Agrotóxicos e rotação de culturas
Por: pedropt • 8/3/2016 • Trabalho acadêmico • 6.080 Palavras (25 Páginas) • 525 Visualizações
INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA[pic 1][pic 2]
Escola Superior Agrária
Curso de Engenharia do Ambiente
Agrotóxicos e Rotação de Culturas
Impacto Ambiental e Boas Práticas Agrícolas
Pedro Manuel Farinho Condeças Raposo
Beja
2016
INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
Escola Superior Agrária
Curso de Engenharia do Ambiente
Trabalho de fim de semestre apresentado na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Beja
Trabalho realizado na unidade curricular de Introdução aos Problemas Ambientais, IPA.
Elaborado por:
Pedro Manuel Farinho Condeças Raposo
Orientado por:
Dra. Paula Maria Da Luz Figueiredo de Alvarenga
Dra. Ana Cristina Diniz Vicente Pardal
Beja
2016
Índice:
Introdução.........................................................................................................................4
Impacto ambiental na agricultura.....................................................................................5
Agricultura Intensiva........................................................................................................6
Destruição do ecossistema................................................................................................7
Alterações no solo.............................................................................................................8
Erosão...............................................................................................................................9
Perda de fertilidade..........................................................................................................9
A contaminação do solo..................................................................................................10
Resíduos agrícolas e pecuários.......................................................................................11
Rotação de culturas.........................................................................................................13
Rotação de culturas e o control de pragas e doenças......................................................19
Associações de cultivos..................................................................................................21
Mecanismos de defesa de policultivos frente a pragas...................................................23
Mecanismos de defesa de policultivos frente a doenças................................................24
Conclusão.......................................................................................................................26
Bibliografia....................................................................................................................27
Introdução:
A Agricultura pode definir-se, como a actividade que o Homem exerce no solo, utilizando várias técnicas, com a finalidade de obter os mais diversos bens de consumo, fibras, energia ou outros, adequando as propriedades do solo, com a água e energia solar.
A história da adubação teve inicio na china, na região do Rio Amarelo, 8 mil anos antes de Cristo. Os chineses fabricavam adubos com resíduo vegetal ou animal, húmus dos rios e esterco humano. No Egito, por volta de 600 anos antes de Cristo, a civilização aproveitava-se das cheias do rio Nilo, quando se depositava em suas margens uma camada de húmus com 20 m de profundidade, 15 km de largura e 800 km de extensão, para cultivar cevada e trigo.
A adubação começou a ser tratada como negócio na Idade Média, na região compreendida entre a França, Bélgica e Holanda, conhecida como Flandres. Os agricultores adubavam as lavouras com esterco animal, lixo humano e lodo de esgoto. O consumo foi tal que as cidades da região foram consideradas as mais limpas da Europa. A prática da adubação com esterco animal espalhou-se rapidamente pelo continente, a tal ponto que o material tornou-se escasso. Em 1842, Justus von Liebig publica “A quimica orgânica e suas aplicações à morfologia e patologia”, relatando que a nutrição vegetal é feita por meio dos elementos minerais do solo. A partir daí, surgiu a fórmula mundialmente conhecida como NPK1 .
Impacto Ambiental na Agricultura:
A agricultura, ao contrário de outras indústrias, ao ser uma actividade de produção alimentar e trabalhar com recursos naturais, como a terra e água, não foi considerada durante muito tempo, como uma actividade com capacidade de criar impactos ou efeitos negativos no meio ambiente. Hoje em dia, este conceito de agricultura alterou-se por completo, ao ficar provado que é possível criar um enorme impacto negativo ao seu redor, inclusivé superior a algumas indústrias. Enquanto não se aplicarem boas práticas de uso de fitossanitários, aplicação de adubos, gestão de resíduos, promoção da formação, e outros meios, a agricultura poderá ser responsável por um significativo impacto ambiental negativo e dificílmente reversível.
Entende-se, por impacto ambiental, quando algum componente do meio ambiente, sofre uma alteração causada por uma ação ou actividade, agrícola ou não.
Toda a legislação e normativas de prevenção têm como objectivo, evitar ou reduzir as alterações desfavoráveis, como também os impactos ambientais com efeitos negativos.
A actividade agrícola e pecuária afecta, em muito, determinados ecossistemas naturais em maior ou menor escala, sendo alguns impactos negativos os seguintes;
-Diminuição da qualidade e fertilidade do solo.
-Acumulação de contaminantes.
-Falta de água.
-Novas pragas com maior resistência aos pesticidas.
-Perda de espécies polinizadoras e de habitat selvagem.
-Redução da diversidade genética devido à uniformidade de culturas.
-Risco para a saúde pública, com o aparecimento de resíduos, alguns tóxicos nos alimentos.
Todos estes impactos negativos, sobre o meio ambiente, está a direccionar os países desenvolvidos, para mudar a imagem e pensamento do agricultor, que deve deixar de ser considerado um produtor de alimentos em exclusivo, e passar a desenvolver a sua actividade, como um gestor ambiental.
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