Analise De Credito

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA

4ª Série

ETAPA 01: Administração estratégica do risco de crédito.

O que é Análise de Crédito

Análise de Crédito é o todo o processo onde é analisado o potencial que o tomador de crédito tem, bem como os riscos que o cedente possa ter. A análise é feita com o objetivo de identificar a idoneidade e capacidade financeira que o solicitador do credito tem, de amortizar a divida pela qual o mesmo pretende contrair. A análise de crédito possui duas técnicas: A técnica subjetiva e a técnica objetiva ou estatística.

A técnica subjetiva é baseada no julgamento humano e envolve a habilidade de fazer uma decisão de credito dentro de um tempo de incertezas e constantes mudanças com informações incompletas, ou seja, boa parte das analises de credito depende do julgamento, a sensibilidade e do tempo de experiência do agente de credito.

A técnica objetiva é baseada em processos estatísticos.

O papel do analista de crédito

O analista tem a o papel de auxiliar a empresa ou instituição com relação à prosperidade financeira, auxiliando na aquisição de lucro e na diminuição dos prejuízos financeiros nas operações de crédito. As principais funções do analista são: Atender aos que solicitam o crédito, buscar todas as informações sobre o cliente, negociar propostas de créditos, conceder ou reprovar créditos.

Crédito bancário

Os créditos bancários visam o financiamento do ciclo operacional das empresas para compra de mercadorias, matérias primas, pagamento a fornecedores, salários e encargos com pessoal, além dos tributos.

Análise de crédito para pessoa jurídica

A análise de crédito é o processo de avaliar se o cliente possui idoneidade e capacidade financeira. As informações necessárias para a análise da capacidade financeira dos clientes são: caráter, capacidade, capital, colateral e condições.

Caráter: análise da idoneidade do cliente no mercado de crédito. Para análise desse critério, é preciso que os credores disponham de informações históricas de seus clientes, que possam provar as intenções e pontualidade na amortização de dívidas. As informações históricas internas são extraídas de relatórios gerenciais do credor, onde constam registros de pontualidade, atrasos, renegociações e perdas financeiras resultantes da inadimplência do cliente. Já as informações externas são extraídas de arquivos de dados de empresas especializadas de coletas, armazenamento e comercialização de informações relacionadas à idoneidade do cliente no mercado de crédito. Capacidades: diz ao julgamento subjetivo do analista quanto à habilidade dos clientes no gerenciamento e conversão de seus negócios. Capital: O capital é medido pela situação financeira do cliente, levando-se em consideração a composição dos recursos, onde são aplicados e gerenciados. As fontes mais usadas para avaliação do capital de empresas e pessoas físicas são as demonstrações contábeis e a declaração do imposto de renda. Colateral: diz sobreo patrimônio dos clientes composto por bense ações financeiras. Esse fator tem a função de “garantia acessória”, ou seja, garantia secundária vinculada aos contratos de crédito para proteger os credores de situações adversas decorrente da perda de capacidade financeira dos clientes (parcial ou total). Para a realização adequada da análise de riqueza patrimonial, é preciso que o analista consiga a abertura da composição do patrimônio do cliente, além de, identificar a situação dos ativos em termos de liquidez, existência de ônus e valor de mercado. Condições: tem relação à sensibilidade da capacidade de pagamentos dos clientes à ocorrência de fatores externos adversos ou sistemáticos, tais como os decorrentes de aumento de taxas de inflação, taxa de juros e de crises em economias de países desenvolvidos e emergentes, que mantém relacionamento com o Brasil.

Análise de crédito para pessoa física

A análise de crédito para pessoa física visa verificar os riscos para a empresa que está concedendo o crédito, identificar a capacidade de pagamento do tomador e recomendar o melhor tipo de empréstimo.

A análise será conforme as necessidades do tomador a partir de documentação apresentada, objetivando a maximização dos resultados da instituição, segundo Schrickel (2000).

Devido à simplificação e desburocratização desta modalidade, esse processo é muito importante para análise de crédito em empresas de concessão de microcrédito.

A análise subjetiva de crédito não é uma tarefa que visa o cumprimento de disposições normativas, mas sim tem o objetivo de chegar a uma decisão sobre a concessão ou não do crédito ao solicitante, acrescenta Santos (2006).

Ainda podemos dizer que a análise de crédito é um processo organizado com intuito de reunir e relacionar todos os fatos que que diz do problema, determinar as questões e suposições relevantes para a tomada de decisão, analisar e avaliar os fatos levantados e desenvolver uma decisão a partir das alternativas funcionais e aceitáveis.

Schrickel (2000) complementa que a análise será mais consistente quanto mais presentes e valiosas forem às quantificações dos riscos identificados e praticidade, bem como a viabilidade das conclusões chegadas.

Portanto, o processo de análise de crédito para pessoa física baseia-se na qualidade das informações passadas e nas decisões decorrentes. Qualquer que seja a análise de crédito existe três etapas diferentes a percorrer, segundoSchrickel (2000):

Análise Retrospectiva: avaliação do desempenho histórico do tomador potencial, analisando os riscos inerentes ao mesmo e como foram contornados. Este processo visa a identificar fatores na atual condição do tomador que possam impedir o pagamento do valor concedido;

Análise de Tendências: avalia a forma de condição futura do tomador do crédito, a fim de avaliar o valor da divida e ao mesmo tempo o quanto a parcela da divida poderá afetar o orçamento do tomador;

Capacidade Creditícia: a partir do grau de risco que o tomador apresenta e a projeção do seu nível de endividamento futuro, avaliar a capacidade creditícia do tomador, ou seja, qual a quantia de capital que ele poderá obter junto ao credor.

Para ter uma análise melhor do risco da operação