DEFLESÃO EM VIGAS
Por: emanuelmuniz • 23/6/2017 • Trabalho acadêmico • 1.727 Palavras (7 Páginas) • 281 Visualizações
DEFLEXÃO EM VIGAS
- INTRODUÇÃO:
Quando se projeta um pavimento tipo às vigas são utilizadas para receber as cargas de utilizações transmitidas pelas lajes, peso de paredes e transportá-la até os pilares da edificação. Para cumprir essa função estrutural é preciso que elas sejam preparadas do ponto de vista da Resistência do Material prevista pelo cálculo de tensão e da Rigidez à flexão que pode ser controlada pelo cálculo da deflexão, para atender as exigências de normas.
O desenho abaixo, representa a planta de forma do Pavimento Tipo de uma edificação, com o posicionamento das lajes, vigas e pilares que constitui o arranjo estrutural necessário para sua construção.
[pic 1]
Planta de forma do Pavimento Tipo
As vigas do Pavimento Tipo recebem as cargas provenientes das lajes e as transmite para os pilares. Esse trabalho só será feito com eficiência se as vigas forem preparadas, de modo a atender os critérios de Resistência do Material e Rigidez da viga prevista pelo cálculo de deflexão. Analiticamente, podem-se representar essas exigências pelas seguintes inequações de segurança:
σmáx ≤ σadm
δmáx ≤ δadm
Pelo exposto, para se projetar uma viga é necessário o conhecimento da deflexão máxima que poderá ser obtida pelos processos que serão apresentados nesse curso.
- CONCEITOS FUNDAMENTAIS
- Linha Elástica
[pic 2][pic 3][pic 4][pic 5][pic 6][pic 7][pic 8][pic 9][pic 10][pic 11][pic 12][pic 13][pic 14][pic 15][pic 16][pic 17][pic 18][pic 19]
- Conceito: é a configuração geométrica de deslocamento vertical dos pontos do eixo longitudinal da viga ( curva AB )
- Representação geométrica: geometricamente a linha elástica é representada pelo desenho da linha AB
- Representação analítica: analiticamente a linha elástica é representada por uma função Y = f( x )
- Deflexão
- Conceito: é o deslocamento vertical das seções da viga medido a partir do eixo longitudinal.
- Representação geométrica: geometricamente a deflexão é representada pelo seguimento de reta AA’ de comprimento δ
- Representação analítica: analiticamente a deflexão é representada pelo valor da função Y = f(X) no ponto considerado.
- Declividade
- Conceito: é a rotação das seções transversais da viga em relação a um eixo tangencial a sua seção.
- Representação geométrica: geometricamente a declividade é representada inclinação da própria seção. ( θ )
- Representação analítica: analiticamente é representada pelo coeficiente angular da tangente à linha elástica em qualquer ponto tgθ= dY / dX
- Relação Momento / Curvatura
Pode-se demonstrar que a curvatura da curva elástica é diretamente proporcional ao momento fletor e inversamente proporcional ao módulo de rigidez à flexão
[pic 20]
- Curvatura da linha elástica
Quando se passa do ponto m sobre a LE e alcança o ponto n pertencente à mesma linha a inclinação da tangente no ponto m sofre uma variação dθ conforme Fig 02.
[pic 21]
Fig 02 – inclinação da curva elástica entre duas seções infinitamente próxima
2.5.1 Conceito: é taxa de variação do ângulo θ com relação á distância ds
Medida sobre a linha elástica.
K=dθ / ds
- MÉTODO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DA LINHA ELÁSTICA – EQUAÇÃO DE SEGUNDA ORDEM.
Este processo consiste em elaborar uma equação diferencial de modo que sua solução, a função Y = f( X ) represente a curva elástica.
- Determinação da Equação.
[pic 22]
Fig. 03 Linha elástica em um trecho de comprimento dx
O comprimento do arco ds medido sobre a LE pode ser calculada pela expressão:
ds= ρdθ
Onde ρ na Fig. 03 representa o raio de curvatura e dθ ( radiano ) o ângulo central que subtende o arco infinitesimal ds. Assim tem-se:
[pic 23]
Primeira simplificação. Admitindo que o material segue a lei de Hooke, temos ds≈dx
[pic 24]
A inclinação da tangente a linha elástica no ponto m pode ser calculada pela expressão
[pic 25]
Segunda simplificação. Como a viga trabalho no regime elástico e linear a linha elástica é suave. Dessa forma, temos
[pic 26]
Derivando a expressão acima temos:
[pic 27][pic 28]
[pic 29][pic 30]
Compatibilização do sinal da curvatura com o sinal do momento fletor.
[pic 31]
Momento fletor positivo produz curvatura negativa e vice versa. Dessa forma, para compatibilizar os sinais introduz na equação diferencial o sinal negativo ( ver equação abaixo).
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