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A Solda de Eletrônicos Sem Chumbo

Por:   •  4/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  564 Palavras (3 Páginas)  •  129 Visualizações

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Resumo crítico sobre o trabalho: Substituição das soldas estanho-chumbo na manufatura: Efeitos na saúde do trabalhador e no desempenho ambiental.

O presente trabalho faz um estudo comparativo sobre a produção e aplicação de soldas com e sem Chumbo, com o objetivo de averiguar qual dessas soldas se apresenta como a alternativa mais sustentável. O trabalho usou como base a produção na empresa brasileira Cast Metais e Soldas Ltda., a mesma produz soldas dos tipos 63Sn-37Pb; 99Sn-0,3Ag-0,7Cu; 96,5Sn-3Ag-0,5Cu.                                                                                    

Em 2006, a união europeia aprovou a diretriz conhecida como RoHS (Restriction of Hazardous Substances Directive) que proibia o uso de certas substancias toxicas na produção de eletrônicos, Uma dessas substâncias é o Chumbo. O Chumbo é conhecidamente uma das substancias de maior ameaça a nível global de poluição, apesar disso foi continuamente utilizado em soldagem de componentes eletrônicos devido ao seu preço e qualidades físico-químicas. A aprovação da RoHS fez crescer a pressão nos produtores de soldas de todo o mundo para que se adequem a produção de soldas livres de Chumbo.

O trabalho usa em sua comparação alguns parâmetros tendo em vista todo o ciclo de vida dessas ligas, desde a extração até o descarte, com o objetivo de identificar qual das opções é contriubui mais ao desenvolvimento sustentavel. Entre esses parâmetros então a emergia de cada processo, A emissão de substancias poluentes como CO2 E Chumbo e o indicador DALY (Disability Adjusted Life Years), esse último parâmetro foi originalmente desenvolvido para a Organização Mundial de Saúde (OMS) e calcula os efeitos de emissões na saúde humana, que levam à enfermidade ou morte.

A comparação por meio da avaliação do parâmetro da emergia traz resultados contraditórios ao RoHS, uma vez que, devido ao grande percentual de Estanho das ligas livres de Chumbo, as mesmas apresentam um gasto energético aproximadamente 23% superior que as ligas de chumbo para produzir a mesma quantidade de solda. Portanto, em termos de eficiência na utilização de recursos, a solda com Chumbo se apresentou como melhor opção.

Na avaliação dos indicadores DALY e dos poluentes, as soldas contendo Chumbo ficam na desvantagem. Isso mostra que os resultados apresentam vantagens e desvantagem para ambos os tipos de solda. No caso de uma avaliação mais completa do ciclo de vida e tendo como foco principal a preservação de recursos naturais, a solda com Chumbo seria a mais preferível. No entanto, se for levado em consideração a saúde e segurança dos trabalhadores na etapa de manufatura do produto, as soldas livres de Chumbo são as mais indicadas. Entrasse no dilema de qual é o mais importante, preservar os recursos naturais ou a saúde humana?

Um dado que vale ressaltar na pesquisa é sobre a etapa de extração. Esse mostra que as soldas livres de Chumbo são menos eficientes no que se refere a uso de recursos não renováveis, que pode ser um fator decisivo na disputa entre esses dois tipos de solda.

Referencia: http://www.scielo.br/pdf/gp/v20n1/a04v20n1.pdf

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