Arraste na microflotação em tubo de hallimond
Por: William Thiago Formiga • 14/12/2015 • Monografia • 539 Palavras (3 Páginas) • 578 Visualizações
O método de concentração por flotação é um processo físico-químico bastante complexo e para que a indústria tenha a eficiência esperada na produção de concentrados minerais é necessário que as variáveis envolvidas sejam controladas ao máximo. Os estudos preliminares devem, portanto, ser confiáveis de modo a nortear de maneira eficaz as estratégias de flotação. Dessa forma, na microflotação em tubo de Hallimond, fatores indesejados como o arraste hidrodinâmico de partículas devem ser evitados para que as análises de flotabilidade possua resultados autênticos.
Com os resultados do trabalho proposto em mãos pode-se concluir que não é aconselhável realizar microflotação para qualquer mineral, dentre os analisados, na menor faixa granulométrica estudada, na vazão de ar aplicada e sem a presença do tubo extensor. A quantidade de massa arrastada nestas condições é elevada e variou de 31,98 a 13,25 por cento o que comprometeria qualquer análise de microflotação. Para a mesma faixa granulométrica (-75 +38 µm) a presença do tubo extensor reduziu de maneira acentuada o arraste que foi quantificado de 13,18 a 0%. Para os minerais com as menores densidades (calcita e apatita), ainda houve arraste hidrodinâmico considerável o que compromete ensaios de microflotação para estes minerais, nesta faixa mesmo com o tubo extensor. Somente a hematita obteve nos resultados ausência de arraste nesta faixa granulométrica porem com o extensor de altura.
Na granulometria intermediária analisada neste trabalho, calcita e apatita resultaram em arraste hidrodinâmico de 15,71% e 4,97% respectivamente, porém o arraste foi reduzido a 0% com a presença do tubo extensor. Para estes minerais nesta faixa (-150 +106 µm) e nas condições aplicadas, portanto, os ensaios devem ser realizados com a presença de um tubo extensor para que haja resultados confiáveis. A hematita por sua vez permite que mesmo sem extensor, nesta faixa, os ensaios sejam realizados sem arraste hidrodinâmico.
Para a faixa granulométrica superior não houve arraste para nenhum dos minerais. A microflotação pode ser feita normalmente para os três minerais inclusive sem a presença de nenhum extensor de altura para quaisquer dos minerais estudados.
De modo geral a influência da granulometria na microflotação ficou evidente no sentido de que partículas maiores possuem maior massa sendo o suficiente para que não sejam arrastadas com a força ascendente de bolhas de ar. A relação do arraste pela granulometria se deu de maneira inversamente proporcional nos ensaios realizados.
Em termos de densidade o que se pode perceber foi um arraste significativo nos minerais menos densos (calcita e apatita) nas condições operacionais propostas. Na hematita, que é o mineral mais denso, houve arraste mínimo compreendendo apenas a faixa menor sem o tubo extensor. Ficou nítida, contudo, a relação de proporção inversa entre densidade e massa arrastada comprovando o que a literatura relata sobre haver uma maior dificuldade de as partículas mais densas serem carreadas até a parte superior do tubo de Hallimond.
Por fim, o trabalho exposto contribui no sentido de somar conhecimentos sobre o assunto e abre espaço para que o tema seja aprofundado em trabalhos futuros a fim de que se ampliem os conhecimentos sobre arraste hidrodinâmico de partículas minerais. O que fica proposto é que: mais minerais
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