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As Ferramentas de Gestão em BIM

Por:   •  8/9/2021  •  Artigo  •  6.889 Palavras (28 Páginas)  •  131 Visualizações

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CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS - UNIFIP

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU)

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS

MATEUS PIRES FEITOSA

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DO BIM NA CONSTRUÇÃO CIVIL: UMA ABORDAGEM LITERÁRIA

CAMPINA GRANDE - PB

2021

RESUMO

Com os avanços tecnológicos no setor produtivo da construção civil, a eficiência em custos tornou-se essencial nas empresas, à medida que tem grande impacto em todo o ciclo de vida das construções, desde o estudo de viabilidade até execução da obra. O maior desafio para os profissionais de engenharia e arquitetura é estar especializado, tornando-se competitivo, e isso implica em conhecimento pleno dos fundamentos da modelagem da informação, parametrização e sua aplicação nos diversos softwares de arquitetura, engenharia, gestão de projetos, orçamento, planejamento e demais disciplinas ligadas à construção. Neste contexto, o uso do BIM (Building Information Modeling - Modelagem de Informação da Construção), pode proporcionar quantificação automática e precisa e, consequentemente, reduzir a variabilidade na orçamentação. A criação de uma base de dados a fim de gerar um histórico para a empresa visa o aperfeiçoamento do planejamento de obras, melhorando sua assertividade, refletindo em planejamentos mais confiáveis. Em busca de conceitos para ampliar estudos de soluções que melhorem a dinâmica do gerenciamento de obra, este artigo através de uma revisão da literatura, visou apresentar estudos relevantes sobre o tema de gerenciamento de obras utilizando BIM que contribuam para a identificação dos principais desafios ainda existentes na construção civil.

Palavras chave: Construção. Planejamento. Tecnologia. BIM.

 

1. INTRODUÇÃO

A área da construção civil, historicamente conhecida no Brasil como arcaica e possuidora de mão de obra desqualificada, vem surpreendendo com novas formas de abordagem de projetos, buscando eliminar erros, antes que aconteçam, e valorizar acertos, sabendo onde ocorreram. É de fundamental importância para essa nova fase da construção brasileira que se tenha mais controle, para que se saiba onde estão as falhas, além de qualificar e quantifica-las. O mercado da construção civil tem importância social, ambiental e econômica, por isso há necessidade de otimizar cada vez mais esse processo. Para tanto, as inovações tecnológicas vêm influenciando positivamente, proporcionando, entre outros, a maximização dos lucros a partir de um gerenciamento adequado.  Segundo (CARNEIRO; MACIEL, 2020). As evoluções tecnológicas têm passado por mudanças nos diversos setores industriais. Houve rupturas nas fronteiras comerciais e econômicas graças a globalização, com isso, novos conceitos de crescimento e avanço foram instaurados, uma vez que os paradigmas que existiam até então não supriam mais as necessidades desse novo mundo.

A indústria da construção civil também se apresenta como um setor no qual a informalidade está muito presente. Desta forma, surge a necessidade de um planejamento adequado e consequentemente um controle mais centralizado, visto que planejar e controlar são atividades complementares: uma não existe sem a outra (PARIZI et. al, 2016).

A presença das tecnologias de informação e representação do mundo na construção civil e no trabalho de Engenheiros e Arquitetos tem possibilitado e exige profundas mudanças no pensar e produzir o objeto arquitetônico. Estas mudanças evoluíram para as fases posteriores ao projeto, passando a envolver todo o ciclo de vida do edifício, passando pela construção (obra) e chegando ao monitoramento de uso e acompanhamento de desempenho. Na busca por soluções para os complexos problemas relativos a informação, uma abordagem promissora é aquela baseada na organização e uso da informação (BARACHO et al., 2017). Aliado a isso a plataforma BIM oferece um planejamento mais realista, orçamentos mais precisos, uma melhor compatibilidade de projetos, resultado em menos erros.

Introduzida na década de 70, a metodologia BIM (Building Information Modeling) consiste num conjunto de processos, tecnologias e políticas capaz de gerir os dados de um projeto ao longo do ciclo de vida de um edifício. BIM visa aumentar a produtividade, melhorar o desempenho, antecipar e resolver desafios como o acréscimo de custos, a segurança dos edifícios, os atrasos nas entregas e as divergências entre os vários intervenientes do projeto. A difusão desta inovação exige que os vários atores do projeto colaborem e comuniquem entre si. Como tal, esta metodologia pode ser interpretada como uma inovação sistémica, na medida em que ultrapassa os limites da organização (VINAGRE, 2019).

De acordo com Menezes (2011) o BIM vem no propósito de atender estas necessidades do setor, através de uma filosofia de trabalho que integra arquitetos, engenheiros e construtores (AEC) na elaboração de um modelo virtual preciso, capaz de gerar um banco de dados que contém informações topológicas, subsídios para orçamento, cálculo energético e previsão das fases de construção entre outras atividades. Assim sendo, essa metodologia de projeto elabora um modelo virtual preciso, que contém tanto informações construtivas como necessárias para orçamentos, cálculo de energia, fases da construção, além de facilitar a correção de conflitos (erros de desenho, sobreposições de instalações, etc.) E segundo Saepro (2013), com todas essas mudanças, a representação plana deixou de ser a principal forma de projeto e passou a ser apenas um dos desenhos disponíveis para entendimento do projeto.

Paralelamente, busca-se mostrar os benefícios que a tecnologia BIM traz ao planejamento. Além de gerar projetos tridimensionais, os objetos são criados com riqueza de informações e parametrizados, assim, é possível extrair quantitativos de forma rápida, ligados diretamente às descrições dos objetos. Estes recursos facilitam a visualização dos projetos e as análises visuais, quantitativas e de custo com precisão, permitem a redução drástica de interferências (EASTMAN et al., 2018). Neste sistema, a informação é difundida de forma integrada, já que é concentrada em apenas um arquivo, tornando a comunicação entre todos os envolvidos no processo mais clara (PARREIRA, 2013).

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