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A Influência Das Cores Na Usabilidade De Interfaces Através Do Design Centrado No Comportamento Cultural Do Usuário

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Por:   •  2/2/2014  •  2.433 Palavras (10 Páginas)  •  744 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Sempre que um designer projeta uma interface gráfica, independente do uso desta,

entende-se que é importante ter definido o público para o qual esta interface está sendo

construída. Nesse caso, pode-se observar várias características em relação a este público: sua

faixa etária, sua localização geográfica, sua formação educacional e as questões relacionadas

a cultura deste usuário, ou melhor, os aspectos culturais que podem influenciar no uso deste

sistema que está sendo projetado.

Os designers que desenvolvem portais com foco internacional, costumam levar em

conta questões culturais no momento de projetar. De acordo com o país ou as diferenças

culturais mais evidentes de determinadas culturas, os elementos visuais e informacionais são

naturalmente alterados, onde não apenas questões específicas das relações de design, mas

também as expressões, a comunicação textual, a arquitetura de informação , são alteradas

conforme o público para o qual a interface é destinada.

A partir deste contexto, esta pesquisa busca evidenciar a influência das cores na

usabilidade de uma interface de acordo com o comportamento cultural do usuário. Serão

apresentados os conceitos: Design Centrado no Usuário, suas relações com as interfaces, a

Interação Humano-Computador e as definições e características das cores. Com isso,

pretende-se estabelecer uma relação de como cultura influencia na escolha das cores e

modifica a usabilidade das interfaces dos usuários.

2 DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO

De acordo com Abras, Maloney-Krichmar & Preece (2004, p. 1), o termo Design

Centrado no Usuário (DCU) origina-se de uma pesquisa de laboratório realizada em 1980, na

Universidade da Califórnia, onde Donald Norman reconhece que para a construção de um

5º EBAI – Encontro Brasileiro de Arquitetura da Informação

.

21 e 22 de outubro de 2011. São Paulo – SP 3

design efetivo é importante que se leve em conta os interesses e as necessidades do usuário,

fazendo recomendações onde o usuário é o centro do projeto.

Rubin (1994, apud Loureiro, 2008, p. 1) afirma que o DCU é tido como uma filosofia

em que se coloca o usuário no centro do processo quando no desenvolvimento de produtos

interativos, onde são consideradas as características, necessidades e desejos das pessoas que

efetivamente usarão tais produtos. Enquanto Garret (2010) conceitua DCU como a prática de

uma criação envolvente e uma experiência de usuário eficiente, onde este usuário deve ser

levando em consideração em cada passo do desenvolvimento do produto. Além disso, o autor

afirma ainda que as implicações deste conceito, mesmo sendo muito simples, são

surpreendentemente complexas.

Todas as experiências que o usuário tem enquanto faz uso da interface projetada

deveriam ser o resultado de uma decisão consciente do designer, fruto do tempo gasto

procurando as melhores soluções. Para Garret (2010), o design centrado no usuário é um

processo que assegura que estas experiências não sejam frutos do acaso ou de acidentes ,

sendo necessário criar uma experiência coesa, intuitiva e, principalmente, prazerosa na

utilização da interface.

A partir destas afirmações, entende-se que a interface é a superfície que reflete a

Interação Humano-Computador (IHC), sendo que esta apresenta as propriedades físicas destas

partes que interagem, além das funções que serão executadas ( LAUREL, 1993 apud ROCHA

& BARANAUSKAS, 2003, p. 9). Para tanto, é necessário aprofundar-se mais neste conceito.

2.1 INTERFACE

Para que o designer possa projetar uma interface, é importante observar que a interface

precisa representar todas as possibilidades de interação que o usuário terá acesso,

principalmente quais destas interações o usuário terá a possibilidade de escolher por sua

própria vontade ou ainda qual ele será obrigado a seguir, para que se complete a sua

experiência em relação a interface projetada.

Para Laurel (1993 apud Rocha & Baranauskas, 2003, p. 9), as interfaces são muito

mais que ícones, imagens e links, elas são representações dos significados e do

comportamento da aparência destes objetos na tela, a partir de metáforas de interface que,

segundo Rocha & Baranauskas (2003), seguem o mesmo princípio das metáforas lingüísticas

5º EBAI – Encontro Brasileiro de Arquitetura da Informação

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de uso comum. O usuário ao ver o ícone de uma lixeira na interface , saberá que ali se

encontram ou podem ser encontrados os arquivos

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