Adaptação Das Florestas As Alterações Climaticas
Tese: Adaptação Das Florestas As Alterações Climaticas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MAPSoares • 18/2/2015 • Tese • 1.585 Palavras (7 Páginas) • 208 Visualizações
Adaptação das florestas às alterações climáticas
Relatório do Ministério da Agricultura, do mar, do Ambiente e do Ordenamento do território e do Instituto da Conservação da natureza e das Florestas de 10 de janeiro de 2013.
Sítio da Internet
http://www.icnf.pt/portal/florestas/ppf/resource/docs/alt-clima/rel-florest-enaac/
Sumário
O relatório traça os possíveis cenários, na fileira florestal, perante um quadro de alterações climáticas.
O objectivo do relatório Adaptação das Florestas às Alterações Climáticas no âmbito de Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC), é de traçar futuros cenários e medidas de adaptação a tomar, tendo em conta as alterações climáticas. A ENAAC foi aprovada em Resolução do Conselho de Ministros n.º 24/2010, de abril.
Segundo a Comissão Europeia e o Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas (IPCC), os espaços florestais europeus serão afetados pelas alterações climáticas e a região mediterrânea e a Europa do sul é considerada uma das regiões mais vulneráveis e onde se esperam impactos mais significativos.
Este relatório apresenta quatro grandes objectivos;
Consolidar e desenvolver a base de conhecimento científico e técnico;
Reduzir a vulnerabilidade e aumentar a capacidade de resposta;
Participar, sensibilizar e divulgar o conhecimento junto da sociedade, transmitindo os impactos esperados e a necessidade de ação, e promovendo o seu envolvimento e participação;
Cooperar a nível internacional.
As florestas estão entre os nove sectores estratégicos identificados pela ENAAC, onde se irão focar de identificação de impactos e definição de medidas de adaptação, com o objectivo de identificar e reduzir a vulnerabilidade das florestas e aumentar a capacidade de resposta. Considerando a especificidade do sector florestal, este trabalho tem como objectivos específicos;
Tipificar e sistematizar os impactos potenciais sobre os sistemas florestais;
Avaliar a capacidade de resposta e a vulnerabilidade dos ecossistemas, proprietários e agentes económicos e institucionais do sector, face aos impactos;
Estruturar os eixos de atuação e identificar medidas de adaptação que preparem a floresta e o sector florestal visando a redução da vulnerabilidade e o aumento da capacidade de resposta num cenário de alterações climáticas;
A Metodologia aplicada neste relatório está esquematizada nos seguintes alíneas;
Identificação e descrição dos cenários climáticos;
Identificação dos impactos potenciais;
Avaliação da capacidade de resposta e da vulnerabilidade;
Elencar medidas de adaptação;
Avaliar as medidas de adaptação.
Para determinar a vulnerabilidade do sector florestal é necessário ter conhecimentos dos impactos que possíveis da sua capacidade de resposta a esses mesmos impactos. Dentro dos impactos que o sector florestal estará sujeito destacam-se os serviços do ecossistema, a sua capacidade de assegurar a proteção do solo, da água e sequestro de carbono.
A capacidade de resposta (ou capacidade adaptativa) é a possibilidade de um sistema para responder de forma satisfatória à variabilidade alterações climáticas. Esta capacidade de resposta será superior quando existe uma gestão florestal.
Cenários Climáticos
O incremento de gases com efeito estufa na atmosfera e a incerteza quanto a sua evolução levou o SIAM (Scenarios, Impacts and Adaptation Measures) I e II, sintetizados pelo Instituto de Meteorologia a traçar cenários climáticos, todos os modelos traçados preveem redução da precipitação em Portugal continental; diminuição do número de dias de geada; aumento das ondas de calor e um aumento significativo da temperatura média em todas as regiões de Portugal continental até ao fim do século XXI.
Estas alterações produzirão impactos sobre a capacidade dos serviços florestais continuarem a proporcionar um conjunto vasto de bens e serviços. As análises dos impactos desenvolvem-se sobre os seguintes temas:
A Produtividade e distribuição geográfica das espécies florestais;
Incêndios florestais e outros agentes abióticos;
Agentes abióticos (invasoras, pragas e doenças);
Serviços ambientais: proteção do solo, água, biodiversidade e sequestro de carbono.
Distribuição e produtividade
A alteração dos valores da temperatura e precipitação podem determinar a deslocação do óptimo climático de muitas espécies florestais, mas também podem determinar o alargamento da área de distribuição potencial de outras espécies. Estes fatores farão que a vitalidade e produtividade diminuía nas áreas de regressão florestal. Em outras áreas poderá acontecer um aumento de produtividade derivado da deslocação das espécies para um óptimo climático. A capacidade de adaptação relaciona-se com o estudo e conservação da diversidade genética são, no contexto das alterações climáticas, uma ferramenta que deve ser utilizada na gestão florestal. Como resposta propõe-se a especialização do território, através de função dominante para fazer face às alterações climáticas.
Incêndios Florestais
O aumento de risco de incêndio é apontado como um dos impactos das alterações climáticas com maior expressão na região mediterrânea.
O aumento do regime dos incêndios traduz-se no aumento da área ardida, o que provocará efeitos na produção florestal e das suas fileiras associadas.
Considerando o potencial agravamento do regime de incêndios florestais, justifica-se o reforço da capacidade de resposta atual, sobretudo da capacidade de implementar medidas de prevenção adequadas.
Agentes Bióticos.
As alterações climáticas poderão promover novas oportunidades para o estabelecimento de agentes bióticos nocivos, não só como o seu aumento como também por tornar
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