Area Restrita Aula Tema 3 China
Artigos Científicos: Area Restrita Aula Tema 3 China. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dalmazzo • 10/6/2013 • 1.407 Palavras (6 Páginas) • 654 Visualizações
ANHANGUERA DOURADOS
Debora dalmazo holosbach RA:2504016315
5`SEMESTRENOTURNO
CONDIÇOES INTITUCIONAISDA CHINA.
O extraordinário crescimento sustentado da economia chinesa por mais de duas décadas é, sem lugar a dúvidas, uma das maiores transformações da economia e da politica internacional. Seu desenvolvimento económico, utilizando como “vantagem comparativa” enormes reservas de mão de obra barata, a converteu num centro, por excelência, da produção manufatureira a nível mundial, sendo considerada como a “oficina do mundo” como se denominava a Inglaterra depois da Revolução Industrial. No ano passado, esses êxitos e o espetacular aumento de suas importações, que cresceram em 40% ao longo do ano, converteram-na em um dos dois motores da recuperação da economia mundial marcando decididamente a emergência da China como um ator a levar em conta no cenário internacional.
Tais resultados deram lugar a todo tipo de especulações e prognósticos sobre o futuro. Os mais otimistas a apontam como a futura potência hegemónica do século XXI baseados em que seu desenvolvimento económico e abundante população, lhe permitiriam repetir uma irrupção tão extraordinária como a dos Estados Unidos a meados do século XIX. Outros arriscam que a China pode se converter no novo “Eldorado” da economia mundial capitalista, abrindo para ela um novo auge expansivo. Nesta nota vamos discutir estas perspectivas demonstrando como o atual “milagre chinês” não contradiz a tese marxista sobre a impossibilidade das economias dependentes transformarem-se em novas potências capitalistas competidoras numa economia mundial dominada pelos grandes países imperialistas e suas transnacionais. Ainda que não se possa descartar a potencialidade da China para atuar como pulmão de uma nova divisão do trabalho da economia mundial, este processo encontra-se ainda em seus estágios iniciais e está submetido a enormes desafios tanto externos como internos que fazem da possibilidade de fortes estalos e convulsões uma alternativa altamente plausível. Em outras palavras, que a complexidade de seus problemas sociais e económicos e a resistência à mudança política podem desviar seu curso ascendente e dar lugar a uma China totalmente distinta da que o Ocidente conheceu nas últimas décadas e que retorne ao padrão de instabilidade que esse país conheceu durante a maior parte do século XX.
O forte peso e o papel da penetração imperialista e as vulnerabilidades do modelo exportador
O milagre chinês é um subproduto da relocalização das multinacionais imperialistas em determinadas áreas da periferia capitalista como conseqüência da renovada e intensificada competição entre os monopólicos pelos mercados e margens de lucro. A aceleração desta tendência desde o início dos anos 80 até hoje, como resposta à crise de acumulação capitalista iniciado nos anos 70, pode ser avaliada nas seguintes cifras da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento), que mostram que a China com sua fonte inesgotável de mão de obra barata como o destino privilegiado por excelência:
O estoque global de investimentos estrangeiros diretos (IED) saltou mais de dez vezes entre 1980 e 2002 para 7,1 trilhões de dólares, como produto da expansão dos sistemas de produção e distribuição em todo o mundo das companhias transnacionais. As cifras mostraram a China alcançando rapidamente os Estados Unidos como o destino mais popular a nível mundial para os investimentos estrangeiros. Os Estados Unidos encabeçam a tabela da liga do destino dos investimentos estrangeiros com um estoque de IED de 1,35 trilhões de dólares. Mas o estoque da China totalizou 448 bilhões de dólares, acima dos apenas 25 bilhões em 1990. Combinado com o estoque de 433 bilhões de dólares de Hong Kong, a grande China obtém o segundo lugar na liga... ano passado alcançou um recorde de 52,7 bilhões de IED - mais do que qualquer país ..
Com estas cifras, não surpreende a magnitude da dependência da China com respeito ao capital estrangeiro para expandir sua produção e a crescente importância do setor de investimento externo em sua economia onde se converteu no melhor ativo industrial contribuindo com 20% da arrecadação estatal, 50% das exportações e criando 23 milhões de postos de trabalho.
A abertura ao exterior foi se dando ao longo de três fases. A primeira (1979-85) desenvolveu-se através da formação de joint ventures, quer dizer, de uma associação entre os conglomerados estrangeiros e as empresas de origem chinesa. Na segunda (1986-91) suspendeu-se a restrição ao limite da participação do capital estrangeiro que ficou autorizado a participar em quantidades superiores a 50%, além de melhorar o já favorável tratamento fiscal, garantir aos joint ventures exportadores e tecnologicamente mais avançados um tratamento mais vantajoso, como, por exemplo, o acesso privilegiado ao abastecimento de água e eletricidade, infra-estruturas e diversas facilidades de transporte. A terceira fase de 1992 em diante, depois da derrota da Praça Tiananmen e uma vez assentado o curso restauracionista, a chegada do capital estrangeiro à economia superou todas as expectativas: de 1990 a 2003 ingressaram mais de 480 bilhões de dólares, o que constitui 97% do IED desde 1979.
A presença de um forte setor imperialista e o papel que este cumpre no corpo económico constitui um aspecto decisivo do processo de modernização capitalista chinês .Esta é uma diferença central com o processo restauracionista russo no qual os investimentos estrangeiros diretos foram, a pesar de haver crescido nos últimos anos, qualitativamente
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