Contraforte Em Rochas
Monografias: Contraforte Em Rochas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcelobarbosa • 18/11/2013 • 1.069 Palavras (5 Páginas) • 422 Visualizações
Convivência com Rupturas – Barreiras contra Quedas de Blocos
Anna Laura L. S. Nunes
COPPE-UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil, alaura@coc.ufrj.br
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RESUMO: O artigo apresenta os movimentos de massa com enfoque especial nas rupturas de maciços
rochosos do tipo queda de blocos e debris flows e as principais técnicas empregadas para a
estabilização e segurança de encostas. Em função das elevadas energias e solicitações envolvidas em
eventos de queda de blocos rochosos, as técnicas de convivência representam medidas adequadas
para a redução dos impactos e consequências da ruptura inevitável. Desta forma, são apresentados os
princípios de funcionamento de barreiras flexíveis e rígidas e os critérios de projeto mais adotados
para o dimensionamento destas estruturas.
PALAVRAS-CHAVE: Rupturas de Taludes, Queda de Blocos Rochosos, Técnicas de Convivência,
Barreiras Rígidas, Barreiras Flexíveis.
Os maciços rochosos podem se instabilizar
em função da: (i) perda de propriedades de
resistência provocada pela ação do intemperismo
químico e físico na rocha ao longo do tempo e
(ii) alteração do estado de tensões in situ original,
devido, por exemplo, à execução de cortes,
desmonte mecânico e por fogo, aplicação de
sobrecargas e drenagem deficiente. Os principais
mecanismos de instabilização em taludes
rochosos são representados pelas rupturas
circular, planar e em cunha, tombamento e queda
de blocos, e fluxo de detritos (debris flow).
2.1 Ruptura Circular
A ruptura circular é típica de maciços rochosos
intensamente fraturados, muito alterados e muito
brandos. Este mecanismo é similar ao de taludes
em solos e caracteriza-se por uma superficíe de
ruptura conchoidal (Figura 2). Os parâmetros
críticos deste tipo de ruptura correspondem à
altura e inclinação do talude, resistência ao
cisalhamento ao longo da superfície de ruptura e
poropressões do maciço.
2.5 Queda de Blocos
A queda de blocos e lascas é comum em regiões
montanhosas e de tálus, pedreiras antigas e em
operação, minas a céu aberto e subterrâneas,
emboques de túneis, entre outros.
As rupturas por queda de blocos consistem
em deslocamentos por gravidade de blocos de
rocha com volumes e litologia diversos que se
destacam do maciço, deslocando-se em
movimentos do tipo queda livre, deslizamento,
rolamento e salto ao longo de superfícies
inclinadas (Figura 7).
A queda de blocos também ocorre pelo
desprendimento de placas ou lascas que se
formam a partir de estruturas acamadas ou
xistosas por alívio de tensões ou variação
térmica. O desprendimento dessas lascas pode
ocorrer em queda livre ou por deslizamento ao
longo de uma superfície inclinada. Seus
parâmetros críticos são a geometria do talude e
os coeficientes de restituição normal e tangencial
das suas superfícies, além da geometria, massa e
velocidade do bloco instável.
Figura 7. Ruptura por queda de blocos rochosos, BR 101.
Após o desprendimento do bloco, o tipo de
movimento é geralmente determinado pela
inclinação da encosta Ritchie (1963). Quando
muito íngremes, o movimento predominante é a
queda livre. A Figura 8 indica a ocorrência de
queda livre para inclinações entre 70º e 90º,
deslizamentos para inclinações de 70º a 45º e
rolamentos para declividades inferiores a 45º.
Durante a queda livre, o bloco pode
desenvolver movimentos de translação e/ou
rotação, os quais influenciam a sua trajetória
(Azzoni et al., 1995). O bloco em rotação, ao
entrar em contato com a superfície pode saltar
em um sentido inesperado em relação aos
movimentos precedentes.
Se a inclinação média da encosta diminui ao
longo da seção, um bloco inicialmente em queda
livre, que colide na superfície, passa a
desenvolver movimentos em saltos. Na primeira
colisão, os blocos também tendem a se
fragmentar, resultando em uma perda de energia
considerável (Bozzolo & Pamini, 1986).
Se a inclinação média da encosta é menor do
que aproximadamente
...