Controle de movimentos

1. INTRODUÇÃO

No mundo moderno, utiliza produtos e sistemas com alto grau de complexidade. Isso demanda interações que consiste em receber informação e atuar baseando-se nelas. Um sistema de interação entre o homem e a máquina ocasiona uma relação de troca. Nesse sistema o ser humano apresenta papel chave, já que ele está encarregado de todas as ações e tomadas de decisões.

As partes técnicas da máquina são capazes de agir com alta velocidade e precisão. O que passou a exigir uma interpretação apurada, onde o fator humano se tornou de primordial importância, devido a tarefa do operador ter se tornado mais delicada e demandante causada pelos controles mais elaborados e com mais rapidez nas respostas. Os pontos de trocas entre o homem e a máquina são muito importantes, tais como os mostradores que vão fornecer um feedback sobre o status da máquina e os controles que irão ser manuseados pelo operador para alimentar a máquina.

2. REVISÃO DE LITERATURA

Movimentos de controle

Segundo Dul e Weerdmeester (2004), atualmente, tem crescido cada vez mais o número de pessoas que fazem uso de produtos e sistemas complexos. O que tem apresentado com consequência interações que tem como finalidade receber informações e atuar, baseando-se nelas. Interações estas que põem ser descritas detalhadamente no modelo do sistema homem-máquina. Modelo esse em que o homem recebe informações da máquina e tem como ação realizar movimentos de controle e assim acionar algum dispositivo de controle.

De acordo com Iida (2005), movimento de controle são movimentos realizados pelo corpo humano com o intuito de transmitir alguma forma de energia à máquina. E geralmente tais movimentos são executados pelas mãos e os pés podendo consistir desde um simples aperto de botão até movimentos mais complexos e contínuos.

Estereótipos Populares

O estereótipo popular é a expectativa de um determinado efeito, manifestada pela maioria da população, diante de certa situação. E geralmente as pessoas adquirem esse estereótipo pelo treinamento e pela experiência no dia–a–dia (IIDA, 2005).

Movimentos compatíveis e incompatíveis

Para Iida (2005), os movimentos de controle que seguem o estereótipo popular são chamados de compatíveis. Os movimentos contrários são chamados de incompatíveis. As pessoas podem ser treinadas para realizar movimentos incompatíveis, porém, o tempo gasto é maior do que no caso dos movimentos compatíveis. Além de que com base em pesquisa ficou claro que em uma situação de pânico as pessoas tendem a voltar a realizar movimentos compatíveis. Desta forma os movimentos incompatíveis devem ser sempre que possível evitados, caso aconteça alguma situação em que não seja possível evitá-los é preferível que todos os outros movimentos sejam incompatíveis evitando assim uma mistura de movimentos incompatíveis com outros compatíveis, que geralmente tendem a causar confusão.

Compatibilidade espacial

Na compatibilidade espacial, a posição relativa dos controladores e mostradores no espaço sugere a correspondência de movimento do mostrador e vice-versa (IIDA, 2005).

Controles associados a mostradores

Iida (2005) afirma que o relacionamento dos controles associados a movimentos de mostradores é regido por três princípios:

O primeiro princípio enfatiza que os movimentos rotacionais no sentido horário estão associados a movimentos de mostradores ‘‘para cima’’ e ‘‘para direita’’. Já o segundo princípio designa que os movimentos de controles e mostradores situados em planos perpendiculares entre si, o mostrador segue o movimento da ponta de um ‘‘parafuso’’ executado pelo controle e por fim o terceiro e não menos importante princípio diz que os controles e mostradores executam movimentos no mesmo sentido, no ponto mais próximo entre ambos.

Controles

Através dos controles as pessoas podem repassar suas ideias ou decisões à máquina, os mesmos podem assumir diversas formas, como teclados, alavancas, botões, volantes, manivelas entre outros. Esses movimentos são acionados principalmente com os movimentos das mãos e dedos (DUL; WEERDMEESTER, 2004).

Tipos de controles

Os controles são geralmente classificados em dois tipos básicos, o discreto e o contínuo:

O tipo discreto é caracterizado como um controle que admite apenas algumas posições já estabelecidas, desta forma não podendo assumir valores intermediários. E o controle contínuo como o próprio nome já sugere é o que permite realizar uma infinidade de diferentes ajustes (IIDA, 2005).

Seleção de controles

Iida (2005) salienta que para a correta seleção dos controles deve-se levar em conta tanto as características das informações que se quer transmitir quanto as características operacionais, como a frequência, velocidade, precisão e força dos movimentos exigidos do operador. Além de que se deve levar em consideração que em cada situação há um tipo de controle mais adequado. E entre as características que podem influir no seu desempenho.

2.1. Discriminação dos controles

Vários artifícios são utilizados para diferenciar os controles e assim facilitar a identificação e operação, diminuindo a ocorrência de erros e acidentes. E para facilitar a discriminação entre os controles, podem-se fazer combinações entre diversas variáveis, tais como: forma, tamanho, cores, textura, modo operacional, localização e letreiros (IIDA, 2005).

2.2. Prevenção de acidentes com controles

Para Iida (2005), os controles que apresentam um grau maior de risco devem ser rodeados de cuidados especiais para evitar que sejam acionados de forma acidental ou por falta de conhecimento a respeito do grau de importância do controle em questão. Esses cuidados estão classificados na localização, orientação, rebaixo, cobertura, canalização, batente, resistência, bloqueio, luzes e código.

2.1 Automação dos Controles

A substituição da mão-de-obra humana, que tem altos valores e pouca confiabilidade em relação às máquinas, é a “ênfase” básica da automação (IIDA, 2005).

Para Iida (2005), por meio da introdução da automação de processos, todos os controles podem ser realizados de uma só vez. Os controles podem ser de