Basalto Tapirapuã
Por: Mukifu • 22/4/2016 • Resenha • 692 Palavras (3 Páginas) • 513 Visualizações
Introdução
O município de Santo Afonso localiza-se na região centro-sul do estado de Mato Grosso, a cerca de 233 km da capital Cuiabá e 138 km da município de Nobres, na BR 163. Possui uma população de 2.974 habitantes (IBGE 2010) e abrange uma área de 1.172 Km², fazendo limite com cinco municípios: Arenápolis, Denise, Nova Olímpia, Tangará da Serra e Nova Marilândia.
Existem duas rotas entre o município de Santo Afonso e a BR-163. Uma delas percorre cerca de 83 km da MT-240, chegando a BR-364, a nordeste do município de Diamantino. A partir daí, há mais 27 km até o entroncamento com a BR-163, totalizando 110 km de distância. A outra rota é feita a partir da MT-240, em que deve-se seguir por cerca de 4 km e tomar a MT-160, sentido norte, por 27 km, chegando a BR-364. A partir deste ponto segue-se por 113 km até o entroncamento com a BR-163, totalizando 141 km de distância. Ambas as rotas levam ao mesmo ponto da BR-163, a partir do qual, seguindo-se a sul por 28 km, chega-se ao município de Nobres.
Geologicamente o município de Santo Afonso localiza-se sobre derrames básicos caracterizados por basaltos toleíticos da Formação Tapirapuã.
Basalto Tapirapuã
O basalto Tapirapuã, também chamado de Formação Tapirapuã, representa uma série de eventos magmáticos de composição básica, que ocorreram durante a Era Mesozóica. Esta formação está presente na região centro-sul do estado de Mato Grosso, e é responsável por constituir a serra de Tapirapuã (Lacerda Filho et al. 2004). Aflora em uma área de aproximadamente 115 km de extensão por 10 a 20 km de largura, estendendo-se cerca de 20 km a oeste da cidade de Tangará da Serra, até cerca de 30 km a nordeste da cidade de Santo Afonso, MT.
Montes-Lauar et al. (1994) mostram uma variação de espessura desses derrames de basaltos, sendo de 310 m no sentido Sul e 35 m no sentido Norte. Já Corrêa & Couto (1972), que adotaram a denominação de Formação Tapirapuã, estimaram uma espessura em torno de 100 m desses derrames no município de Arenápolis, MT. Essas diferenças de espessura provavelmente devem-se ao surgimento tardio de sistemas rifts, nos quais se depositaram os sedimentos do Grupo Parecis (Barros et al. 2006). A figura 1 representa um mapa geológico regional esquemático que mostra o delineamento da área de abrangência do derrame basáltico da Formação Tapirapuã.
[pic 1]Figura 1 – Mapa Geológico da região centro-oeste do Estado de Mato Grosso (Retirado de Barros et al. 2006).
Geologicamente e petrograficamente a Formação Tapirapuã corresponde a derrames vulcânicos básicos, normalmente constituídos por basaltos isotrópicos, de cor cinza-chumbo nas bordas e, no centro por diabásios finos a médios, de composição toleítica. Os basaltos mostram estruturas amigdaloidais , disjunções colunares e são afetados por falhamentos gravitacionais pouco pronunciados e por um imenso diaclasamento (Lacerda Filho et al. 2004).
Segundo Barros et al. (2006), que descreveram essas rochas na região de Tangará da Serra, elas apresentam coloração cinza-chumbo nas partes maciças e arroxeadas nas zonas de topo, onde se destacam as estruturas amigdaloidais, e as disjunções colunares são as estruturas magmáticas predominantes. As estruturas amigdaloidais ocorrem no topo do derrame, as disjunções colunares na porção média e a estrutura maciça é característica da porção inferior. Os minerais constituintes, microscopicamente observados pelos autores supracitados, são principalmente plagioclásio, clinopiroxênio e, em menores, quantidades olivina. Como material secundário, preenchendo as vesículas, observa-se carbonato, quartzo, epidoto e zeolitas.
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