Contabilidade E Administraçao

1- Introdução

A gestão na indústria é uma tarefa compartilhada de forma sincronizada, entre as áreas estratégicas de produção, engenharia, manutenção, marketing, vendas, finanças, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, entre outras. O crescimento da competitividade dos mercados, em que o cliente é quem decide que preços quer pagar, determina os prazos para pagamento do produto e, principalmente, que nível de qualidade esse produto precisa ter, nem sempre permite que o controle da organização, como um todo, fique no âmbito exclusivamente interno, tornando-se um fato, muitas vezes, externo à empresa, "dirigido" pelo próprio mercado. Devido a isso, as técnicas e métodos, desenvolvimentos e tecnologias de gestão da produção de bens e serviços assumiram no mercado uma posição fundamental, passando por grandes transformações que influenciam decisivamente no sucesso e competitividade das organizações. Essa competitividade, com crescimento sustentável e geração de lucro aos acionistas, estão diretamente relacionados à capacidade dos gestores da indústria em se adaptar a esses cenários, desenvolver e pôr em prática estratégias de médio e longo prazo, de forma a tornar a empresa bem sucedida entre seus principais concorrentes. Iremos demonstrar nas seguintes páginas, pontos importantíssimos que ajudarão o gestor industrial moderno a obter um sucesso em sua gestão.

2- Diferença entre apuração do “custo” das vendas de uma industria quando comparada a uma empresa do comércio varejista

Uma empresa industrial tem o seu processo contábil um pouco mais complexo do que nas atividades comerciais. Enquanto nas comerciais o custo das mercadorias tem sua formação simplificada, pois basicamente é o preço de aquisição, na industrial temos três componentes principais: materiais, mão- de- obra e outros custos. O custeamento dos materiais é similar ao do custo comercial inteiro; no entanto, a maior complexidade está justamente na apuração e alocação dos custos com mão- de- obra. O razão analítico é um dos fatos contábeis que determina o saldo de cada conta e também o balancete de verificação, para que seja feito o ajuste de apuração de imposto a recolher e apuração do imposto sobre lucro, considerando o resultado contábil apurado.

Contabilidade x Indústria:

Na indústria: a Contabilidade de Custos irá determinar:

• O custo dos produtos vendidos

• O estoque de produtos em elaboração (também chamado de “produtos em fabricação

• O estoque de produtos acabados (ou prontos)

• O estoque de insumos (matérias-primas, materiais de embalagem, almoxarifado, etc.)

No comércio:

Aplica-se a Contabilidade de Custos no comércio, pois suas premissas básicas são aplicáveis á formação do custo de mercadorias vendidas. Apesar de uma aplicação mais simples, “direta”, sem as complexidades advindas das operações industriais ou de serviços, a Contabilidade de Custos no comércio irá determinar:

• O custo das mercadorias vendidas

• O estoque de mercadorias

• O estoque de bens não destinados á revenda (como materiais de consumo, etc.)

3- Métodos de custeio. Diferença entre custeio variável e custeio por absorção

Entende-se que o método de custeio é a forma pela qual os custos são apropriados aos seus portadores finais. O custeio variável está alicerçado na apropriação de todos os custos variáveis – diretos ou indiretos– aos portadores finais dos custos, fundamentado, na relação entre esses e o grau de ocupação da entidade.Como determinado, o custo indireto, ao contrario dos custos diretos, não são facilmente identificados aos produtos ou serviços desenvolvidos em determinado período, necessitando, assim, de algum tipo de medida para sua distribuição. Esse intermédio na atribuição dos custos indiretos aos produtos ou serviços denomina-se rateio. Os critérios de rateio modificam o custo dos produtos, portanto, são necessários cautela e bom senso ao adotá-los. Sempre existirá um certo grau de subjetividade na escolha do critério de rateio, mas essa subjetividade pode ser reduzida, quando analisamos, detalhadamente, a natureza dos custos indiretos, antes de adotar o critério. O objetivo é fornecer elementos para essa análise da natureza dos custos indiretos envolvidos na fabricação dos produtos.

Os custos indiretos comuns a vários departamentos são apropriados de acordo com a sua natureza, por exemplo, a energia consumida, o seguro, o aluguel etc.

Para fazer a apropriação dos custos dos departamentos de serviços aos departamentos de produção, é de maior utilidade e praticidade apropriarmos o total de custos indiretos recebidos em cada departamento de serviço para os departamentos de produção, com base em algum critério, como uma estimativa de quanto um determinado departamento de produção utiliza do serviço de um departamento de apoio. Custeio por Absorção (também chamado “custeio integral”) é o método derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos. As principais características do custeio por absorção: 1. Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos. 2. Necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos (gastos gerais de produção) quando houver dois ou mais produtos ou serviços. 3. É o critério legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre é útil como ferramenta de gestão (análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos entre diversos produtos e serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas. 4. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

Abaixo