ANÁLISE DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X (DRX): PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES PARA INVESTIGAÇÃO DAS ESTRUTURAS DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA
Por: Jaqueline Rosado • 3/11/2015 • Ensaio • 1.139 Palavras (5 Páginas) • 793 Visualizações
[pic 1]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
ANÁLISE DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X (DRX):
PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES PARA INVESTIGAÇÃO DAS ESTRUTURAS DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA
[pic 2]
SANTO ANDRÉ
2015
METODOLOGIA
Inicialmente, os dados da difração do Ferro – que foram fornecidos em forma de tabela – foram plotados de maneira a gerar o gráfico da figura 2.
[pic 3]
Figura 2: Difração do Ferro
Fonte: Autores
Após a construção do gráfico, foram determinadas as intensidades dos picos e seus respectivos ângulos nos pontos de valor máximo em cada um deles. Também foram calculadas as intensidades relativas normalizadas a partir do pico de maior intensidade, que, no caso dos dados do Ferro, foi o primeiro.
Para o cálculo do espaçamento interplanar (dhkl) de cada pico, foi utilizada a fórmula (1):
[pic 4]
Onde λ = 0,1756610 nm [1] é o valor do comprimento de onda da radiação [Ref x] ,θ é o ângulo de cada um dos picos e é a ordem de difração (usou-se =1).[2][pic 5][pic 6]
Já para a determinação do tipo de estrutura cúbica do material, foi necessário fazer uma combinação entre as equações (1) e (2):
(1)[pic 7]
(2)[pic 8][pic 9]
[pic 10] | ((3) |
Então,
[pic 11] | ((4) |
É possível determinar a estrutura cristalina do material a partir desta igualdade, já que cada uma delas possui planos específicos para haver reflexões de raio X, o que altera os valores de S para cada pico. Estes valores serão especificados mais a frente.
Além da determinação da estrutura cristalina, também foi calculado o parâmetro de rede a partir da equação (2)
[pic 12] |
Para se ter um valor mais confiável, foram calculados a média e o desvio padrão dos valores obtidos a partir de cada um dos picos de reflexão.
Por último, foram calculados os ângulos 2θ dos picos de difração esperados se fosse usada uma radiação incidente com λ = 0,09 nm. Para isso, basta alterar o comprimento de onda na lei de Bragg (equação 1) e calcular as angulações a partir do valor de senθ obtido a partir da resolução da equação:[1]
[pic 13]
Então [pic 14] | ((5) |
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após os cálculos de intensidade relativa e do espaçamento interplanar de cada um dos picos, construiu-se a seguinte tabela:
Pico # | 2° | ° | I (c/s) | I relativa | sen | dhkl (nm) |
Pico 1 | 51,3 | 25,65 | 4070 | 100,00% | 0,4329 | 0,2029 |
Pico 2 | 75,5 | 37,75 | 627 | 15,41% | 0,6122 | 0,1435 |
Pico 3 | 97,1 | 48,55 | 1327 | 32,60% | 0,7495 | 0,1172 |
Pico 4 | 119,9 | 59,95 | 438 | 10,76% | 0,8656 | 0,1015 |
Pico 5 | 150,8 | 75,4 | 753 | 18,50% | 0,9677 | 0,09076 |
Tabela 1 Resultados de intensidade relativa e de espaçamento interplanar
Fonte: Autores
Cada uma das estruturas cúbicas (cubo simples, cubo de corpo centrado e cubo de face centrada) possui alguns planos específicos onde existe reflexão de raio X e, consequentemente, um valor de S específico para cada pico. A tabela 2 mostra os planos das estruturas:
Estrutura | Reflexões possivelmente presentes |
CS | (100), (110), (111), (200), (210), (211), (220), (300), (221), (310), (311)... |
CCC | (110), (200), (211), (220), (310), (222), (321), (400), (411), (330), (420)... |
CFC | (111), (200), (220), (311), (222), (400), (311), (420), (422), (511)... |
Tabela 2: planos com reflexão de raio X para cada estrutura cristalina cúbica[3]
Fonte: Autores
Assim, cada estrutura cristalina possui os seguintes valores para S nos 5 primeiros picos:
CS | CCC | CFC | ||||
Pico # | Miller | S | Miller | S | Miller | S |
Pico 1 | (100) | 1 | (110) | 2 | (111) | 3 |
Pico 2 | (110) | 2 | (200) | 4 | (200) | 4 |
Pico 3 | (111) | 3 | (211) | 6 | (220) | 8 |
Pico 4 | (200) | 4 | (220) | 8 | (311) | 11 |
Pico 5 | (210) | 5 | (310) | 10 | (222) | 12 |
Tabela 3: índices de Miller e S dos picos para cada estrutura cristalina cúbica
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