Conhecimentos tecnológicos na sociedade da informação
Pesquisas Acadêmicas: Conhecimentos tecnológicos na sociedade da informação. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lolo2000 • 27/3/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 9.324 Palavras (38 Páginas) • 298 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Muito vem sendo falado sobre os avanços tecnológicos e a grande revolução
que vem sendo processada na sociedade em razão de tais avanços. Vivemos em
uma chamada Sociedade de Informação. Mas afinal, quais os conceitos envolvidos
nessa nova sociedade e as reais conseqüências para os envolvidos nos processos
comunicacionais? A questão permanece mais polêmica ainda quando tratamos da
aparente aura democrática que envolve a web. A enxurrada de opiniões, idéias e outras
formas de participação asseguram ao meio uma comunicação de fato democrática?
Devemos começar revelando alguns conceitos sobre novas tecnologias em
comunicação, que se mostram essenciais para o entendimento do tema. As mudanças
não se processam apenas no campo da internet, apesar de ser este o grande objeto
de debate. A grande característica da nova mídia é a interatividade, fornecendo
ligação entre o consumidor da informação e o emissor, seja através do jornal on line,
da televisão a cabo, da videoconferência, ou do próprio computador e suas ligações
hipertextuais ou conectado à internet, dentre outros meios que poderíamos citar.
Esta seria a terceira grande transformação na mídia por intermédio da
tecnologia. A primeira ocorreu com o surgimento das impressoras a vapor e do papel
jornal barato. Depois disso, veio a transmissão por ondas eletromagnéticas (rádio em
1920 e televisão em 1939). Agora presenciamos um no patamar nas tecnologias de
armazenagem, produção e difusão de informação.
Os números da chamada revolução são assustadores. No mundo, existem 1,26 bilhões
de televisores (dos quais mais de 200 milhões funcionam a cabo), aproximadamente
60 milhões ligados a uma rede digital. A World Wide Web (WWW) levou apenas nove
anos (criada em 1990) para alcançar um incrível número de usuários: estipula-se cerca
de 150 milhões de pessoas ligadas na internet. Há projeções de que a Internet em 2001
alcance um número de usuários entre 600 milhões e 1 bilhão.
2. SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO
A Sociedade da Informação, ou do conhecimento, caracteriza-se pela
valorização do saber como forma de acesso ao poder. O pretenso salto democrático
da Terceira Onda veio com o desenvolvimento tecnológico da sociedade pós industrial
e com as novas oportunidades de renovação social e política. Nessa sociedade, as
fontes de poder e riqueza dependem da capacidade de geração de conhecimento e
processamento de informações. A expansão da tecnologia levou a um processo amplo
de globalização, transnacionalização, novas relações de trabalho, mudanças no lazer e
consumo.
Três grandes blocos econômicos estão à frente na elaboração dessa nova ordem
mundial: os Estados Unidos, a Europa unificada e o Leste Asiático. Enquanto estes
blocos dominam a nova rede tecnológica e de comunicações, os países periféricos
enfrentam uma nova fase de colonialismo.
O abismo causado pelo desenvolvimento tecnológico agrava a situação social
desses países periféricos; na grande maioria não há autonomia tecnológica, já que
os investimentos em pesquisa são baixos ou inexistentes, sem falar da onda de
privatizações no ramo das telecomunicações – uma das áreas de extrema importância
na soberania de um país. Manuel Castells destaca que todas as sociedades estão
conectadas globalmente em redes de informação, mas há sociedades majoritariamente
conectadas e outras em que somente um pólo dinâmico pertence a essas redes globais
informacionais. E essa seria a diferença entre desenvolvimento e irrelevância.
Se o futuro de cada país está intimamente ligado às conexões tecnológicas,
o Brasil realmente preferiu manter o “status colonial”. O fosso que nos separa dos
mais favorecidos está sendo aprofundado pela política de cortes na área de ciência e
tecnologia, essencialmente na universidade pública brasileira. A política atual baseia-
se na diminuição de recursos para financiamento da pesquisa e da pós-graduação,
redução das bolsas e em um projeto de “autonomia” que mascara uma pretensão de
desobrigar o Estado do financiamento das universidades.
Em todo mundo, existem aproximadamente 800 milhões de desempregados.
Os países periféricos enfrentam de maneira desproporcional o processo de automação
e apresentam
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