Aproveitamento do Óleo das Amêndoas de Tucumã do Amazonas na Produção de Biodiesel

Aproveitamento do Óleo das Amêndoas de Tucumã do Amazonas na Produção de Biodiesel

A região amazônica possui diversas comunidades isoladas desprovidas da disponibilidade de energia elétrica. No Estado do Amazonas, em 2005, apenas 32 das mais de 4.600 comunidades isoladas (0,7 %) eram supridas por energia elétrica por meio da concessionária responsável (Correia, 2005).

Esta condição é tratada como motivo pelo baixo índice de desenvolvimento humano das populações destas comunidades, esta condição é desprovida de grandes dificuldades na integração destes locais, portanto, uma alternativa empregada para solucionar este descaso é a implantação de pequenos geradores a diesel.

O uso do diesel tem alto custo de transporte sendo então necessárias a busca por novas alternativas, uma delas é a produção de biodiesel a partir de óleos vegetais de espécies oleaginosas. Esta síntese é possível com o processo de transesterificação onde os ácidos graxos presentes no óleo são convertidos por meio de um catalisador e um álcool de cadeia curta em ésteres de ácidos graxos.

Como a obtenção de óleo pode ser feita a partir de resíduos, o tucumã do Amazonas é uma espécie altamente viável, este fruto é consumido e comercializado devido suas características atrativas. O mesocarpo é consumido enquanto o endocarpo não é aproveitado gerando resíduo que pode ser utilizado para extração de óleo.

Ao avaliar o óleo produzido a partir da amêndoa presente no endocarpo, pode-se concluir que o óleo de tucumã possui cadeias de ácidos graxos saturadas curtas além de baixos teores de iodo e peróxidos e alto índice de saponificação.

Devido estas características, o óleo de tucumã pode ser considerado uma fonte promissora para a produção de biodiesel e consequentemente produtor de energia nas comunidades isoladas do Amazonas.