A Drenagem em Pavimentação
Por: Aldebarã Francisco • 26/4/2019 • Trabalho acadêmico • 3.093 Palavras (13 Páginas) • 222 Visualizações
Centro Universitário Estácio de Santa Catarina - Polo São José
Drenagem em Rodovias
1 Introdução
Neste trabalho foi utilizado o manual de drenagem de rodovias do DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte versão 2006, o manual foi confeccionado de forma lógica e sequencial, de modo a tornar-se mais inteligível. O manual teve como um de seu objetivos unificar os mais diversos trecho de outros manuais, além de consolidar métodos clássicos de cálculos. O manual aborda diversos tipos de drenagem e subdivide-se em:
Drenagem de Transposição de Talvegues;
Drenagem Superficial;
Drenagem do Pavimento;
Drenagem Subterrânea ou Profunda;
Drenagem da Travessia Urbana.
A abordagem será sucinta para cada uma das drenagens definindo casos mais importantes e alguns cálculo.
2 Desenvolvimento
2.1 Drenagem de Transposição de Talvegues
Talvegue é o caminho por onde águas da chuva ou nascentes passam, esse caminho é muitas vezes sinuoso e passa por bases de montanhas ou por entre montanhas, a palavra talvegue vem do alemão ‘talweg’ que significa caminho do vale. Como rodovias transpassam os mais diversos relevos a drenagem de transposição dos ditos talvegues é advinda da necessidade de eliminar a água, que sob qualquer forma possa atingir o corpo estradal que possa comprometer a estruturas da estrada. Para atingir o objetivo existem diversos métodos, introdução de uma ou mais linhas de bueiros sob aterros ou construção de pontilhões ou pontes pontes transpondo cursos de água.
Para os bueiros a escolha da técnica adequada depende das possibilidades da obra poder ou não trabalha a carga hidráulica a montante ou seja águas que advenham de cotas acima da estrada. Em caso de impossibilidade da característica citada acima, o bueiro deve trabalhar livre como um canal, e caso a obra possa trabalhar com a cara hidráulica a montante, o bueiro deve trabalhar como orifício. Bueiros são classificados em quatro classes, quanto a forma da secção, quanto ao número de linhas, quanto aos materiais que os constituem e a esconsidade (ângulo formado entre o eixo longitudinal do bueiro e a normal ao eixo longitudinal da rodovia). A localização dos bueiros deve ser:
Sob os aterros onde o eixo dos mesmos deve ser lançado o mais próximo possível da linha do talvegue, se inevitável deve-se procurar um afastamento mínimo da normal do eixo da rodovia.
Nas bocas dos cortes quando o volume de água dos dispositivos de drenagem for tal que possa erodir o aterro natural.
Nos cortes quando for interceptada uma ravina e a capacidade de escoamento das sarjetas seja superada.
2.2 Drenagem superficial
Tem como objetivo interceptar, captar, conduzir as águas provenientes de áreas adjacentes e aquelas advindas de precipitações sobre o corpo estradal. Para a eficiencia desses sistemas utiliza-se de uma série de dispositivos:
– Valetas de proteção de cortes (As valetas de proteção de cortes têm como objetivo interceptar as águas que escorrem pelo terreno natural a montante impedindo-as de atingir o talude de corte. );
– Valetas de proteção de aterros (As valetas de proteção de aterros têm como objetivo interceptar as águas que escoam pelo terreno a montante, impedindo-as de atingir o pé do talude de aterro. Além disso, têm a finalidade de receber as águas das sarjetas e valetas de corte, conduzindo -as com segurança, ao dispositivo de transposição de talvegues);
– Sarjetas de cortes (A sarjeta de corte tem como objetivo captar as águas que se precipitam sobre a plataforma e taludes de corte e conduzi-las,longitudinalmente à rodovia, até o ponto de transição entre o corte e o aterro, de forma a permitir a saída lateral para o terreno natural ou para a valeta de aterro, ou então, para a caixa coletora de um bueiro de greide. As sarjetas devem localizar-se em todos os cortes, sendo construídas à margem dos acostamentos, terminando em pontos de saída convenientes (pontos de passagem de corte para aterro ou caixas coletoras). );
– Sarjetas de aterros (A sarjeta de aterro tem como objetivo captar as águas precipitadas sobre a plataforma de modo a impedir que provoquem erosões na borda do acostamento e/ou no talude do aterro, conduzindo-as ao local de deságüe seguro.);
– Sarjeta de canteiro central (Quando uma rodovia for projetada em pista dupla, isto é, onde as pistas são separadas por um canteiro central côncavo, torna-se necessário drená-lo superficialmente através de um dispositivo chamado de valeta do canteiro central.);
– Descidas d'água (As descidas d'água tem como objetivo conduzir as águas captadas por outros dispositivos de drenagem, pêlos taludes de corte e aterro. Tratando-se de cortes, as descidas d'água têm como objetivo principal conduzir as águas das valetas quando atingem seu comprimento crítico, ou de pequenos talvegues, desaguando numa caixa coletora ou na sarjeta de corte. No aterro as descidas d'água conduzem as águas provenientes das sarjetas de aterro quando é atingido seu comprimento crítico, e nos pontos baixos, através das saídas d'água, desaguando no terreno natural. As descidas d'água também atendem, no caso de cortes e aterros, às valetas de banquetas quando é atingido seu comprimento crítico e em pontos baixos. Não raramente, devido à necessidade de saída de bueiros elevados desaguando no talude do aterro, as descidas d'água são necessárias visando conduzir o fluxo pelo talude até o terreno natural. Posicionam-se sobre os taludes dos cortes e aterros seguindo as suas declividades e também na interseção do talude de aterro com o terreno natural nos pontos de passagem de corte-aterro. );
– Saídas d'água (As saídas d'água, nos meios rodoviários também denominados de entradas d'água, são dispositivos destinados a conduzir as águas coletadas pelas sarjetas de aterro lançando as nas descidas d'agua. São, portanto, dispositivos de transição entre as sarjetas de aterro e as descidas d'água. Localizam-se na borda da plataforma, junto aos acostamentos ou em alargamentos próprios para sua execução, nos pontos onde é atingido o comprimento crítico da sarjeta, nos pontos baixos das curvas verticais côncavas, junto às pontes, pontilhões e viadutos e, algumas vezes, nos pontos de passagem de corte para aterro.);
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