Cana De açucar
Ensaios: Cana De açucar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: biaberger • 24/9/2014 • 593 Palavras (3 Páginas) • 220 Visualizações
Na natureza além do algodão branco também ocorre naturalmente o algodão colorido, apresentando fibra variando entre diversos tons de marrom, vermelho e até mesmo verde. O cultivo deste tipo de algodoeiro ocorre no Brasil, principalmente no nordeste, geralmente envolvendo agricultores familiares. As fibras deste produto têm características mais rústicas e proporcionam menor rendimento, dado que não passaram pelo intenso melhoramento aplicado às espécies com fibras brancas. Nesse contexto, discuta neste fórum as seguintes questões: Que tipo de mercado tem alcançado os produtos elaborados com fibras de algodão naturalmente colorida? Quais são as perspectivas vislumbradas para o futuro? Para responder essas perguntas, faça a leitura dos links abaixo disponibilizados e procure retratar a realidade atual e, em seguida expressar a sua opinião sobre as perspectivas.
SOS PARA O ALGODÃO COLORIDO
Por: Darlene Santiago
A indústria têxtil paraibana recorre a contratos com cotonicultores como tentativa para driblar a queda da oferta de matéria-prima
O algodão colorido da Paraíba, valorizado pela pegada ecológica por evitar o tingimento químico e promover a economia de água no processo industrial, está ameaçado pela seca que atinge o Estado desde o ano passado. Mas, além da seca, desde 2003 há uma queda das áreas destinadas ao cultivo, que recuaram de dois mil hectares para menos de 60 hectares plantados. A produção da fibra naturalmente colorida, que foi de aproximadamente 75 toneladas, em 2011, caiu para cerca de 30 toneladas na safra 2012. A indústria têxtil, que amargou prejuízos, começa a buscar soluções para que o resultado não se repita em 2013. “O ano passado foi o caos”, diz Francisca Vieira, diretora da Natural Cotton Color, grupo que reúne seis empresas do setor, com sede na capital João Pessoa. “Precisamos recuperar a produção que vem caindo muito nos últimos anos e investir em estocagem da matéria-prima.”
A fabricação de roupa feminina pela indústria têxtil teve uma queda de 25%, de 24 mil peças em 2011 para 18 mil peças no ano passado. “Mais de 30 peças foram tiradas de linha por falta de algodão colorido”, diz Francisca. O balanço poderia ter sido muito pior, não fosse uma medida emergencial para salvar as coleções do grupo. “Invertemos a cartela de cores e criamos novas padronagens de tecido, usando o algodão convencional in natura”, diz Francisca.
Para amenizar o problema, a Natural Cotton Color foi ao campo garantir a sua matéria-prima para a próxima coleção e vai pagar mais caro pelo produto. “Firmamos contratos com 20 produtores e vamos pagar R$ 2,50 pelo quilo do algodão”, diz Francisca. Na safra passada, o preço oscilou entre R$ 1,60 e R$ 1,80. As próximas compras serão na região do Agreste, próximo de Campina Grande, onde há mais possibilidade de chuva. Nos últimos anos, o algodão colorido era tradicionalmente cultivado na região do Alto Sertão paraibano, próximo dos municípios de Cajazeiras e Patos, fortemente afetados pela estiagem.
As cultivares geneticamente modificadas que popularizaram a fibra colorida foram lançadas no ano 2000 pela Embrapa Algodão, de Campina Grande, e viraram uma febre na Paraíba. Em meados de 2003, o Estado registrou quase dois mil hectares destinados
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