A FORÇA DE LAÇOS FRACOS
Por: germanolimaandre • 27/7/2021 • Resenha • 855 Palavras (4 Páginas) • 179 Visualizações
Resenha Crítica | |
Dados Gerais | |
Disciplina | EMPREENDEDORISMO E DESENVOLVIMENTO |
Professor | RONALDO JUNIOR |
Aluno(s): | ANDRÉ LIMA GERMANO |
Texto (Referência) | |
A força dos laços fracos Mark S. Granovetter Johns Hopkins University | |
Síntese do texto | |
Para facilitar a leitura, este texto será dividido em seções com as respectivas numerações referentes as perguntas previamente feitas. 1) O estudo se propôs a tratar como acontece a propagação das informações. O artigo interpreta as relações pessoais como sendo uma rede formada por um conjunto de pessoas que são ligadas por laços. Estes laços são divididos em três categorias: Laços fortes, laços fracos e laços inexistentes. 2) Na seção “LAÇOS FRACOS EM REDES EGOCÊNTRICAS” há um trecho que afirma que que indivíduos podem manipular estas redes sociais para atingir seus objetivos específicos. O que chama atenção é que esta declaração feita na década de 70 do século passado, tornou-se efetivamente comprovada com o advento das redes sociais existentes nas mídias digitais. Hoje, redes como Facebook e Instagram, deliberadamente escolhem o que seus seguidores veem em seus feeds. Estas escolhas, têm o poder de influenciar os usuários mais desatentos, alterando suas preferências. 3) O texto destaca que as relações egocêntricas são constituídas ao redor de um “nó” (individuo, empresa, etc.) e que este nó é chamado de Ego e que as suas ligações adjacentes são chamadas de Alters. Esta afirmação suscita algumas perguntas. Baseado na premissa de que as relações são bidirecionais, é possível afirmar claramente em um relacionamento quem é o Ego e quem são os Alters? A determinação de quem é o Ego e quem são os Alters dependem do ponto de vista do observador? 4) O autor identifica como uma fraqueza da teoria sociológica, o fato dela não procurar estudar as interações existentes nos níveis micro e macro dos relacionamentos. Geralmente estas questões são bem tratadas sob olhar da Estatística, porém sob o olhar da sociologia há um vácuo. Para mitigar esta situação, o autor se propõe a tratar o assunto, fazendo uma ligação entre os níveis micro e macros dos relacionamentos, defendendo que relacionamentos baseados em pequenas escalas (micro), tornam-se em grandes escalas (macro) pela força existente nos chamados laços fracos. Este sistema (micro-macro), se auto alimenta, produzindo novos grupos pequenos e daí sucessivamente. 5) O texto é assertivo ao abordar temas que seriam largamente comprovados com a dinâmica das redes sociais baseadas nas mídias digitais, mais de 30 anos após sua publicação. Uma conclusão para qual o texto nos conduz, é que os chamados “laços fracos” são benéficos em nossas relações e nos leva a repensar a forma de como devemos nos relacionar com eles. Elos fracos tem um potencial enorme de gerar eficientes networking, pois eles permitem que seja estabelecido relacionamentos com indivíduos que não fazem parte do seu círculo de proximidade. 6) O artigo é apresentado em uma formação dividida em tópicos. Esta formatação, onde o referencial bibliográfico é diluído no corpo do texto, onde não há uma explanação da metodologia adotada para a elaboração do texto, tem o potencial de tornar a leitura menos eficiente. Outra questão que poderia ser explorada de melhor forma, é a apresentação dos dados numéricos. Ao invés de dispô-los em forma corrida, o autor poderia ter optado pelo uso de tabelas, onde os dados estariam melhor agregados e facilmente compreensíveis. O ponto forte do artigo, é sua visão precursora e inovadora. Apontar a força dos laços fracos, indo na contramão do senso comum, que era o investimento nos laços fortes, foi uma visão sensacional. 7) A Força dos laços fracos, é uma teoria que busca entender como acontece a difusão das informações. O autor teve o foco de sua pesquisa na força existente (ou não) nos laços. A teoria defende que as relações são como uma rede e os membros desta rede são ligados por laços fortes, fracos ou até mesmo inexistentes. A teoria defende que, ao contrário do senso comum, são os laços fracos que tem o maior poder de difusão das informações. A aplicação deste artigo se dá em maior escala, quanto passamos a observar como ela é aplacada nas mídias digitais. Vemos como as informações são propagadas à medida que pessoas fora do nosso círculo (laços fortes), compartilham a mesmas. 8) Sendo de fundamental importância o estabelecimento de laços fracos para a difusão da informação, é de se esperar que alguns destes laços se tornem laços fortes. A sugestão de futuros estudos pode ser: Em minha cadeia de relacionamentos, quantos laços fracos devem se tonar laços fortes? 9) Este trabalho contribui de forma relevante com o tema empreendedorismo, ao mostrar para os empreendedores que o nível de energia gasta na cooptação de novos clientes, deve ser direcionado de forma intensa nos laços fracos. Um erro comumente praticado no início de muitos empreendimentos, é acreditar que a difusão do seu negócio se dará em função da sua rede de amigos (laços fortes). 10) O artigo estabelece um link muito interessante com o tema lido anteriormente que foi a abordagem da teoria dos stakeholders. Juntando os dois artigos, começamos a importância da definição de quem são os nossos stakeholders, como podemos ampliar nossa rede (aumentando a quantidade de laços fracos) e como tratar de forma eficiente, cada uma destas partes. |
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