Aspectos do Uso e Ocupação do Solo na Subprefeitura da Vila Mariana

Aspectos do Uso e Ocupação do Solo na Subprefeitura da Vila Mariana

Os usos do solo na S-P da Vila Mariana, até meados do século XX, apresentavam-se com predomínio do uso residencial embora já contassem com áreas extensas de uso industrial e institucional, além de área verde especialmente a representada pelo Parque do Ibirapuera.

Com a expansão populacional da capital paulista, a partir dessa época e particularmente nas últimas décadas daquele século, inicia-se a transformação dos usos dos espaços industriais, que foram sendo apropriados por usos institucionais e comerciais, além de usos mistos de residências, comércio e serviços para o atendimento do incremento populacional.  

 

Alguns bairros mantiveram-se com o predomínio de usos residenciais unifamiliares, caracterizados por lotes maiores e propiciando maior oferta de vegetação e menor impermeabilização do solo, destinados a população de maior poder aquisitivo, que convivem ao lado de bairros que permaneceram com a presença de vilas de características operárias, edificadas para atender população de classe média e baixa.

Em virtude das melhorias introduzidas nos eixos de transporte, destacando-se os projetos de linhas e implantação do Metrô, foram ocorrendo maiores mudanças dos usos e ocupação do solo, até então consolidadas, pela incorporação imobiliária mais intensa de áreas ocupadas, com base no desmembramento de imóveis necessários à edificação de um ou dois edifícios isolados.

Esse padrão de verticalização ocorre inicialmente no bairro de Moema e, mais tardiamente nos bairros de Vila Mariana e Vila Clementino, bairros esses até então poupados do interesse imobiliário, apesar de estarem no centro expandido da metrópole e um prosseguimento natural do eixo estrutural do espigão da Av. Paulista.

Ao final da década passada e início desta, a verticalização e o incremento da ocupação tanto residencial, como de serviços, vem gerando mais mudanças traduzidas na transformação de imóveis residenciais para comércio, de modo a atender o aumento das demandas da população residente e trabalhadora nestas áreas.

 Como uma ilha, neste contexto, verifica-se parcela do “bairro universitário”, relacionado à Escola de Medicina Paulista e Hospital São Paulo, bem como inúmeros outros hospitais da área, que estendem o atendimento por meio da aquisição e aluguel de imóveis antigos que, se de um lado mantém afastada a verticalização, de outro intensifica a introdução de edifícios voltados a consultórios médicos e serviços.

Todo o incremento da ocupação e de imóveis que atendem um maior poder aquisitivo, vem acarretando uma melhoria sensível no padrão dos serviços e comércio existentes, particularmente no que concerne aos serviços ligados à alimentação.