CÚPULA DE IGREJA BASEADA NA FLORA - BIOMIMÉTICA
Por: thais.hippler • 17/5/2016 • Artigo • 2.258 Palavras (10 Páginas) • 310 Visualizações
CÚPULA DE IGREJA BASEADA NA FLORA
Kamila Kwitschal; Laira Tatiane Formigari; Thais Hippler; [1]
Ana Paula Oberziner; Mirian Bertoldi; [2]
RESUMO
O respectivo artigo concilia os múltiplos fundamentos aprendidos, e agora, empregados no mesmo, nas disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral II e Álgebra Linear e Geometria Analítica II, estas que são disponibilizadas na grade curricular dos cursos de Engenharia.
Foi proposta a seleção de um sólido de revolução, no qual atendesse aos critérios impostos à turma, que neste caso, era “Biomimética e Engenharia Civil”.
A análise do mesmo efetua-se ao consolidarem-se as equações, áreas, volumes e gráficos gerados a partir de suas fórmulas.
Palavras-chaves: Integral. Área. Volume. Arquitetura.
ABSTRACT
Keywords: Integrals. Area. Volume. Architecture.
1 INTRODUÇÃO
“Para resolver um problema ou alcançar um objetivo, você não precisa saber todas as respostas com antecedência, mas deve ter uma ideia clara do problema ou do objetivo que quer alcançar” (STONE, 2010, p.16).
Notou-se a necessidade de um projeto que aliasse o estudo teórico à parte prática e consistente, de um assunto um tanto abstrato para as pessoas.
Foi, nessa situação, constatado a similaridade entre o estudo de cônicas – pertencente à disciplina de Álgebra Linear e Geometria Analítica II – e a determinação da área e volume por meio de derivadas e integrais com substituição trigonométrica – presentes na ementa de Cálculo Diferencial e Integral II. À vista disso, elaborou-se o projeto interdisciplinar.
Foi proposto aos acadêmicos dos cursos de Engenharia do Centro Universitário Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul, que frequentam a 2ª fase, que fosse escolhido um sólido, de acordo com o tema de cada curso, que pudesse ser remodelado e aperfeiçoado de acordo com exigências descritas para tal composição matemática.
O objeto foi tomado como de revolução, pois a rotação de um gráfico plano em torno de um dos eixos no plano cartesiano provoca a formação de uma embalagem sólida.
A coleta das devidas equações, cálculo da área e volume do objeto foram eminentes, e foi primordial o uso de retas e quatro cônicas: circunferência, parábola, elipse e hipérbole.
Sendo assim, ao longo do artigo será disposta, além da instrução relacionada ao período artístico Renascentista, a engenharia por trás da Cúpula usada como base e comparação, e breve divulgação sobre a origem da planta, as soluções, por assim se dizer, de todos os procedimentos matemáticos consequentes de um objeto proporcional às medidas reais.
2 INSPIRAÇÃO PELA BIOMIMÉTICA
O tema para o curso frequentado possibilitou o desempenho da criatividade e, além disso, exercitou um dos pontos mais abordados na atual modernidade, que são as construções ecológicas, sustentáveis, e cada vez mais similares à natureza. Tal argumento pode ser confirmado pela frase de G.K Chesterton, escritor e poeta inglês, onde alega que “A diferença entre o poeta e o matemático é que o poeta tenta elevar sua mente aos céus, enquanto o matemático tenta levar os céus para dentro de sua mente”.
(falar do porque escolhemos a cúpula)
A cúpula pertencente à torre de uma igreja, objeto de estudo neste artigo, pode ser facilmente inspirado pela Biomimética, e teve como influência as formas presentes em uma flor denominada “sininho”, conhecida também, ironicamente, por “Chapéu-de-Cardeal”.
Figura 01- Flor usada como modelo no projeto
[pic 1]
Fonte: PANGLOBALPLANTS
2.1 RENASCIMENTO E ENGENHARIA DA ÉPOCA
A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus. O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. A ideia da Renascença como a redescoberta ou o renascimento das aspirações e valores eruditos, literários e artísticos da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma) é uma imagem romântica que encobre algumas realidades mais simples (ADDIS, 2009).
Os muitos avanços tecnológicos que ocorreram durante essa época não foram alcançados sem investimentos substanciais de dinheiro, e a primazia da Itália pode ser atribuída em parte a infraestrutura financeira que se desenvolveu no país. Durante os séculos XV e XV, Veneza, Milão, Bolonha, Gênova, Florença e muitas cidades pequenas competiam umas com as outras, usando projetos de construção como um meio de exibir os frutos de suas habilidades comerciais e industriais e de demonstrar o seu orgulho cívico.
De modo que, Tietz (p.42, 1996) afirma.
Florença foi a grande precursora no desenvolvimento do renascimento. Esta república Florescesse, ambiciosa e crítica tinha, pelo seu empenhamento no domínio do comercio e das atividades financeiras, assim como nas artes e ofícios, alcançando o primeiro lugar na Europa. [...] O desejo expresso pelo renascimento de uma vida moderna, reatando com o legado rico e culto da Antiguidade Clássica, conduziu a uma renovação abrangente da das artes.
Sob este conjunto de circunstâncias favoráveis, surgiu em Florença e na Toscana, região a que também pertence esta cidade a Arquitetura do Renascimento. Atribuiu se o seu início à construção da cúpula da catedral de Florença, em 1420, por Filippo Brunelleschi, se bem que, em rigor se tratasse da conclusão genial de uma obra gótica (TIETZ, 1996).
2.1.1 A cúpula de Santa Maria Del Fiore
A catedral de Florença, foi concebida com a gloria máxima de Florença, uma das cidades mais prósperas da Europa. Havia sido adotado um projeto que faria a catedral de Florença uma das maiores do mundo. As paredes foram erguidas a sua altura máxima e as abóbadas foram construídas sobre a nave central e das naves laterais, deixando um espaço octogonal a ser coberto por uma cúpula que teria que cobrir um vão maior do que qualquer outro construído desde o Panteon – uma distância de uns 42 metros entre lados paralelos. Não sabemos como arquitetos que trabalharam no projeto após 1367 esperavam que a cúpula fosse construída, embora ao menos estivessem cientes de que tal vão não era sem precedentes. (ADDIS, 2009).
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