As Origens da Teoria das Relações Humanas
Por: Álvaro Lourenço • 2/12/2019 • Trabalho acadêmico • 499 Palavras (2 Páginas) • 189 Visualizações
As origens da teoria das relações humanas
Com a necessidade de humanizar e democratizar a administração, surgiu a teoria das relações humanas, libertando de conceitos da teoria clássica que via o operário como uma máquina e aderindo a novos padrões e conceitos na indústria. Com a introdução nos estudos da teoria das relações humanas, foi desenvolvido as ciências humanas e principalmente a psicologia, aplicando seus conceitos na organização industrial.
Dentro desse novo pensamento na indústria, as ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt Lewin foi fundamentado o humanismo na administração, além disso, Elton Mayo contribuiu para a concepção e utilização da teoria das relações humanas.
Experiência de Hawthorne
Em 1924 a Academia Nacional Dos Estados Unidos fez uma pesquisa para correlacionar a iluminação na condição de trabalho com a produtividade. Antes disso, Elton Mayo realizou uma pesquisa em uma fábrica de tecidos com grandes níveis de rotatividade de pessoas, mesmo com incentivos salariais. Para solucionar o problema, Mayo propôs um intervalo de descanso dos funcionários, delegou aos funcionários a decisão sobre horário de produção além de contratar uma enfermeira.
Em 1927, foi proposto um experimento pelo Conselho Nacional de Pesquisas, em Chicago na fábrica de Hawthorne da Western Eletric Company, a experiência foi coordenada por Elton Mayo, com objetivo de correlacionar a iluminação na condição de trabalho com a produtividade. A experiência estendeu-se a fadiga, acidentes no trabalho e aos efeitos da condição de trabalho sobre a produtividade do pessoal.
A experiência de Hawthorne foi desenvolvida em 4 fases:
A primeira delas consistiu em separar um grupo de operárias dentro dessa empresa para observar o desempenho nas mesmas funções sob condições de trabalho diferentes: o primeiro tinha iluminação variável e o segundo grupo possuía iluminação constante. Os pesquisadores verificaram que os resultados obtidos da experiência eram prejudicados por aspectos da natureza psicológica, mas buscaram eliminar o fator psicológico, pois achavam impertinente, com isso a experiência se prolongou ainda mais.
Na segunda fase, o primeiro grupo contava com seis moças, das quais cinco montavam o equipamento e a sexta era responsável por fornecer as peças necessárias ao trabalho. O segundo contava com um contador de peças que marcava a produção. A pesquisa com o primeiro grupo foi subdividida em doze fases e constatou-se que as moças não temiam a supervisão porque a consideravam branda, ao contrário do grupo dois; o ambiente amistoso aumentava a satisfação no trabalho; tornaram-se amigas; desenvolveram objetivos comuns como aumentar a produtividade.
Na terceira fase os pesquisadores deixaram de analisar as condições físicas e priorizaram as relações humanas no trabalho. Em 1928, teve início um programa que tinha como objetivo ouvir sugestões e conhecer melhor os sentimentos das funcionárias no trabalho e em 1931 elas já tinham liberdade para falar livremente.
A quarta fase consistia na observação da organização informal das operárias e o sistema de pagamento foi organizado de acordo com a produção de cada grupo. Constatou-se uma espécie de solidariedade grupal. Foram estudadas a relação entre a organização criada pelas próprias funcionárias e a formal da fábrica.
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