em solução de ácido clorídrico, formando o sal cloreto de amônia. Na terceira etapa, a titulação, o hidróxido de sódio titulado, corresponde à reação desta base com o excesso de ácido clorídrico, e como se conhece o total de mols de ácido clorídrico adicionado inicialmente e o excesso de água que reagiu com o hidróxido de sódio, por diferença é possível determinar o teor de ácido que reagiu coma amônia. Desta forma, considera-se que uma proteína possua 16% de nitrogênio, e a partir do fator de conversão nitrogênio-proteína que corresponde à relação: 1g N = 6,25g proteína, calcula-se o teor de proteína da amostra analisada. (ANDRADE, 2006).
2. OBJETIVO GERAL
Realizar determinação de proteínas pelo método Kjeldahl.
3. MATERIAL E MÉTODO
3.1. Material
- Balões de Kjeldahl;
- Sistema de digestão;
- Sistema de destilação;
- Elernmeyer de 250mL;
- Bureta de 50mL com suporte;
- Pipeta volumétrica de 25ml;
- Ácido sulfúrico concentrado;
- Hidróxido de sódio 1:1;
- Indicador misto (azul de metileno e vermelho de metila);
- Ácido Bórico 2,0%;
- Catalisadores: Sulfato de potássio e sulfato de cobre.
3.2. Método
DIGESTÃO:
- Pesou-se de 0,2 a 0,5g da amostra no balão de Kjeldahl;
- Adiciou-se 6mL de ácido sulfúrico e cerca de 2g da mistura catalítica;
- Levou-se ao aquecimento digestão, subindo a temperatura progressivamente: posição 2 – 30min, posição 3 – 1h, posição 5 – 30min, posição 6 até a solução se tornar azul esverdeada e livre de material não digerido (pontos pretos);
- Deixou-se esfriar.
DESTILAÇÃO
- Transferiu-se quantitativamente o material do balão para o frasco de destilação e adicionou-se 50mL de água;
- Ligou-se imediatamente o balão ao conjunto de destilação;
- Em um elernmeyer de 250mL, adicionou-se 30mL de ácido bórico, 50mL de água e 3 gotas de indicador misto e acoplou-se no sistema de destilação;
- Ligou-se o equipamento e esperou-se a solução iniciar a fervura;
- Adicionou-se cuidadosamente e vagarosamente 20mL solução de hidróxido de sódio 1:1 na extremidade superior do equipamento até garantir um ligeiro excesso de base;
- Aqueceu-se à ebulição e destilou-se até obter cerca o dobro do volume da solução de ácido bórico colocada no elernmeyer (250-300) mL.
TITULAÇÃO
- Titulou-se a solução do elernmeyer com HCL 0,099 M até o ponto de viragem.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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