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APLICAÇÕES DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS

Por:   •  11/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.017 Palavras (5 Páginas)  •  620 Visualizações

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[pic 1]

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ENGENHARIA CIVIL

APLICAÇÕES DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS

Disciplina: Cálculo III.

Professor: Fábio Augusto Filippe Vago

Vitória/ES

Maio / 2016

1ª Aplicação de Equações Diferenciais Ordinárias:

Na hipótese de um investidor realizar uma aplicação de uma quantia  em uma instituição financeira que remunere o capital a uma taxa de variação  proporcional ao saldo a cada instante . Esse problema pode ser descrito como problema de valor inicial.[pic 2][pic 3][pic 4]

[pic 5]

A solução para esse problema seria:

[pic 6]

O modelo pode não parecer muito realista, pois normalmente os juros são creditados em períodos inteiros igualmente espaçados, ou seja, se   é a taxa de juros em um período de tempo, então o salto após  períodos  é dado por:[pic 7][pic 8][pic 9]

[pic 10]

[pic 11]

[pic 12]

ou seja

[pic 13]

Se substituirmos  por  na solução do problema de valor inicial obtida inicialmente e compararmos com a solução anterior temos:[pic 14][pic 15]

[pic 16]

Ou seja,

     ou     [pic 17][pic 18]

Sendo assim, a hipótese inicial de que os juros são creditados continuamente é realista desde que a constante de proporcionalidade da equação diferencial  e a taxa de juros  estejam relacionadas.[pic 19][pic 20]


Exemplo de aplicação 01

Vamos supor que uma aplicação renda 1% ao mês (continuamente). Vamos encontrar o saldo como função do tempo e o saldo após 12 meses se o valor inicial é de R$100,00.

Podemos descrever o problema de encontrar S(t) como problema de valor inicial.

             [pic 21]

[pic 22]

[pic 23]

Vamos supor, agora, que além do investimento inicial  façamos depósitos ou saques continuamente a uma taxa constante d (positivo no caso de depósitos e negativo no caso de saques), então neste caso o modelo que descreve esta situação é o do problema de valor inicial.[pic 24]

             [pic 25]

A equação é linear e pode ser reescrita como

             [pic 26]

Para resolvê-la vamos determinar o fator integrante.

 [pic 27]

Temos a seguinte equação

[pic 28]

Integrando ambos os membros

  [pic 29]

  [pic 30]

 [pic 31]

Substituindo-se t=0 e S=S0, obtemos

 [pic 32]

Vamos comparar este resultado com o caso em que além dos juros serem creditados em intervalos constantes os depósitos ou saque de valor D são feitos em intervalos constantes. Nesse caso o saldo após n unidades de tempo é dado por

[pic 33]

[pic 34]

[pic 35]

[pic 36]

Foi usada a soma de uma progressão geométrica. Substituindo-se t por n na solução do problema de valor inicial e comparado às equações obtemos

 [pic 37]

ou seja,

 [pic 38]

Obtemos

     ou      [pic 39][pic 40]

Assim podemos também neste caso usar o modelo contínuo em que os depósitos ou saque são feitos continuamente desde que a taxa contínua de depósitos d e os depósitos constantes D estejam relacionados.

[pic 41]

Figura 1:  Saldo em função do tempo quando são feitos depósitos a uma taxa constante


Exemplo de aplicação 02:

Suponha que seja aberta uma caderneta de poupança com o objetivo de no futuro adquirir um bem no valor de R$40.000,00. Suponha que os juros sejam creditados continuamente a uma taxa de r=1% ao mês e que os depósitos também sejam feitos continuamente a uma taxa constante, sendo no início o saldo igual à zero. Vamos determinar de quanto deve ser a taxa de depósito mensal para que em 20 meses consiga atingir o valor pretendido.

              [pic 42]

A equação é linear e pode ser reescrita como

 [pic 43]

Para resolvê-la precisamos determinar o fator integrante

 [pic 44]

Multiplicando-se a equação  por   obtemos[pic 45][pic 46]

 [pic 47]

Substituindo-se t=0 e S-0, obtemos

 [pic 48]

Ou seja, a solução do problema de valor inicial é

 [pic 49]

Substituindo-se t=20 e S=40000:

 [pic 50]

 [pic 51]

Exemplo de aplicação 03 – Reações Químicas

Um composto C é formado da reação de duas substâncias A e B. A reação A reação ocorre de forma que para casa m gramas de A, n gramas e B são usadas. A taxa com que se obtém a substância C é proporcional tanto à quantidade de A quanto a quantidade de B não transformadas. Inicialmente havia α0 gramas de A e β0 gramas de B.

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