Acidente De Trabalho
Artigos Científicos: Acidente De Trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rejanerodrigues • 14/5/2014 • 1.008 Palavras (5 Páginas) • 463 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Para que se comece qualquer abordagem sobre a cultura da saúde e segurança
do trabalhador, é necessário relatar o que significa acidente, que por definição, é um evento
negativo e indesejado do qual resulta uma lesão pessoal ou dano material. Essa lesão pode ser
imediata (lesão traumática) ou mediata (doença profissional). Assim, caracteriza-se a lesão
quando a integridade física ou a saúde são atingidas. O acidente, entretanto, caracteriza-se
pela existência do risco (CRUZ, 1996).
Existe um processo de mudança nos valores e crenças, que servem de
paradigma à vida em sociedade, ocorrendo atualmente. Os novos valores em construção,
bases do paradigma em formação, estão sendo delineados a partir de certos limites que o
mundo presente está impondo sobre o futuro. No ambiente empresarial, o principal reflexo da
rapidez das mudanças é a acentuada competitividade. Adicionada à esta, os diferentes
ambientes de trabalho apresentam também diferentes limitações, a escassez de recursos como
mão de obra qualificada, matéria prima, infra-estrutura, entre outros, é sentida em todos os
setores. Como conseqüência, empresas de todo o mundo percebem a necessidade de
utilizarem seus recursos de maneira eficiente, para que possam manter e/ou ganhar mercados,
assegurando sua sobrevivência.
A indústria da construção civil, no Brasil, encontra-se como um dos setores
mais deficitários em termos de segurança, apresentando uma alta taxa de acidentes, lesões
graves e óbitos. Além disto, representa um dos setores industriais mais atrasados em termos
de melhorias da qualidade de vida de seus colaboradores.
Ao analisar a construção civil, observa-se que este setor requer uma visão
maior, voltado ao seu macro-ambiente, pois a natureza do seu processo produtivo é
substancialmente diferenciada da maioria dos processos industriais contemporâneos. Esta
diferenciação diz respeito às relações entre os níveis hierárquicos, à tecnologia requerida pelo
processo produtivo, à quantidade e as características dos bens intermediários envolvidos na
produção, a organização industrial e o valor agregado aos produtos finais.
Dada à natureza e as características intrínsecas da indústria da construção civil,
há necessidade de criar e adaptar novas formas de gerenciamento para a saúde e segurança 3
ocupacional, de modo a permitir às empresas do ramo não só a garantia de sobrevivência, mas
também a melhoria da qualidade de seus produtos e sua melhor adequação aos novos valores
sociais emergentes.
Desta forma, o trabalho ora apresentado neste artigo, tem como objetivo avaliar
as condições de segurança e saúde do trabalhador na construção civil, os resultados
mostraram que faz-se necessário haver um maior esforço coletivo, tanto das empresas, como
dos sindicatos e do Estado, através de sua máquina fiscalizadora, para investir no setor,
objetivando minimizar os riscos ocupacionais existentes e, consequentemente, os Acidentes
de trabalho. Busca-se estabelecer elementos que sirvam de fundamentação para a implantação
de sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional, em empresas da construção civil.
A indústria da Construção Civil é considerada atrasada tanto tecnologicamente
como gerencialmente, quando comparada a outros setores. No desejo de se modernizar o setor
das edificações tem demonstrado grandes avanços através da incorporação, às suas atividades
tradicionais, de novas tecnologias de processo. O gerenciamento da segurança e saúde
ocupacional, porém, gera grandes problemas, principalmente devido a dificuldade da gerência
em utilizar abordagens mais modernas na concepção de ferramentas de apoio a gestão. Além
da inexistência de suporte teórico, dirigido ao setor, e a existência de uma cultura de negação
do risco amplamente difundida entre o pessoal.
A Indústria da Construção Civil (ICC) é uma das que apresenta as piores
condições de segurança, em nível mundial.
No Brasil, em 1995, ocorreram, no setor, 3381 Acidentes de Trabalho (AT)
com 437 óbitos; em 2000, houve 3.094 AT, sendo 10,5% na ICC (Brasil, 2001); em julho de
2001, registraram-se 12,5 afastamentos por mil empregados. Como se vê, a Indústria da
Construção Civil (ICC) perdeu apenas para a indústria pesada, com a marca de 13,4
(BRASIL,
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