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A Gestão Logística e Distribuição

Por:   •  8/6/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.197 Palavras (5 Páginas)  •  119 Visualizações

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LIDERANÇA E NEGOCIAÇÃO – CASO SWISS WATCH INDUSTRY[pic 2]

                

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  1. Considerações Iniciais

Jean-Claude Biver, conceituado relojoeiro e empresário, nasceu a 20 de Setembro de 1949 em Luxemburgo e mudou-se para a Suíça com apenas 10 anos. Formou-se em negócios pela HEC Lausanne e, após esse período, dedicou-se à relojoaria.

O seu primeiro emprego na indústria relojoeira foi em 1975 na empresa Audemars Piguet (AP), onde lhe foi oferecido um emprego como gerente de vendas da Europa. Nessa época, esteve profundamente envolvido em todos os aspectos do negócio, o que lhe permitiu adquirir um conhecimento profundo da arte relojoeira.

Com o desejo de assumir mais responsabilidades numa empresa, em 1979 abandona AP para tornar-se “product manager” na Omega, numa altura em que esta se focava no desenvolvimento de relógios com tecnologia quartzo.

Em 1980 sai da Omega e decide, juntamente com o seu colega Jacques Piguet, investir na BlancPain, usando como ponto de partida a ideia de reinventar o relógio mecânico e torná-lo numa peça de arte única e exclusiva.

Usando o slogan "Desde 1735 nunca houve um quartzo Blancpain, e nunca haverá", rapidamente ressuscitou a empresa e aumentou consideravelmente o número de vendas. Em poucos anos, a marca começou a competir com os maiores nomes da relojoaria.

No entanto, em 1992 decide vender a Blancpain ao Grupo Swatch e foi-lhe oferecido um lugar na equipa de gestão da empresa. Em meados de 2000, Biver descobre que está gravemente doente, deixando-o incapaz de trabalhar, e decide retirar-se num ano sabático para se dedicar a si e à família.

Em 2004 deixa o Grupo Swatch e torna-se CEO da Hublot, desenvolvendo um novo conceito da “arte da fusão”, que levaria ao lançamento de sucesso da colecção Big Bang, em 2005.

Em 2008, a LVMH adquiriu a Hublot, garantindo que Jean-Claude manteria total controlo sob a empresa que continuou a prosperar e, até 2014, Biver e a sua equipa conseguiram aumentar o número de relógios vendidos, atingindo uma venda anual de cerca de 40.000 unidades.  

Mais tarde, em 2014, Biver foi convidado a assumir o cargo de chefe de relojoaria do grupo LVMH, o qual manteve até 2018, altura em que renuncia as suas responsabilidades após 43 anos de trabalho na indústria.

  1. Como Jean-Claude Biver tentou mudar a indústria relojoeira suíça?

Foi durante o seu percurso na Omega, e à medida que assumia mais responsabilidades na empresa, que Jean-Claude Biver começou a prosperar na indústria relojoeira. Numa fase inicial procurou conhecimento, viajando pelo mundo e relacionando-se com diversas pessoas dentro e fora da indústria.

Embora a grande aposta da indústria relojoeira suíça era a nova tecnologia quartzo, durante as suas viagens, Biver percebeu que o futuro residia em “ressuscitar o passado”, procurando tornar o relógio mecânico numa peça de arte de alta qualidade.

Foi depois na Blancpain que desenvolveu essa ideia de "reinventar a cultura de um relógio, a alma de um relógio, a arte de um relógio, a tradição de um relógio". Para além disso, manteve o stock reduzido para criar a ideia de exclusividade e raridade, tornando os relógios únicos e desejados por todos.

  1. Quais são os fatores responsáveis pelo sucesso de Biver na Blancpain e na Omega? Que desafios profissionais e pessoais ele enfrentou?

Com base na resposta à primeira pergunta, constata-se que os factores responsáveis pelo sucesso de Biver na Omega e na Blancpain, estão maioritariamente relacionados com a reinvenção do passado dos relógios, tornando-os peças únicas e raras.

 Mas a motivação que o levou a alcançar o êxito deve-se sobretudo a factores intrínsecos como a paixão e entrega ao trabalho, a procura pelo conhecimento e o pensamento “out of the box” que torna as suas abordagens muito particulares, assim como a constante procura pela criatividade e inovação.

Apesar disso, houve episódios marcantes na vida do empresário que se tornaram desafiantes. Na área profissional, um dos maiores desafios ocorreu quando o relógio mecânico estava a ser superado pelos relógios japonenses de tecnologia quartzo. Esta altura foi um marco importante para o relojoeiro porque conseguiu destacar-se pelas suas ideias inovadoras e superar a grande probabilidade de falência da indústria relojoeira suíça.

Já na vida pessoal, Biver refere que o divórcio aos 30 anos foi uma grande derrota que, apenas mais tarde, viria a reconhecer como “bênção disfarçada” porque foi um trigger para a mudança na sua vida e ajudou-o a aceitar que os fracassos fazem parte do percurso. Para além disso, destaca dois períodos em que esteve doente, 2000 e 2018, sendo este último decisivo para a renúncia das suas funções na indústria relojoeira.

  1. Como avalia Biver como um líder?

Chiavenato (2003, p.107) afirma que a “liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana para a consecução de um determinado objetivo.”  O mesmo autor (2003, p.89) ressalta ainda que “liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou grupos nos esforços para realização de objetivos numa determinada situação”.

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