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A INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO NA RESISTÊNCIA À CORROSÃO INTERGRANULAR DO AÇO INOXIDÁVEL AISI 316L

Por:   •  5/3/2022  •  Monografia  •  652 Palavras (3 Páginas)  •  118 Visualizações

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  INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO NA RESISTÊNCIA À CORROSÃO INTERGRANULAR DO AÇO INOXIDÁVEL AISI 316L SOLDADO PELO PROCESSO GMAW.
Willen Santana Lacerda1, Prof. Dr. Sérgio Duarte Brandi²
1 aluno do curso de Especialização em Engenharia da Soldagem, Karina Ind. e Com. de  Plásticos , willen.lacerda@hotmail.com;
2Professor titular da Universidade de São Paulo .

Objetivo

O objetivo do trabalho é verificar a influência do tratamento térmico na resistência a corrosão intergranular no aço inoxidável AISI 316L soldado através do processo GMAW exposto por 48 horas a uma temperatura de 850° C.

Metodologia

Foi realizada a soldagem de duas chapas de aço inox AISI 316L de 300mm (comprimento) x 100mm (largura) e 5mm de espessura.

Com uma abertura de 3mm, foi realizado um único cordão de solda através do processo MIG , como pode ser observado na figura 1, com transferência controlada e uma proteção gasosa contendo 98% Ar% Ar e 2% CO2. O arame utilizado foi o AWS 5.9 ER316LSI 1mm de diâmetro. Depois foram separadas em corpos de provas.

Em seguida foram realizadas macrografias, micrografias, ensaio de tração  antes e após o tratamento térmico exposto a uma temperatura de 850° C durante um período de 48 horas. Também foram realizados ensaio de corrosão intergranular  antes e após o tratamento térmico de acordo com as diretrizes da norma ASTM A262-15. para a classificação da microestrutura na resistência a corrosão.

Resultados

Analise do Exame Macrográfico

Na figura 2 mostra a secção transversal realizada no exame macrográfico, onde é exibido o cordão de solda com penetração completa e um empenamento de 3 mm em uma das chapas soldadas,  ambas isentas de trinca.

Analise do Exame Micrográfico.

Nas figuras 3 e 4 mostram a micrografia realizada na amostra do aço AISI 316L sem e com o tratamento térmico respectivamente. Na figura sem o tratamento  a presença de ferrita d foi de 12,72% e fase sigma σ 0,89%, ambas alinhadas no sentido da laminação. Na figura com o tratamento a presença de ferrita d foi de 12,62% e fase sigma σ 3,5%, ambas também alinhadas no sentido da laminação.

Analise do Ensaio de Corrosão.

Na Figura 7 mostra a microestrutura obtida no ensaio de corrosão realizado antes do tratamento térmico, com a presença de corrosão por pits espalhados de forma aleatória pela estrutura do material influenciada pela soldagem, não apresentando nenhum “ditches” ou contornos de grão envolvidos por completo por precipitados que caracterize o ataque de corrosão intergranular. Na Figura 8, mostra o resultado obtido no ensaio de corrosão realizado após o tratamento térmico. Não é identificada a presença de corrosão por pits e também a presença de nenhum “ditches” contornos de grão envolvidos por completo por precipitados que caracterize o ataque de corrosão intergranular.  

Pode constatar que com a realização do tratamento térmico durante 48 h há uma temperatura de 850 °C houve uma redissolução, eliminando a presença da corrosão por pits e com o baixo teor de carbono (0,014% C) propiciou uma microestrutura ausente da presença de corrosão intergranular em ambos os testes.

        

Conclusões

Através das análises dos testes, foi constatado que o aço inoxidável AISI 316L com tratamento térmico apresentou uma percentagem menor de ferrita d em comparação ao mesmo sem tratamento térmico. Porém, está diferença não apresenta nenhum problema para materiais submetidos a processos de soldagem, sendo recomendada uma percentagem mínima de 4%. O tratamento térmico não mostrou eficaz na remoção da ferrita d acarretando no aumento da fase sigma σ causado pela aceleração devido à presença da ferrita d.

As análises das propriedades mecânicas mostram que o material que não foi realizado o tratamento térmico apresentou uma resistência mecânica maior, podendo estar associado a uma menor concentração de fase sigma σ. O menor alongamento pode estar associado com a maior concentração de ferrita d.

Os resultados indicaram que a resistência à corrosão não é influenciada do material pela a realização do tratamento térmico, não sendo indicado para aplicações onde demanda resistência mecânica ou grande resistência à corrosão.

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