Case - Engenharia Logistica

1) Qual o impacto do terremoto seguido de tsunami e acidente nuclear de Fukushima para a cadeia automotiva mais especificamente Toyota e GM?

A montadora Toyota foi afetada pelo desastre no Japão, no entanto o impacto não se deu diretamente nas suas fábricas e sim em alguns de seus fornecedores, os quais foram devastados. A Renesas, por exemplo, produz cerca de 40% dos chips de controle que fazem os carros modernos funcionarem e contava com uma mecânica de entrega just-in-time, que entregava chips à Toyota a cada seis minutos, ocorrendo a produção de seus chips em apenas uma fábrica no Japão. Com a destruição da fábrica, a produção da Toyota foi interrompida imediatamente no mundo todo, visto impossibilidade de obter os chips para produzir seus novos carros, fazendo com que a empresa perdesse o primeiro lugar mundial como montadora automotiva. Já a GM criou redundância suficiente em sua cadeia de suprimentos, estando preparada para reconfigurar de forma dinâmica sua rede de suprimentos e valores, garantindo assim a produção contínua de seus veículos mais lucrativos, de modo que o desastre no Japão não teve impacto nos lucros da companhia.

2) Porque a necessidade cada vez maior de Operações Enxutas e Resilientes na cadeia automotiva mundial?

O tempo em que era possível saber o que aconteceria dentro de 30 dias já acabou. As empresas que encaram a nova realidade de volatilidade e risco contínuos – e, às vezes, radicais – da cadeia de suprimentos, e estabelecem processos e

sistemas para gerenciar melhor essa realidade, costumam superar a concorrência. Empresas que ignoram ou demoram a reagir à volatilidade colocam em risco a lucratividade e a confiança de seus investidores. Há uma enorme pressão para ser mais enxuto – e manter cada vez menos estoque, garantindo segurança e resiliência. Esses dois objetivos entram

em conflito frequentemente. Oferecer essa estratégia significa estabelecer um sistema de previsão capaz de alimentar a linha de produção com as peças certas, mesmo que o cronograma da produção fique mais apertado e possa mudar no intervalo de um dia.

3) Qual a proposta do novo híbrido da cadeia de suprimentos do setor automotivo?

Este modelo reúne os princípios do modelo JIT e do modelo enxuto (lean), mas adiciona redundância controlada e opções de contingência para aumentar a resiliência e proteger contra falhas. O objetivo é construir uma cadeia de suprimentos que possa lidar com as condições de volatilidade sistêmica – negativa ou positiva – desde situações comuns até as mais inimagináveis. E fazer isso preservando e otimizando a rentabilidade. A nova cadeia de suprimentos automotiva resiliente reconhece a necessidade de controle coletivo do risco, além do controle sequencial; e ela facilita a colaboração em nova escala que é necessária para a sobrevivência. Ela se baseia nas verdadeiras parcerias da cadeia de suprimentos que criam agilidade e escala/capacidade de contingência, oferecida em um modelo "on-call". Essas parcerias incluem todos os integrantes do setor: OEMs, fornecedores e prestadores de serviços de cadeias de suprimentos.