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CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DA AREIA PARA PAVIMENTAÇÃO: ESTUDO DE CASO PARA MARABÁ

Por:   •  22/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.484 Palavras (14 Páginas)  •  322 Visualizações

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CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS DA AREIA PARA PAVIMENTAÇÃO: ESTUDO DE CASO PARA MARABÁ

Giselle Barata Costa; gisamec@gmail.com;

João Paulo da Silva Peliser; jppeliser@hotmail.com;

Francisco de Assis Fernandes Alencar; francisco.alencar1980@gmail.com;

Alex Amoury Siqueira; alex_amoury@hotmail.com

Materiais de Construção Civil – Lorena Carneiro Oliveira. lcarneirooliveira@gmail.com

Resumo

O referido trabalho trata do estudo das principais características granulométricas apresentadas pela análise da areia extraída região hidrográfica dos rios de Marabá (Rio Itacaiúnas e Rio Tocantins), areia essa utilizada na fabricação dos pavimentos do Município e Região. Esse estudo visa esclarecer se o agregado miúdo utilizado na pavimentação no Município de Marabá e Região está de acordo com as normas estabelecidas para a pavimentação levando em consideração as normas e regulamentos do DNIT que disciplinam sobre as características que os agregados devem ter para ser utilizado na fabricação de pavimentos. Para tanto, serão apresentados os resultados obtidos nas análises de teor de umidade, massa unitária, massa específica e composição granulométrica da areia. Para esse trabalho foram comparados e avaliados de 05 (cinco) fornecedores do Município de Marabá e comparados com os parâmetros das normas e regulamentos, destacando-se ao final do comparativo se o agregado miúdo é ou não adequado ao uso para pavimentação e relacionar tal análise com as patologias apresentadas no pavimento do Município.

Palavras-Chave: agregado miúdo; pavimentação; características; ensaios de determinação de propriedades.

Introdução

A Indústria da Construção Civil é um dos mais importantes setores da economia brasileira. A última década mostrou um considerável crescimento nesse setor da economia. Um dos ramos desse setor, o de pavimentos, teve seu crescimento acelerado, exigindo das usinas de fabricação de pavimentos, invariavelmente, um elevado padrão dos insumos utilizados nas obras de pavimentação. Esse crescimento da construção civil foi evidenciado pela Associação Brasileira de Materiais de Construção (ABRAMAT, 2016) que indicou um aumento de 1,3% das vendas de materiais para construção civil em agosto de 2016 e esse valor tende a aumentar pois já se pode, mesmo que timidamente, observar uma retomada de confiança do segmento da construção civil, em virtude das melhoras dos indicadores econômicos e consequentemente, a elevação da demanda de agregados para utilização nas obras de pavimentação.

Assim posto, torna-se premente para as empresas mineradoras, que atuam na extração de agregados, que em nosso caso de estudo é a Areia, um controle tecnológico ainda mais efetivo e investimento nos processos de produção devido ao aumento das exigências normativas para garantia das características granulométricas definidas e exigidas por força de mercado exigente e fiscalização de órgãos de controle mais atuantes.

No Município de Marabá e Região pode-se observar que, em função de o agregado ser considerado equivocadamente um material inerte, faz com que os controles tecnológicos sejam ainda deficientes e incompletos. Porém, como o avanço nos estudos da área de materiais, evidenciou-se que é considerável a influência que os agregados podem exercer na resistência, trabalhabilidade e durabilidade, demonstram a importância que exercem, merecendo uma maior atenção na sua seleção.

Como a areia constitui em média 40% do volume total do pavimento, conforme Manual de Pavimentos Rígidos (DNIT, 2004) é de extrema importância à utilização de agregados com especificações técnicas adequadas, atestadas por análises em laboratório através de Ensaios dentro dos Normativos vigentes.

Este trabalho tem por finalidade principal efetuar os estudos necessários para determinação das características granulométricas da Areia para Pavimentação fornecida no Município de Marabá, a fim de evidenciar se a mesma está aderente às especificações exigidas pelos órgãos responsáveis por tais controles, órgãos estes cada vez mais atuantes nas mais diversas regiões do país, exigindo-se cada vez mais qualidade e padrão em sua caracterização, fato que não exclui o Município de Marabá, que é polo referência para a região. Para tanto será necessário analisar a característica da areia conforme NBR 7217 (ABNT, 1987), determinar o Teor de Umidade da Areia, conforme NBR 6467 (ABNT, 2006), definir a Massa Unitária e Massa Específica, conforme NBR NM 53 (ABNT, 2002), Análisar a Composição Granulométrica, conforme NBR 7217 (ABNT, 1987).

Materiais E Métodos

  1. MATERIAIS

O material em análise tem como principal finalidade a utilização em pavimentos, conforme estabelecido pelo Manual de Pavimentação DNIT, de 2006. O material foi coletado no Município de Marabá, nos 05 (cinco) principais fornecedores de areia da Região, aqui identificados como fornecedores 1, 2, 3, 4 e 5 e amostras analisadas com a mesma nomenclatura a partir da numeração de cada fornecedor. As amostras coletadas tiveram autorização prévia de cada um dos fornecedores, mediante assinatura por parte do responsável do local onde foi extraída a amostra, através de Ofício de Solicitação emitido pela instituição de ensino em duas vias e devidamente assinados, estabelecendo-se que, quando das análises das amostras e resultados, todas as informações seriam mantidas em sigilo, salvo se autorizado expressamente por parte da empresa e que será garantido às mesmas o recebimento de todos os dados obtidos após as análises.

As amostras foram retiradas de uma jazida no Rio Itacaiúnas, nas mediações do Bairro Amapá e as quatro demais amostras retiradas em jazidas ao longo do Rio Tocantins, sentido Marabá-Itupiranga. Para garantir o caráter científico das análises, foi retirada uma amostra mínima de 05 quilos (5.000g) de cada uma das jazidas do município de Marabá, todas analisadas em sua totalidade. Utilizou-se nas 05 (cinco) amostras referente a cada uma das jazidas, os materiais:

  1. Medida de amostra de areia de 5.000g para os ensaios;
  2. Água Destilada;
  3. Estufa para secagem;
  4. Balança com resolução de 0,1% da massa da amostra de ensaio;
  5. Régua Rígida;
  6. Bandejas metálicas em formato cúbico com volume de 0,001570796 m3;
  7. Frasco de Chapman;
  8. Funil;
  9. Bastão de vidro;
  10. Peneiras das séries normal e intermediária, tampa e fundo;
  11. Agitador mecânico de peneiras;
  12. Escova ou pincel de cerdas macias;
  13. Concha Metálica.

  1. MÉTODOS

Para que se pudesse garantir que as características do material coletado fosse a mesma para cada uma das amostras, teve-se o cuidado de efetuar a coleta de cada uma das 05 (cinco) amostras diretamente nas localidades onde as mesma são beneficiadas, coletando-se o material sempre ao centro da pilha de estocagem do material, evitando-se assim que o mesmo apresentasse qualquer tipo de contaminação que pudesse comprometer a análise.

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